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11/09/2003 - 00h40

Ao estilo de Parreira, seleção lidera eliminatórias

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PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Manaus

Nas eliminatórias sul-americanas dos gols, o Brasil marcou só um contra o Equador, quarta-feira.

A vitória de 1 a 0 em Manaus deixou o time na liderança da disputa, fato que não aconteceu em nenhuma das 18 rodadas das eliminatórias passadas, mas deixou também os torcedores frustrados.

Os equatorianos ainda foram prejudicados, pois o lateral-esquerdo Reasco sofreu pênalti que não foi marcado pelo juiz venezuelano Luis Vladimir Solórzano.

Os seis pontos na tabela não evitaram as primeiras vaias recebidas pela equipe nacional em sua caminhada rumo à Copa de 2006.

Foi apenas a primeira partida da seleção em casa. O Brasil, que sofreu críticas e apupos em quase todos os seus jogos como mandante na corrida para o Mundial de 2002, receberá os adversários mais oito vezes ainda.

Foram marcados 35 gols em dez jogos até agora nas eliminatórias sul-americanas, que registram a ótima média de 3,5 gols por jogo: as eliminatórias anteriores tiveram média de 2,5 gols por jogos e as atuais eliminatórias da Eurocopa têm 2,7 gols por partida.

O Brasil, porém, não contribuiu muito para os gols na América do Sul. Se a equipe é a única que venceu seus dois jogos, também é uma das que menos marcaram: foram apenas três gols. Uruguai, Peru, Paraguai e Bolívia já deram goleadas. Só Venezuela e Colômbia fizeram menos gols que a seleção brasileira no torneio.

O jogo de ontem em Manaus, que começou tão festivo, foi o que teve menos gols nas eliminatórias.

A média de 1,5 gol por jogo da seleção brasileira na competição reflete bem o estilo do técnico Carlos Parreira. Antes do início do qualificatório para a Copa do Mundo, seu time já havia marcado poucos gols. Algumas partidas foram sofríveis, como as contra China e México, ambos 0 a 0.

Nem mesmo usando ontem uma formação 100% estrangeira, algo novo em jogo de eliminatórias ou de Copa, o Brasil conseguiu deslanchar ofensivamente.

Foram poucos lances de perigo. A entrada de Kaká no segundo tempo acendeu um pouco a partida e a torcida, mas não teve o mesmo efeito que no primeiro jogo da seleção, contra a Colômbia. Na ocasião, ele fez um golaço em seu primeiro toque na bola.

A expectativa pela entrada de Ronaldinho no time era grande e, inicialmente, foi correspondida com o gol do jogador do Barcelona. Porém ele foi um dos atletas substituídos no segundo tempo, prova de quem nem ele agradou.

Os equatorianos, que conseguiram apenas uma vitória na história contra o Brasil (no jogo passado entre os times, por 1 a 0), equilibraram as ações em vários momentos. O esquema tático armado pelo técnico Hernán Dario Gómez, que não pôde contar com seu mais famoso jogador, Aguinaga, deu certo e pôs em dificuldade os campeões mundiais.

Algumas das principais estrelas do Brasil tiveram atuação apagada. Mais especialmente Ronaldo, que tanto brilhou em Barranquilla e que tanto tem falado em alcançar Pelé, foi uma decepção.

"Eu quase não ouvi as vaias. O time não teve uma atuação brilhante, mas foi bom", disse Parreira após o suado 1 a 0.

O treinador entrou de fato para a história da seleção brasileira ao conquistar a Copa de 1994, nos EUA, após um 0 a 0 e uma disputa de pênaltis contra a Itália.

As eliminatórias sul-americanas surpreendem com seus 5 a 0, 4 a 1, 4 a 0. E o Brasil surpreende por estar na contramão dos gols.

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