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16/03/2004 - 19h35

Paulista feminino de basquete muda e começa com incógnita

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ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo

Com nova regra, o Paulista feminino de basquete começa nesta quarta-feira com uma incógnita. O Americana, azarão na última decisão do Nacional, inicia o campeonato como favorito. Porém tal vantagem pode sumir durante o Estadual de São Paulo.

O torneio terá a participação, além do Americana, de Ourinhos, Santo André, São Paulo-Guaru, Jundiaí, São Bernardo e São Caetano, que abrem nesta quarta a disputa.

Neste ano, por força de uma sugestão do presidente da FPB (Federação Paulista de Basquete), Toni Chakmati, o regulamento do campeonato sofreu alteração. Agora, as equipes podem contratar reforços até um dia antes do início das semifinais. Até o ano passado, o prazo expirava mais cedo, no final do primeiro turno.

"Eu impus essa mudança. Acho que o torneio deve terminar com um nível técnico mais elevado", conta Chakmati, que convenceu as equipes em reunião realizada no dia 5, na sede da federação.

Com isso, jogadoras como Silvinha, Helen, Erika, Adrianinha e Micaela, que estão disputando as principais ligas européias, poderão retornar ao Brasil para reforçar algum time na fase final.

"Criou-se um novo campeonato. A primeira fase será um torneio. Os mata-matas serão outro. Dependendo dos reforços, deixamos de ser favoritos", analisa Bassul, que foi contra a mudança.

Por enquanto, o Americana é apontado até pelos rivais como o time mais estruturado. Do grupo que venceu o Nacional feminino, Bassul perdeu só Micaela. A cestinha do Brasileiro-03, transferiu-se para o Reggio Emilia, da Itália.

"Ela deve retornar para defender nossa equipe nos mata-matas", acredita o treinador.

Além disso, no ano passado, a equipe de Americana venceu todos os campeonatos de que participou: foi campeã do Paulista, dos Jogos Regionais, dos Jogos Abertos do Interior e do Nacional. Nesse torneio, desbancou o Ourinhos, que iniciou a decisão invicto, mas foi derrotado por 3 a 2.

"Largamos na frente no Paulista, mas isso não quer dizer nada. Não somos favoritos, estamos favoritos", diferencia Bassul.

O principal nome disponível no mercado é a ala Janeth. Principal estrela da seleção brasileira, a ala deve voltar a jogar no segundo turno, que começa em 10 de abril. Janeth não atua oficialmente desde que, defendendo o Ourinhos, perdeu a decisão do Nacional para o Americana, em janeiro. Agora, deve mudar de clube.

"Estamos negociando, mas ainda não fechamos com ninguém. A maior probabilidade é ela ir jogar no São Paulo-Guaru. A Janeth quer ficar mais perto do centro de formação de basquete", afirma Karine Batista, agente da jogadora, referindo-se ao projeto social com crianças carentes, que é mantido pela ala em Santo André.

Quem mais perdeu atletas foi o Ourinhos. O clube reduziu drasticamente sua folha de pagamento.

Além de Janeth, deixaram a cidade a armadora Gattei, as alas Silvinha, Cristina e Aide e as pivôs Erika e Eliane. Agora, o clube do interior aposta na juventude.

"Estamos com uma base sub-21, com Lelé, Fernanda, Natália e Ana Flávia", diz o técnico Antonio Carlos Vendramini, lembrando as jogadoras do time vice-campeão do Mundial sub-21 de 2003.
 

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