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08/01/2004 - 20h47

Na chegada ao Cruzeiro, Rivaldo descarta ir à Olimpíada

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THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Recebido nesta quinta como ídolo pela torcida cruzeirense, o meia-atacante Rivaldo, 31, descartou sua ida para os Jogos Olímpicos de Atenas neste ano como um dos três atletas acima de 23 anos.

Titular da equipe de Parreira nas eliminatórias da Copa-2006, Rivaldo disse que o elenco atual, com "grandíssimos jogadores", dará conta do recado. "Já fui uma vez acima da idade [em Atlanta, 1996], essa já basta para mim."

O discurso do novo reforço cruzeirense contrasta com o que ele dissera dois meses atrás. Em 17 de novembro, na véspera da partida contra o Uruguai, pelas eliminatórias, Rivaldo manifestou desejo de ir aos Jogos.

Apesar de rechaçar a seleção olímpica, o meia-atacante disse que pretende reviver, na equipe mineira, os momentos que passou em 1999, quando conquistou títulos no Barcelona e na seleção brasileira.

"Quando joguei pelo Barcelona, fui considerado o melhor jogador do mundo, consegui todos os prêmios possíveis."

Naquele ano, Rivaldo foi eleito melhor jogador do mundo pela Fifa e pelas revistas especializadas "Onze" e "World Soccer".

Além disso, foi artilheiro da seleção, com cinco gols, na conquista da Copa América, e campeão espanhol pelo Barcelona.

Rivaldo, que acertou por um ano com o Cruzeiro, disse, na primeira entrevista como jogador do clube, que não pretende utilizar a cláusula do seu contrato que o libera para o exterior depois de seis meses, sem ônus para as partes. "Espero continuar no Cruzeiro não por um ano, mas por mais tempo", afirmou.

Como fatores que pesaram em sua decisão de voltar ao Brasil, Rivaldo citou a estrutura do Cruzeiro e a possibilidade de conquistar a Taça Libertadores e o Mundial interclubes. Outro ponto lembrado pelo jogador foi a amizade com o técnico Wanderley Luxemburgo, que articulou sua ida para Minas.

"É um grande técnico, que confiou em mim depois da saída do Corinthians [em 1994], pediu minha contratação ao Mogi Mirim e me levou ao Palmeiras."

Por várias vezes, Rivaldo destacou a vontade de ficar perto dos filhos, que vivem em Mogi-Mirim (a 162 km de São Paulo). O filho mais velho, Rivaldinho, 8, acompanhou a entrevista ao lado do pai.

"Depois que aconteceu a minha separação [em 2003], ficar longe das crianças é difícil, então isso também mexeu comigo."

Segundo ele, a temporada difícil que passou no Milan, quando não era aproveitado pelo técnico Carlo Ancelotti, serviu de aprendizado. "Eu queria [ao vir para o Cruzeiro] era ter alegria, porque no Milan estava muito difícil."

O meia-atacante disse que, com a volta ao Brasil, os torcedores da seleção poderão avaliar seu futebol com mais propriedade. "Às vezes você é criticado, as pessoas não vêem os jogos de fora."
 

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