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10/04/2004 - 08h17

São Caetano faz primeira decisão da era pós-Picerni

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KLEBER TOMAZ
da Folha Online

Depois de três fracassos em três decisões de torneios importantes (Copa João Havelange-2000, Campeonato Brasileiro-2001 e Libertadores-2002), o São Caetano tenta pela primeira vez, a partir deste domingo, contra o Paulista, na decisão do Campeonato Estadual, conquistar um título de expressão sem o comando do técnico Jair Picerni.

Desde a saída do treinador, em 2002, o clube do ABC passou pelas mãos de Mário Sérgio, Nelsinho Baptista e Tite, mas nenhum deles chegou perto da primeira conquista na primeira divisão para o time da Grande São Paulo.

Agora, a equipe aposta em Muricy Ramalho para desfazer a imagem de vice a que ficou associada.

"Não estou angustiado [com o fato do São Caetano ainda não ter ganho um título importante]", disse Muricy Ramalho, que afirmou também que os tempos de Picerni foram outros. "Não vou deixar o tabu ou a superstição [sobre o fato do São Caetano disputar a primeira final importante sem Picerni] atrapalhar."

O atual treinador do time do ABC prefere inclusive evitar o assunto. "Nem comento sobre isso. Os jogadores [daquela época] já foram quase todos embora", disse Muricy.

Os únicos remanescentes do time do São Caetano que disputou a primeira final, a extinta Copa João Havelange, são o goleiro Sílvio Luiz e os zagueiros Dininho e Serginho.

Sob o comando de Picerni, estes três atletas e outros, como o atacante Adhemar (que recentemente se transferiu para a Coréia do Sul) e o lateral-esquerdo César surpreenderam a todos com uma campanha meteórica, saindo do Módulo Amarelo (equivalente a segunda divisão) e desbancando Fluminense, Palmeiras e Grêmio para chegar à final --acabaram perdendo para o Vasco.

Picerni ainda chegaria a mais dois vice-campeonatos. Em 2001, ele manteve a filosofia de ataque frenético, fosse dentro ou fora de casa, e chegou como favorito diante do Atlético-PR para a decisão do Nacional-01, mas foi derrotado nos dois jogos das finais.

Apesar do fracasso, a segunda decisão do Brasileiro seguida valeu ao time o reconhecimento como uma das principais forças do país.

Em 2002, após levar a equipe à final da Libertadores e sucumbir diante do Olimpia, do Paraguai, o até então intocável Picerni foi finalmente "destronado".

Às vésperas de debutar na disputa do seu primeiro título estadual, o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, prega que é necessário esquecer o passado e pensar no presente. "Os tempos do Picerni foram bons, mas acabaram. Agora o São Caetano está pronto para ser campeão", disse.

Apesar de não ter um currículo muito extenso, Muricy tem quatro títulos na carreira: foi campeão gaúcho de 2003 com o Internacional, bicampeão pernambucano com o Remo, em 2001 e 2002, e da Copa Conmebol-1994, com o expressinho do São Paulo. Tem também um título na China.

Colaborou a Folha de S. Paulo
 

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