Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/03/2004 - 08h29

Rotulados de "pipoqueiros", São Paulo e São Caetano decidem vaga no Morumbi

Publicidade

EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo

No duelo entre São Paulo e São Caetano, neste domingo, às 16h, que definirá um dos semifinalistas do Paulista, não é só o clube do Morumbi, local da partida, que entra em campo com o rótulo de "pipoqueiro".

O rótulo desconfortável cabe aos dois clubes, que têm fama de fracassar em jogos decisivos. Um deles ficará no meio do caminho de novo. Quem vencer estará classificado. Um empate nos 90 minutos levará a partida para a prorrogação. Persistindo a igualdade, a vaga será decidida nos pênaltis.

No retrospecto em partidas eliminatórias contra as principais forças do futebol paulista, o time do ABC não carrega boas lembranças. Na verdade, tem uma.

Quando despontou na elite, o São Caetano eliminou o Palmeiras nas quartas-de-final da Copa João Havelange, que substituiu o Campeonato Brasileiro em 2000.

De lá para cá, foram mais quatro decisões em mata-matas diante de palmeirenses, corintianos e santistas. E o clube do ABC foi eliminado em todos os duelos.

Hoje será o primeiro confronto, em "mata", com os são-paulinos, que trazem o ônus de jamais terem batido o rival no Morumbi.

Mesmo assim, o São Caetano tem preferido adotar o discurso que reforça sua fama de "morrer na praia" em decisões contra os grandes do Estado.

O técnico Muricy Ramalho, que brilhou no São Paulo nos anos 70 como jogador e também dirigiu o clube em 1996, aponta seu adversário como favorito.

"O São Paulo tem uma grande equipe, um treinador capacitado e a prova disso é a sua campanha no Paulista. Vendo dessa maneira, eles têm quase que a obrigação de obter a vaga", afirmou.

Entre os são-paulinos, que ostentam uma campanha quase irretocável no Estadual, com oito vitórias e um empate (aproveitamento de 92,5%, o melhor da era profissional do torneio, a partir de 1933), a fama de levar a pior em decisões tem incomodado o técnico Cuca e os atletas.

"Se vencermos, vão esquecer essa coisa de amarelar. Temos de eliminar esses rótulos de bambi e de pipoqueiro", diz o atacante Grafite, que não teme o retrospecto favorável do rival diante de seu time. Em seis jogos, o São Caetano venceu três vezes, contra uma derrota, além de dois empates.

"Estão falando que é o azarão do São Paulo, mas eu não vejo assim. O tabu está aí e existe para ser quebrado", completou.

Na análise de Cuca, seus comandados estão preparados emocionalmente para a decisão. Segundo ele, a indigesta fama do clube de tremer em momentos decisivos é amenizada pelo fato de o São Paulo ter renovado seu elenco para esta temporada.

"Não é por ter sido eliminado em outras ocasiões que pode se falar em pipocar. Hoje 50% do time é diferente, o treinador é outro. Estamos prontos para não afinar, até porque não é sempre que você perde por ter afinado. O outro time pode ser melhor no dia. O que não aceito é perder para nós mesmos", afirmou o treinador.

"Eu acho que esse jogo diferencia o grande do pequeno. É isso que faz um jogador ser diferente. Por mim teríamos uma decisão dessas todos os meses", disse.

O São Paulo não disputa um mata-mata desde novembro do ano passado, quando caiu diante do River Plate nas semifinais da Copa Sul-Americana.

SÃO PAULO
Rogério; Cicinho, Rodrigo, Fabão e Fábio Santos; Alexandre, Fábio Simplício, Souza e Gustavo Nery; Grafite e Luis Fabiano.
Técnico: Cuca

SÃO CAETANO
Sílvio Luís; Gustavo, Dininho (Thiago) e Serginho; Anderson Lima, Marcelo Mattos, Mineiro, Marcinho e Gilberto; Somália (Euller) e Fabrício Carvalho.
Técnico: Muricy Ramalho

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Horário: 16h
Juiz: Luís Marcelo Vicentin Cansian

Especial
  • Confira notícias, classificação e resultados do Paulista-2004
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página