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08/01/2004 - 09h00

Olímpicos seguem futebol e põem estrelas à prova

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da Folha de S.Pauilo

A pouco mais de sete meses para a abertura dos Jogos de Atenas, as principais estrelas olímpicas brasileiras ainda não carimbaram seus passaportes para a Grécia.

Como o futebol, que iniciou ontem seu Pré-Olímpico, a maioria das modalidades passará por seletivas para definir a classificação ou os representantes do país na disputa pela glória olímpica.

Entre os 11 esportes nos quais o Brasil já subiu ao pódio olímpico, só três já estão classificados e com seus atletas praticamente definidos: as duas seleções de vôlei e a equipe feminina de basquete.

Ao todo, o Brasil já conquistou 66 medalhas em Olimpíadas --82% delas foram obtidas por competidores de modalidades cuja situação está indefinida.

Exceções nessa regra, basquete e vôlei, que lutarão para chegar ao pódio em Atenas, não devem alterar a base da equipe que disputou os classificatórios no ano passado.

"Para conseguir uma vaga neste grupo, um jogador vai ter que me surpreender", diz Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei, campeã mundial e da Liga.

Mesmo esportistas renomados, como o iatista Robert Scheidt, o cavaleiro Rodrigo Pessoa ou a dupla de vôlei de praia Ana Paula e Sandra, ainda não têm certeza de que estarão na disputa olímpica.

"Estou aguardando a definição das seletivas, que será feita pela confederação brasileira. Espero que isso saia logo, porque preciso planejar a minha temporada", diz Pessoa, tricampeão da Copa do Mundo (1998, 1999 e 2000), que pleiteia ser um dos dois representantes do país na prova de saltos.

Scheidt, hexacampeão mundial da classe laser, passará por um classificatório em Búzios (RJ), em fevereiro. Uma competição dessas pode representar um perigo para atletas consagrados.

"Na seletiva para os Jogos de Los Angeles [em 1984], o Lars Grael superou o Alex Welter, que era campeão olímpico, para ficar com a vaga", lembra Reinaldo Câmara, vice-presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor.

Ouro nos Jogos de Moscou-1980, Welter e Lars Bjorkstrom ficaram fora da Olimpíada seguinte. Lars Grael e Glein Haynes foram a Los Angeles e ficaram em sétimo lugar. Ciente disso, Scheidt não quer cometer erros.

"Defini o meu calendário para este ano só pensando na Olimpíada. Excluí algumas provas de ponta na Europa para me dedicar ao Pré-Olímpico de Búzios. Antes de pensar em medalha, preciso me classificar", conta o velejador.

Ana Paula e Sandra, atuais campeãs do Circuito Mundial de vôlei de praia, lideram o ranking, mas podem ser ultrapassadas por outras parcerias brasileiras --duas duplas nacionais irão a Atenas.

Na mesma situação estão Adriana Behar e Shelda, prata em Sydney-2000 e pentacampeãs mundiais. Na reta final de preparação para a última Olimpíada, a dupla não tinha rivais no país. Atualmente, a situação é diferente. "Não somos mais imbatíveis. Há oito anos as duplas estudam nosso jogo e tentam nos derrotar", preocupa-se Adriana Behar.

Atletismo e natação, dois dos esportes que mais concederam medalhas ao Brasil, com 11 e nove, respectivamente, definirão seus competidores pelo índice. Postulantes à medalha, como Jadel Gregório (salto triplo) e Gustavo Borges (4 x 100 m livre), ainda precisam confirmar suas marcas.

"Já tenho índice nos 100 m livre, mas preciso defender a minha vaga na equipe brasileira. Não dá para vacilar", comenta Borges.

Mesmo esportes emergentes, como a ginástica artística, dependem de convocação. Daniele Hypólito, melhor brasileira em Olimpíadas, e Daiane dos Santos, ouro no Mundial de Anaheim-03, devem ir a Atenas. Mas a lista definitiva deve sair até junho.

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