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05/10/2003
-
00h09
SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, no Rio
A Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) vai tentar esvaziar o poder do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Armando Marques.
No documento que será enviado neste mês pela associação ao deputado Gilmar Machado (PT-MG), com as propostas da classe para o Estatuto do Desporto, a Anaf pede a participação de representantes de atletas, árbitros e treinadores nas comissões de arbitragem, para dar mais transparência nas definições das escalas.
"Não sou tutelado. Penso na classe. Não estou preocupado com o poder ou se o Armando vai gostar", afirmou o presidente da Anaf, Márcio Rezende de Freitas, que entregará o documento a Machado, relator do estatuto.
Atualmente, a comissão da CBF é composta por quatro integrantes, todos nomeados pela entidade: Sebastião Rufino, José Luiz Barreto e Edson Rezende de Oliveira, além de Marques.
Centralizador, Marques é o homem-forte da entidade e poucas vezes se reúne com os seus companheiros. Por ter esse perfil, vários ex-árbitros conhecidos, como José Roberto Wright e Arnaldo César Coelho, recusaram o convite para integrar a comissão.
"O presidente não pode fazer do jeito que quer. Às vezes, ele erra e isto não é possível", disse Freitas.
Com a composição proposta pela Anaf, os representantes dos atletas, árbitros e treinadores não teriam o poder de escalar os juízes, mas funcionariam como fiscalizadores dos atos de Marques, o que o deixará contrariado.
A proposta foi redigida pelo árbitro Carlos Eugênio Simon, pelo assistente Jorge Paulo Gomes de Oliveira e pelo secretário-geral da Anaf, Sérgio Corrêa.
Simon e Oliveira estiveram na última Copa do Mundo.
O pleito da entidade é uma estratégia para pôr fim ao sorteio, critério do Estatuto do Torcedor para escalar árbitros. "O sorteio está matando a arbitragem brasileira. A renovação está sendo interrompida", disse Freitas.
Pelo formato atual, Marques faz uma pré-seleção de três trios de árbitros para cada partida. O sorteio é realizado na CBF dois dias antes do início da rodada.
"Na reunião com o deputado, essa alternativa foi bem recebida", declarou o secretário-geral da Anaf, Sérgio Corrêa da Silva.
O Estatuto do Desporto é um projeto de lei que vai unificar a legislação do setor. A intenção de Machado é aprová-lo até o início do próximo ano.
Armando Marques não foi localizado pela Folha de S.Paulo para comentar a proposta da Anaf.
Processo eleitoral
Além de tentar alterar a composição de forças com a CBF, a Anaf também vive um processo interno de mudança. Na semana passada, Freitas marcou a data da próxima eleição na entidade (5 de dezembro) e já anunciou que não será candidato.
Com isso, ele deu início ao processo eleitoral. Freitas faz lobby nos bastidores para a Anaf apoiar a candidatura de José de Assis Aragão, ex-árbitro da Fifa.
O gaúcho José Mocelim é o único que assumiu a intenção de comandar a entidade nos próximos três anos. O carioca Jorge Travassos, que comandou a entidade no último mandato e foi árbitro da Fifa, também pode ser candidato.
Marques ainda não se posicionou sobre a candidatura que apoiará. Ele teve poder decisivo nas duas últimas eleições. Ele apoiou Freitas e Jorge Travassos.
Especial
Campeonato Brasileiro
Presidente da Comissão Nacional de Arbitragem será fiscalizado
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) vai tentar esvaziar o poder do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Armando Marques.
No documento que será enviado neste mês pela associação ao deputado Gilmar Machado (PT-MG), com as propostas da classe para o Estatuto do Desporto, a Anaf pede a participação de representantes de atletas, árbitros e treinadores nas comissões de arbitragem, para dar mais transparência nas definições das escalas.
"Não sou tutelado. Penso na classe. Não estou preocupado com o poder ou se o Armando vai gostar", afirmou o presidente da Anaf, Márcio Rezende de Freitas, que entregará o documento a Machado, relator do estatuto.
Atualmente, a comissão da CBF é composta por quatro integrantes, todos nomeados pela entidade: Sebastião Rufino, José Luiz Barreto e Edson Rezende de Oliveira, além de Marques.
Centralizador, Marques é o homem-forte da entidade e poucas vezes se reúne com os seus companheiros. Por ter esse perfil, vários ex-árbitros conhecidos, como José Roberto Wright e Arnaldo César Coelho, recusaram o convite para integrar a comissão.
"O presidente não pode fazer do jeito que quer. Às vezes, ele erra e isto não é possível", disse Freitas.
Com a composição proposta pela Anaf, os representantes dos atletas, árbitros e treinadores não teriam o poder de escalar os juízes, mas funcionariam como fiscalizadores dos atos de Marques, o que o deixará contrariado.
A proposta foi redigida pelo árbitro Carlos Eugênio Simon, pelo assistente Jorge Paulo Gomes de Oliveira e pelo secretário-geral da Anaf, Sérgio Corrêa.
Simon e Oliveira estiveram na última Copa do Mundo.
O pleito da entidade é uma estratégia para pôr fim ao sorteio, critério do Estatuto do Torcedor para escalar árbitros. "O sorteio está matando a arbitragem brasileira. A renovação está sendo interrompida", disse Freitas.
Pelo formato atual, Marques faz uma pré-seleção de três trios de árbitros para cada partida. O sorteio é realizado na CBF dois dias antes do início da rodada.
"Na reunião com o deputado, essa alternativa foi bem recebida", declarou o secretário-geral da Anaf, Sérgio Corrêa da Silva.
O Estatuto do Desporto é um projeto de lei que vai unificar a legislação do setor. A intenção de Machado é aprová-lo até o início do próximo ano.
Armando Marques não foi localizado pela Folha de S.Paulo para comentar a proposta da Anaf.
Processo eleitoral
Além de tentar alterar a composição de forças com a CBF, a Anaf também vive um processo interno de mudança. Na semana passada, Freitas marcou a data da próxima eleição na entidade (5 de dezembro) e já anunciou que não será candidato.
Com isso, ele deu início ao processo eleitoral. Freitas faz lobby nos bastidores para a Anaf apoiar a candidatura de José de Assis Aragão, ex-árbitro da Fifa.
O gaúcho José Mocelim é o único que assumiu a intenção de comandar a entidade nos próximos três anos. O carioca Jorge Travassos, que comandou a entidade no último mandato e foi árbitro da Fifa, também pode ser candidato.
Marques ainda não se posicionou sobre a candidatura que apoiará. Ele teve poder decisivo nas duas últimas eleições. Ele apoiou Freitas e Jorge Travassos.
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