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14/01/2004
-
19h31
ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
Atrás do tricampeonato, o Ribeirão Preto inicia nesta quinta-feira, contra o Corinthians/Mogi, a final do Paulista masculino de basquete. O primeiro jogo da decisão será na casa do rival.
Nos últimos 30 anos, apenas equipes legendárias do interior conseguiram tal façanha. O Franca, que iniciava sua ascensão como capital do basquete, foi campeão em 1975, 1976 e 1977. O último a atingir o feito foi o Rio Claro, em 1993, 1994 e 1995. Para obter essa última conquista, a equipe bateu o Dharma/Franca na final.
Foi a única decisão de Paulista do técnico Carlão, que hoje dirige o Mogi. Para impedir outra equipe de atingir o tricampeonato, dessa vez o treinador contará com duas peças que estavam em ação no Rio Claro naquela época: os pivôs Josuel e Rogério Fernandes.
"É importante ter no time alguém que já ganhou o título. Procuro mostrar aos outros como é uma decisão", diz Rogério, 34, o mais experiente jogador do Mogi.
Fato novo neste Paulista, o Corinthians/Mogi tenta voltar ao lugar mais alto do pódio no Estadual. Resultado de uma parceria entre duas equipes tradicionais, o Mogi não conquista o título desde 1996. Já o Corinthians enfrenta jejum maior. O clube não ergue o troféu estadual há 18 edições.
"Acreditávamos desde o início que o time pudesse chegar. Mas admitimos que Ribeirão joga junto há mais tempo e está acostumado a fazer finais", teme Carlão.
Para Lula, o segredo para sua equipe ter se mantido no topo há tanto tempo é a aposta no conjunto. "Quem investe só em dólar, quando o câmbio baixa, tem prejuízo. O melhor é diversificar. Da mesma forma, se o rival marcar os tiros do Renato, não anulará nosso time", exemplifica o técnico.
Mesmo tendo perdido uma invencibilidade que chegou a 56 jogos, Ribeirão tem mostrado que ainda manda no Estadual. Nos mata-matas, não teve dificuldade em superar o São Caetano (3 a 0), nas quartas-de-final, e o Araraquara (3 a 0), na fase seguinte.
Com a eliminação do Araraquara, a equipe já alterou um pouco a realidade do Estado. O time do técnico Tom Zé fora o rival da decisão dos últimos dois Paulistas.
E é na arma historicamente utilizada por Ribeirão para minar os adversários que está o trunfo do Mogi. "Eles têm muitas possibilidades de troca entre os pivôs, com Josuel, Rogério, Alírio e Murilo, e nas laterais, com Farofa, Brent e Felipe, que vem jogando bem. Além disso, o [armador] Fúlvio cresceu muito", destaca Lula.
Para Felipe, cestinha do Mogi na vitória sobre o Franca, no sábado (87 a 79), que garantiu a vaga na final, decidir o título é algo inusitado.
Ele começou a jogar há apenas dois anos. "Jogava pelo time da faculdade [Unip], que treinava no Espéria. Eles estavam montando o time para o Paulista e não tinham dinheiro. Daí, me chamaram", conta Felipe, que passou por Bauru, antes ir para o Mogi.
No intervalo, Felipe, 24, ainda se formou em turismo, depois de passar por cinco faculdades.
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Ribeirão Preto busca o tricampeonato do Paulista masculino de basquete
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da Folha de S.Paulo
Atrás do tricampeonato, o Ribeirão Preto inicia nesta quinta-feira, contra o Corinthians/Mogi, a final do Paulista masculino de basquete. O primeiro jogo da decisão será na casa do rival.
Nos últimos 30 anos, apenas equipes legendárias do interior conseguiram tal façanha. O Franca, que iniciava sua ascensão como capital do basquete, foi campeão em 1975, 1976 e 1977. O último a atingir o feito foi o Rio Claro, em 1993, 1994 e 1995. Para obter essa última conquista, a equipe bateu o Dharma/Franca na final.
Foi a única decisão de Paulista do técnico Carlão, que hoje dirige o Mogi. Para impedir outra equipe de atingir o tricampeonato, dessa vez o treinador contará com duas peças que estavam em ação no Rio Claro naquela época: os pivôs Josuel e Rogério Fernandes.
"É importante ter no time alguém que já ganhou o título. Procuro mostrar aos outros como é uma decisão", diz Rogério, 34, o mais experiente jogador do Mogi.
Fato novo neste Paulista, o Corinthians/Mogi tenta voltar ao lugar mais alto do pódio no Estadual. Resultado de uma parceria entre duas equipes tradicionais, o Mogi não conquista o título desde 1996. Já o Corinthians enfrenta jejum maior. O clube não ergue o troféu estadual há 18 edições.
"Acreditávamos desde o início que o time pudesse chegar. Mas admitimos que Ribeirão joga junto há mais tempo e está acostumado a fazer finais", teme Carlão.
Para Lula, o segredo para sua equipe ter se mantido no topo há tanto tempo é a aposta no conjunto. "Quem investe só em dólar, quando o câmbio baixa, tem prejuízo. O melhor é diversificar. Da mesma forma, se o rival marcar os tiros do Renato, não anulará nosso time", exemplifica o técnico.
Mesmo tendo perdido uma invencibilidade que chegou a 56 jogos, Ribeirão tem mostrado que ainda manda no Estadual. Nos mata-matas, não teve dificuldade em superar o São Caetano (3 a 0), nas quartas-de-final, e o Araraquara (3 a 0), na fase seguinte.
Com a eliminação do Araraquara, a equipe já alterou um pouco a realidade do Estado. O time do técnico Tom Zé fora o rival da decisão dos últimos dois Paulistas.
E é na arma historicamente utilizada por Ribeirão para minar os adversários que está o trunfo do Mogi. "Eles têm muitas possibilidades de troca entre os pivôs, com Josuel, Rogério, Alírio e Murilo, e nas laterais, com Farofa, Brent e Felipe, que vem jogando bem. Além disso, o [armador] Fúlvio cresceu muito", destaca Lula.
Para Felipe, cestinha do Mogi na vitória sobre o Franca, no sábado (87 a 79), que garantiu a vaga na final, decidir o título é algo inusitado.
Ele começou a jogar há apenas dois anos. "Jogava pelo time da faculdade [Unip], que treinava no Espéria. Eles estavam montando o time para o Paulista e não tinham dinheiro. Daí, me chamaram", conta Felipe, que passou por Bauru, antes ir para o Mogi.
No intervalo, Felipe, 24, ainda se formou em turismo, depois de passar por cinco faculdades.
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