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19/11/2003 - 00h00

Sem a mesma blindagem, Brasil joga em Curitiba contra o Uruguai

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da Folha de S.Paulo

É em clima de fim de lua-de-mel que a seleção brasileira enfrenta nesta quarta-feira, às 21h50, em Curitiba, o Uruguai, pela quarta rodada das eliminatórias à Copa-06.

Depois do empate com o Peru, com uma atuação ruim e a perda da liderança no qualificatório sul-americano para a Argentina, Carlos Alberto Parreira e seus comandados já se deparam com um ambiente menos confortável.

Críticas do presidente Lula, acusações de defensivismo exagerado --o que particularmente irrita Parreira--, o momento ruim de Ronaldo com a camisa amarela, críticas da mídia e um apoio muito mais modesto da torcida.

Tudo isso está na pauta da seleção desde domingo, em uma combinação inédita em 2003, quando os ecos do pentacampeonato ainda são evidentes.

Como consequência, a delegação está mais arredia. Pela primeira vez na atual gestão de Parreira, a seleção se isolou em um hotel onde não era permitida a entrada de torcedores e jornalistas.

Ao contrário da estréia caseira nas eliminatórias, contra o Equador, em Manaus, quando mais de 30 mil pessoas foram ao último treino antes do jogo, na segunda o Pinheirão, local do confronto desta quarta-feira, não recebeu nem 5.000 pessoas, que pagaram, no mínimo, R$ 10 pelo ingresso.

Na madrugada de segunda-feira, a recepção no aeroporto de Curitiba já havia sido extremamente mais modesta do que em Manaus. Integrantes da delegação também não digeriram bem algumas críticas dos últimos dias.

O volante Emerson não gostou de ser tema de quadro no humorístico "Casseta & Planeta".

Já Parreira se irrita quando é lembrado de que sua seleção marcou apenas 12 gols em 11 partidas na atual temporada.

O técnico ainda se envolveu em polêmica com o presidente Lula, que classificou o desempenho do time contra os peruanos como "um vexame". Como resposta, Parreira disse que era melhor ficar "cada macaco no seu galho".

O clima carregado não tira a confiança dos jogadores. "Vamos conseguir a vitória", promete Rivaldo, único grande destaque no empate com o Peru. "Sabemos que somar três pontos em casa é muito importante", afirma Emerson, que, no entanto, não terá a chance de ajudar seus companheiros a vencer. Ele foi sacado da equipe para dar lugar ao santista Renato, em uma tentativa de fazer o time ser mais ofensivo.

Esta é a única alteração programada por Parreira em relação ao elenco titular do último jogo.

Na defesa, a preocupação é com a bola aérea, que resultou nos dois gols sofridos pelo Brasil até agora no qualificatório.

No ataque, Ronaldo tenta quebrar um jejum de três partidas sem marcar pela seleção. A comissão técnica do Brasil nega que o jogador do Real Madrid esteja acima do peso.

Na vice-liderança das eliminatórias antes dos jogos da terça-feira, o Brasil tem uma posição confortável na classificação. Os quatro primeiros das eliminatórias da América do Sul vão à Alemanha.

O quinto ainda terá direito a uma repescagem contra um adversário de continente não definido. O Uruguai, que na eliminatória passada só garantiu vaga no Mundial da Coréia e do Japão em uma repescagem com a Austrália, faz melhor papel agora.

Em três rodadas, venceu duas vezes. Um novo triunfo nesta quarta-feira faz os uruguaios passarem o Brasil.

Depois do confronto desta quarta-feira, o torneio dá uma longa parada. Só volta a ser disputado no final de março do ano que vem, quando o Brasil vai até Assunção para enfrentar o Paraguai.

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