Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/09/2003 - 20h55

Andy Roddick vence seu primeiro Grand Slam no Aberto dos EUA

Publicidade

ROBERTO DIAS
da Folha de S.Paulo, em Nova York

Em pouco mais de 24 horas, o americano Andy Roddick passou de um extremo a outro no leque de sensações possíveis numa quadra de tênis. Na tarde de sábado, perdia seu jogo por 2 sets a 0 e tinha um match point contra, diante de uma torcida decepcionada. Na noite deste domingo, chorava e era aplaudido efusivamente após ganhar o Aberto dos EUA.

Entre os dois momentos, um saque de 226 km/h contra o argentino David Nalbandian (que lhe salvou da derrota e permitiu uma espetacular virada) e uma tranquila vitória na final diante do espanhol Juan Carlos Ferrero, com parciais de 6/3, 7/6 (7/2) e 6/3.

O título é o primeiro Grand Slam da carreira de Roddick. Simboliza um novo capítulo na renovação do tênis e mostra que ela ocorre em velocidade tal que ultrapassou até mesmo os passos do marketing da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), sempre à caça de novos rostos.

Roddick não era um dos nomes estampados na campanha "New Balls, Please" (novas bolas, por favor), lançada em 2000 para divulgar os jogadores que deveriam brilhar após a saída de cena de Pete Sampras e Andre Agassi.

Muitos dos tenistas que apareceram naqueles anúncios tiveram seus grandes momentos, sobretudo Gustavo Kuerten, campeão da temporada de 2000, e o australiano Lleyton Hewitt, que venceu nos dois anos seguintes. Outros vingaram neste ano, como Ferrero, campeão em Roland Garros, e o suíço Roger Federer, que ganhou em Wimbledon.

Só que eles nem saíram de cena e já ganham novos competidores.
Além de Roddick, que completou 21 anos na semana passada, a geração "pós-New Balls, please" traz como destaques dois argentinos com a mesma idade: Nalbandian (que já foi à final em Wimbledon) e Guillermo Coria (semifinalista em Roland Garros).

A faixa etária das duas gerações é bem próxima. Hewitt e Federer têm 22 anos, e Ferrero, 23. Kuerten é um pouco mais velho: quarta, chega aos 27.

O título de Roddick é especialmente emblemático para o tênis americano. Foi conquistado 13 dias após a aposentadoria de Pete Sampras, na mesma quadra central de Flushing Meadows. Com Andre Agassi, 33, perto do fim da carreira, Roddick deverá se tornar a principal estrela do país.

"Para vocês que estavam imaginando quando a nova geração dos EUA iria chegar, parem de imaginar. Ela está aqui", afirmou na cerimônia de premiação o presidente da Associação Americana de Tênis, Alan Schwartz.

Em Nova York, Roddick chegou ao título após uma campanha cheia de altos e baixos. Foi criticado por um adversário por passar o jogo pedindo o apoio do público, como se estivesse na Copa Davis. Outro apontou que a arbitragem lhe favorecia.

Mas ele mostrou também que seus rivais terão que rezar sempre para que seu saque não esteja num bom dia, caso queiram batê-lo. Na final, hoje, o americano aplicou 23 aces, 3 deles nos últimos 3 pontos do jogo. Ferrero não conseguiu quebrar seu serviço nenhuma vez.

Se o espanhol assumiu em Nova York a liderança do ranking de entradas (que abraça as últimas 52 semanas do circuito), Roddick irá manter a primeira posição da Corrida dos Campeões (que conta apenas os torneios disputados desde janeiro) na lista desta segunda-feira.

Especial
  • Confira notícias, chaves e resultados de torneios
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página