Publicidade
Publicidade
09/03/2004
-
09h31
da Folha de S.Paulo
Apesar de o ex-presidente da CBJ Joaquim Mamede atribuir os dois títulos olímpicos da modalidade --de Aurélio Miguel, em Seul-88, e de Rogério Sampaio, em Barcelona-92-- à estrutura do centro de treinamento, os judocas que usaram as instalações têm muitas reclamações do local.
A peso leve Danielle Zangrando, 24, diz que ficou traumatizada por treinar em Santa Cruz. "Pensei até em abandonar o esporte por causa da obrigação de ter que me concentrar lá", afirmou.
Ela contou que, além de não dispor de uma estrutura ideal devido a tatames esburacados e camas incômodas, os atletas eram obrigados a limpar o local para evitar a companhia de moscas.
"A comida era péssima e faltavam opções de alimentação fora da concentração. O pior é que ainda tínhamos que pagar a CBJ pelo privilégio de nos internarmos lá", acrescentou a judoca, que tinha medo de correr nos arredores do centro de treinamento. "Não me sentia segura em treinar fora dos limites do terreno da confederação. Tinha medo de assalto e até de coisas piores porque a região era [e continua sendo até hoje] muito violenta".
Aurélio Miguel dá ainda mais valor ao seu título em Seul por ter se preparado em Santa Cruz: "Ao invés de concentrar os judocas, a permanência obrigatória no centro de treinamento nos desconcentrava". O que mais o incomodava era dividir dois banheiros pequenos com toda a equipe.
Ele disse que, depois da medalha de ouro, liderou um movimento na seleção pedindo o fim das estadas em Santa Cruz. Prestigiado pelo título, obteve êxito.
"O centro de treinamento serve para criar porcos ou galinhas e não para preparar alguém para a Olimpíada", criticou Miguel.
O meio-leve Henrique Guimarães, 31, que a exemplo de Zangrando integrou a seleção nas duas últimas gestões à frente da CBJ, aponta outro problema do tempo em que o centro de treinamento era usado. "Mais difícil que ficar em instalações arcaicas era conviver com o Mamede."
Questionado pela Folha a respeito das reclamações dos judocas, o ex-presidente disse que eles mentiram à reportagem.
Leia mais
Para Confederação de Judô, local está inativo, mas conservado
Concentração do judô no Rio está abandonada
Judocas lamentam moscas e galinhas
Publicidade
Apesar de o ex-presidente da CBJ Joaquim Mamede atribuir os dois títulos olímpicos da modalidade --de Aurélio Miguel, em Seul-88, e de Rogério Sampaio, em Barcelona-92-- à estrutura do centro de treinamento, os judocas que usaram as instalações têm muitas reclamações do local.
A peso leve Danielle Zangrando, 24, diz que ficou traumatizada por treinar em Santa Cruz. "Pensei até em abandonar o esporte por causa da obrigação de ter que me concentrar lá", afirmou.
Ela contou que, além de não dispor de uma estrutura ideal devido a tatames esburacados e camas incômodas, os atletas eram obrigados a limpar o local para evitar a companhia de moscas.
"A comida era péssima e faltavam opções de alimentação fora da concentração. O pior é que ainda tínhamos que pagar a CBJ pelo privilégio de nos internarmos lá", acrescentou a judoca, que tinha medo de correr nos arredores do centro de treinamento. "Não me sentia segura em treinar fora dos limites do terreno da confederação. Tinha medo de assalto e até de coisas piores porque a região era [e continua sendo até hoje] muito violenta".
Aurélio Miguel dá ainda mais valor ao seu título em Seul por ter se preparado em Santa Cruz: "Ao invés de concentrar os judocas, a permanência obrigatória no centro de treinamento nos desconcentrava". O que mais o incomodava era dividir dois banheiros pequenos com toda a equipe.
Ele disse que, depois da medalha de ouro, liderou um movimento na seleção pedindo o fim das estadas em Santa Cruz. Prestigiado pelo título, obteve êxito.
"O centro de treinamento serve para criar porcos ou galinhas e não para preparar alguém para a Olimpíada", criticou Miguel.
O meio-leve Henrique Guimarães, 31, que a exemplo de Zangrando integrou a seleção nas duas últimas gestões à frente da CBJ, aponta outro problema do tempo em que o centro de treinamento era usado. "Mais difícil que ficar em instalações arcaicas era conviver com o Mamede."
Questionado pela Folha a respeito das reclamações dos judocas, o ex-presidente disse que eles mentiram à reportagem.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas