Santos arma zaga, esquece gol e não deve ter reforço "de peso"

O Santos de 2010 finalmente começa a ganhar uma cara. Ou melhor, 39 caras. Foi esse o número de jogadores que se apresentaram ontem, no primeiro treino com bola de Dorival Júnior, no CT Rei Pelé.

Com os reforços (foram oito até agora) e a ascendência de juniores (16), o time reforçou a defesa, porém ainda sofre com problemas no ataque.

Até aqui, contratou três defensores e nenhum atacante. E o time segue sem contar com um centroavante: Kléber Pereira, criticado pela maior parte dos torcedores, deixou o clube e ainda não foi substituído.
Os diretores do Santos têm razão em se preocupar com a parte defensiva da equipe. No último Campeonato Brasileiro, o Santos sofreu 58 gols, o pior índice desde 2006, quando a competição passou a contar com 20 clubes.

Penou com as atuações de Adaílton, Eli Sabiá e Astorga e a contusão de Fabão. Todos deixaram o clube, que, em contrapartida, trouxe Durval, Bruno Rodrigo e Bruno Garcia, além de apostar na recuperação de Edu Dracena.

Ao mesmo tempo, no Nacional de 2009, o time fez os mesmos 58 gols, a melhor artilharia desde a edição de 2006. Kléber Pereira foi o responsável por 14 destes 58 gols.

O atacante Wesley, que estava emprestado ao Atlético-PR, retornou ao time. No entanto, não tem características de "homem de área''. Os cartolas chegaram a flertar com Souza, que permanecerá no Corinthians, além de Herrera e Sebastián "El Loco'' Abreu, que acertaram com o Botafogo.

E o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro pintou um cenário pessimista. Disse que o clube não fará nenhuma contratação de peso no primeiro semestre, devido, segundo ele, às dívidas que herdou da administração Marcelo Teixeira.

Dos 39 atletas que se apresentaram, ao menos dez devem ser cortados -a maioria, juniores, que podem ser emprestados. Da lista de 12 cujos contratos terminaram, só o volante Germano permanecerá.

O meia Marquinhos também se apresentou hoje e afirmou que o Santos tem a obrigação de conquistar títulos neste ano.