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23/11/2003 - 00h01

Latinos campeões crescem em rankings de boxe

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EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo

Maior astro do boxe abaixo dos pesados, Oscar de la Hoya, no papel de empresário, promoveria neste fim de semana o seu primeiro pay-per-view.

Trata-se de uma programação predominantemente latina, o filão que mais cresce dentro e fora dos ringues.

As outras três programações transmitidas pelas TVs dos EUA neste fim de semana também teriam como protagonistas latinos.

Nos últimos 15 anos, o número de latinos campeões mundiais pelas quatro principais entidades do boxe (CMB, AMB, FIB e OMB) mais do que duplicou: saltou de 17,6% para 42,6%. No total, são 68 vagas de campeões mundiais pelas quatro versões.

A OMB é a que mais tem latinos campeões. São dez, 58,8% do total. Mas mesmo que a OMB, que em 1988 iniciava suas operações e cuja maioria dos títulos estavam vagos à época (tinha só três campeões em dezembro daquele ano), fosse retirada da equação, a análise das outras três entidades ainda registraria crescimento latino, embora em menor escala: iria de 23,5% para 37,2%.

Os lutadores brasileiros estão entre os beneficiados pelo boom latino. O brasileiro Acelino Freitas, o Popó, foi campeão durante essa expansão latina, e seu ex-sparring, Kelson Pinto, disputa um cinturão mundial interino da OMB no dia 13 de dezembro.

Os promotores de pugilismo também detectaram o crescimento da influência latina fora dos ringues: em sua audiência.

Assim, nos últimos anos, os telespectadores passaram a ser bombardeados com anúncios de diversas programações latinas em pay-per-view ou em TV a cabo.

"Solo Boxeo", o mensal "Boxeo de Oro", de De la Hoya, que renovou por mais um ano com a HBO latina, o pay-per-view "Latin Fury", de Bob Arum, um dos dois maiores promotores do mundo, e "Telemundo Presenta" são alguns desses muitos programas.

Dentro dessa mesma tendência, a publicação especializada norte-americana "Boxing Digest" tornou-se bilingue: Há uma seção denominada "Rincón Latino", com conteúdo exclusivo escrito em castelhano, visando o segmento que mais cresce dentro da população norte-americana.

Dentro dos ringues, os lutadores latinos convencem à força os adversários de seu poderio.

Este ano, em combates disputados em um espaço de três semanas, três boxeadores afro-americanos, favoritíssimos, foram derrotados por pugilistas hispânicos.

O medalhista olímpico Richard Williams, o campeão dos galos Tim Austin, no topo por cinco anos, e o campeão dos meio-médios Vernon Forrest, considerado um dos melhores lutadores da atualidade, perderam invencibilidades ou títulos para, respectivamente, Juan Valenzuela, Rafael Marquez e Ricardo Mayorga.

O fato motivou até mesmo a publicação especializada americana "The Ring" a questionar "Is boxing becoming boxeo?", em um trocadilho com o modo como boxe é escrito em inglês e castelhano.
 

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