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23/02/2004 - 00h15

No saibro, Guga tem mais dificuldades no Torneio da Costa do Sauípe

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FERNANDO ITOKAZU
da Folha de S.Paulo

Profissional desde 1995, só nesta semana Gustavo Kuerten vai ter a oportunidade de disputar um torneio de primeira linha da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) no saibro, sua superfície predileta, em seu país.

Guga, que estréia terça-feira no Torneio da Costa do Sauípe contra o espanhol Oscar Hernández, já foi campeão do evento, em 2002. Naquela ocasião, porém, os jogos eram em quadra dura.

Mas, para tentar repetir o título, Kuerten enfrentará uma chave muito mais difícil agora. Além de adversários mais competitivos, Guga encara outros problemas na Costa do Sauípe.

O brasileiro atravessa seu maior jejum sem títulos no saibro. Desde a conquista em Stuttgart, em julho de 2001, já são 135 semanas sem levantar um troféu no piso.

Na semana passada, com uma gripe, não passou da estréia em Buenos Aires. "Fiquei três dias de cama, com uma gripe chata. Só voltei a treinar ontem [sábado]."

Desde sua primeira edição, em 2001, até a temporada passada, o Torneio da Costa do Sauípe acontecia na semana seguinte à disputa do Aberto dos EUA. A data não era muito favorável, já que as principais estrelas preferem descansar logo após os Grand Slams.

No calendário de 2004, porém, o torneio baiano foi antecipado para fevereiro, e a superfície, mudada para a terra batida.

Com as mudanças, a competição brasileira passou a integrar a turnê latino-americana no saibro, ao lado dos torneios de Viña del Mar, Buenos Aires e Acapulco.

Com isso, mesmo com menos estrelas do que na capital argentina, evento com o mesmo padrão de premiação e pontos, o Torneio da Costa do Sauípe apresenta um nível técnico mais elevado do que suas edições anteriores.

Pela primeira vez, Guga terá a companhia de um rival com credenciais próximas às suas. O espanhol Carlos Moyá, sétimo da ATP, também já foi líder do ranking de entradas e campeão de Roland Garros.

"O saibro tem mais a ver com os brasileiros e com a nova data. Jogadores como o Moyá, que tem título de Grand Slam e foi número um do mundo, também estarão aqui", atestou Guga.

Em 2003, o cabeça-de-chave número um foi o alemão Rainer Schüttler, que ocupava então o oitavo posto do ranking, sua melhor posição até então, mas que nunca venceu um Grand Slam.

Além do topo, o torneio também teve uma melhora nos currículos no pelotão intermediário. Neste ano, a chave de 32 tenistas apresenta 15 jogadores com pelo menos um título na carreira. Em 2003, os atletas com esse perfil eram somente nove.

O último tenista a entrar na chave principal deste ano de acordo com o ranking foi o israelense Harel Levy, 99º do mundo. O chileno Hermes Gamonal, na época o 159º do ranking, foi o último com vaga garantida em 2003.

Um tenista com essa colocação nesta temporada não conseguiria aparecer nem entre os oito cabeças-de-chave do qualifying.

Se, pelo menos na estréia, o nível técnico mais alto não afeta Guga --Oscar Hernández é o 91º do ranking e nunca passou das quartas-de-final de um torneio--, Flávio Saretta sofre as conseqüências logo em sua primeira partida.

Único brasileiro além de Guga a entrar na chave pelo ranking, Saretta melhorou sua posição em relação a 2003 (44º contra 46º), mas perdeu a condição de favorito.

Sem o privilégio de pegar rivais teoricamente mais fracos no início, ele estréia contra o argentino Juan Ignacio Chela, 41º do mundo e oitavo cabeça-de-chave.

Além de Guga e Saretta, o Brasil terá Ricardo Mello --que joga nesta segunda, por volta das 20h30, contra o argentino Gastón Gaudio--, Franco Ferreiro e Pedro Braga.

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