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13/09/2003
-
00h01
FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo, em Monza
O sentimento começou a brotar no meio do Mundial, arrastou-se por pelo menos dois meses e hoje, enfim, amadureceu. Eclodiu. Situação inimaginável nos últimos anos, a Itália começa a duvidar de Michael Schumacher.
O mesmo Schumacher que tirou o time do jejum de 21 anos sem título. O mesmo que acumulou recordes e que venceu os três últimos Mundiais. Para a imprensa italiana e para os "tifosi", porém, ele não parece o mesmo.
O estopim foi o treino pré-classificatório em Monza, casa da Ferrari, lotada. O público fez sua parte. Schumacher, não. Ficou apenas em terceiro e numa condição embaraçosa diante dos "tifosi".
O mais rápido do dia foi seu arqui-rival, Juan Pablo Montoya, da Williams. Em segundo, Rubens Barrichello, seu colega na Ferrari.
Foi o sexto treino oficial seguido em que o pentacampeão foi superado pelo brasileiro. Desde 19 de julho, na prova da Inglaterra, só dá Barrichello na disputa interna.
Nesta sexta, ficou 0s484 atrás do brasileiro, diferença considerável para os padrões da categoria.
Neste sábado, Schumacher terá mais uma chance de interromper a série. O treino que define o grid para o GP da Itália, antepenúltima etapa do Mundial, será às 9h.
"Mais uma vez, ele ficou quase meio segundo atrás do Barrichello. A verdade é que, hoje, o brasileiro é mais veloz. Minha hipótese é que Barrichello se adaptou melhor a esse carro do que o alemão", escreveu o jornalista Leo Turrini, um dos maiores especialistas de F-1 da Itália, autor da biografia oficial de Enzo Ferrari.
Para o diário esportivo "Tuttosport", "uma vitória de Schumacher em Monza e a conquista do Mundial seriam dois milagres".
De fato, a situação do alemão se complica a cada GP. A última vitória foi no Canadá, em junho. A última pole, na Áustria, em maio.
O que mais preocupa a torcida é a arrancada de Montoya, vice no Mundial, a um ponto de Schumacher. Há sete GPs, ele sobe ao pódio. E, em Monza, tem um excelente retrospecto: em duas provas, duas poles e uma vitória.
"Estou muito confiante. Acho que amanhã posso melhorar mais", disse o colombiano.
Em contraste, Schumacher teve dificuldades para explicar seu resultado. "Temos que ver se seremos competitivos contra os nossos rivais", limitou-se a dizer.
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Itália já desconfia de Schumacher
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da Folha de S.Paulo, em Monza
O sentimento começou a brotar no meio do Mundial, arrastou-se por pelo menos dois meses e hoje, enfim, amadureceu. Eclodiu. Situação inimaginável nos últimos anos, a Itália começa a duvidar de Michael Schumacher.
O mesmo Schumacher que tirou o time do jejum de 21 anos sem título. O mesmo que acumulou recordes e que venceu os três últimos Mundiais. Para a imprensa italiana e para os "tifosi", porém, ele não parece o mesmo.
O estopim foi o treino pré-classificatório em Monza, casa da Ferrari, lotada. O público fez sua parte. Schumacher, não. Ficou apenas em terceiro e numa condição embaraçosa diante dos "tifosi".
O mais rápido do dia foi seu arqui-rival, Juan Pablo Montoya, da Williams. Em segundo, Rubens Barrichello, seu colega na Ferrari.
Foi o sexto treino oficial seguido em que o pentacampeão foi superado pelo brasileiro. Desde 19 de julho, na prova da Inglaterra, só dá Barrichello na disputa interna.
Nesta sexta, ficou 0s484 atrás do brasileiro, diferença considerável para os padrões da categoria.
Neste sábado, Schumacher terá mais uma chance de interromper a série. O treino que define o grid para o GP da Itália, antepenúltima etapa do Mundial, será às 9h.
"Mais uma vez, ele ficou quase meio segundo atrás do Barrichello. A verdade é que, hoje, o brasileiro é mais veloz. Minha hipótese é que Barrichello se adaptou melhor a esse carro do que o alemão", escreveu o jornalista Leo Turrini, um dos maiores especialistas de F-1 da Itália, autor da biografia oficial de Enzo Ferrari.
Para o diário esportivo "Tuttosport", "uma vitória de Schumacher em Monza e a conquista do Mundial seriam dois milagres".
De fato, a situação do alemão se complica a cada GP. A última vitória foi no Canadá, em junho. A última pole, na Áustria, em maio.
O que mais preocupa a torcida é a arrancada de Montoya, vice no Mundial, a um ponto de Schumacher. Há sete GPs, ele sobe ao pódio. E, em Monza, tem um excelente retrospecto: em duas provas, duas poles e uma vitória.
"Estou muito confiante. Acho que amanhã posso melhorar mais", disse o colombiano.
Em contraste, Schumacher teve dificuldades para explicar seu resultado. "Temos que ver se seremos competitivos contra os nossos rivais", limitou-se a dizer.
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