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12/09/2003 - 20h12

Milene critica técnico da seleção feminina e provoca motim

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SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, no Rio

As jogadoras da seleção brasileira que vão disputar o Mundial dos EUA, que começa no dia 20, não concordaram com a inscrição da mulher do atacante Ronaldo, Milene Domingues, no torneio.

As críticas da atleta ao técnico Paulo Gonçalves, porém, encontraram eco no grupo. Tanto que o treinador foi obrigado a realizar uma reunião com as 20 jogadoras em Teresópolis.

No encontro, Gonçalves foi questionado pelas atletas sobre os seus critérios de seleção da lista para o Mundial, a falta de esquema tático e também sobre os treinos realizados na semana, considerados pífios pelo elenco.

As reclamações são praticamente as mesmas de Milene, que na quinta criticou os métodos do treinador. Ela disse que Gonçalves não orientava o time adequadamente e não tinha esquema tático definido.

"Eles se reuniram e resolveram todos os problemas. Em época de cortes, as jogadoras sempre ficam muito tensas", disse o diretor da seleção feminina, Luiz Miguel Estevão de Oliveira.

"Além disso, o Paulo é um grande treinador. Com ele, a seleção ganhou dois sul-americanos e a medalha de ouro no Pan", disse o dirigente, que negou a possibilidade de demitir o treinador.

Oliveira foi o principal articulador da inscrição de Milene no Mundial. O treinador Paulo Gonçalves não escondia o desconforto com a presença da jogadora.

No início da semana, ele se recusou a indicar as 20 convocadas, como determina o regulamento da competição. Entregou aos dirigentes apenas os nomes de 18 atletas (Milene estava fora).

Nesta sexta, Oliveira disse que pediu ao técnico a permanência da mulher de Ronaldo. "No Mundial, as 20 jogadoras não vão jogar. No máximo, jogam 15 atletas. A Milene é uma legítima representante do futebol feminino."

O dirigente da CBF não nega que o "marketing" da jogadora pesou na decisão de mantê-la no grupo.

Desde que se apresentou em Teresópolis, a mulher de Ronaldo participou poucas vezes dos coletivos comandados por Gonçalves.
 

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