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03/04/2004 - 00h06

Pela final, São Caetano e Santos largam "fair play"

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MARCUS VINÍCIUS MARINHO
da Folha de S.Paulo

As duas equipes protagonizaram no último domingo um dos jogos mais emocionantes do campeonato. São consideradas técnicas e ofensivas. Mas a verdade é que, além disso tudo, Santos e São Caetano se enfrentam sob a sombra da indisciplina, neste sábado, no Anacleto Campanella, às 16h.

O jogo, que vale uma passagem às finais do Paulista, será disputado por times que surpreendem nos números quando o assunto é mau comportamento.

O Santos, mais faltoso entre os quatro semifinalistas do Paulista, vai ao ABC com nada menos que sete jogadores pendurados com amarelos, segundo o Datafolha --Claiton, Alex, Elano, Paulo Almeida, Paulo César, Renato e Robson.

Já o São Caetano, apesar de só ter Anderson Lima ameaçado, é líder geral de cartões recebidos no campeonato e participou de três das cinco partidas com mais cartões do Estadual.

O jogo Santos x São Caetano do último domingo é um exemplo disso. Embora o empate em 3 a 3 tenha sido apontado por muitos como a partida mais bonita do Paulista, foi o segundo jogo com mais cartões em todo o campeonato: dez. Neste sábado, estarão em campo dois dos atletas que mais receberam cartão no torneio, Claiton e Anderson Lima.

"Você pode ter certeza que será um jogo de pegada. Não dá para pensar em perder, e o nosso time sempre marca muito forte", disse o lateral do São Caetano.

"É o nosso estilo. Não podemos pegar leve, senão o Diego e o Robinho vão deitar e rolar aqui", afirmou o zagueiro Dininho.

O técnico do time do ABC segue a mesma linha. "Não vai ter jeito, não vai dar para chegar mole", afirma Muricy Ramalho, que afirma ser fã da escola gaúcha de técnicos, tradicionalmente mais dedicada à marcação.

"Sou meio como eles, gosto de jogo duro, de frio e de campo cheio de barro."

O Santos é considerado a equipe mais técnica do Paulista, e tem a segunda maior média de gols do torneio. No entanto, o time do litoral é o único entre os semifinalistas que figura entre os cinco mais faltosos do Estadual. No jogo de ida, inclusive, fez mais faltas: 31, contra 20 do São Caetano.

Apesar do lado indisciplinado e dos esquemas com três volantes que os dois treinadores armaram para o primeiro duelo, a partida teve seis gols e oportunidades para os dois lados. E, para este sábado, tanto Muricy Ramalho como Emerson Leão prometem uma postura ainda mais ofensiva.

"O jogo é na nossa casa e agora vamos para cima deles, sim. Não pode ser diferente. Vamos chutar mais", disse Muricy, cuja equipe tem a melhor pontaria do torneio --acerta 48,3% das finalizações.

Leão, que comanda o time que mais chuta a gol do Estadual (em média, 23,2 vezes por jogo) diz também que atacará mais. "Nossa equipe atua para frente, ainda mais em um jogo tão decisivo".

O confronto tem uma outra novidade: diferentemente das quartas-de-final, que previam prorrogação de 30 minutos, agora o empate leva direto às cobranças de pênalti, assim como nas finais. O Paulista não é decidido em pênaltis desde 1975, quando o São Paulo bateu a Portuguesa.

Jogadores dos dois times descartaram a possibilidade de interromperem a marca histórica.

"Prefiro que a gente ganhe e acabe antes", diz Serginho, do São Caetano. "Mas se for para os pênaltis, sei que não quero bater", afirma, lembrando que perdeu cobrança nas finais da Libertadores, em 2002, contra o Olimpia.

"Tomara que nossos atacantes resolvam no jogo e não precisemos ir para os pênaltis. É melhor que acabe no tempo normal", declarou o goleiro Doni, do Santos, que tem o melhor retrospecto nas cobranças entre os goleiros do Paulista-04: em sua carreira, defendeu 13 de 27 penalidades.

SÃO CAETANO
Sílvio Luiz; Gustavo, Dininho e Serginho; Ânderson Lima, Marcelo Mattos, Mineiro, Marcinho e Triguinho (Fábio Santos); Warley (Euller) e Fabrício Carvalho
Técnico: Muricy Ramalho

SANTOS
Doni; Paulo César, Alex, André Luis e Léo; Claiton, Renato, Elano e Diego; Robinho e Basílio (Robson)
Técnico: Emerson Leão.

Local: estádio A. Campanella, em São Caetano do Sul (SP)
Horário: 16h
Juiz: Sálvio S. Fagundes Filho
 

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