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23/04/2004
-
01h35
FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo, em Imola
Nas últimas semanas, ex-pilotos, chefes de equipes, mecânicos desconhecidos e até o ex-chefe do motorhome da Benetton falaram à imprensa européia sobre os dez anos da morte de Ayrton Senna.
Faltava Bernie Ecclestone, homem-forte da F-1. E ele resolveu falar. Incisivo, como de costume.
Em entrevista ao diário "The Independent", da Inglaterra, o empresário afirmou que apostaria no brasileiro em uma hipotética disputa com Michael Schumacher a bordo de carros idênticos.
"Cada um teve a sua era, e eles pilotaram carros diferentes, então é difícil fazer comparações. Schumacher é um superpiloto, sem dúvida. Mas se os dois disputassem uma corrida usando modelos iguais, eu colocaria o meu dinheiro no Ayrton", declarou.
"Se ele ainda estivesse por aqui, certamente Schumacher não teria colecionado tantas vitórias e títulos. Teríamos assistido a belos campeonatos", disse, referindo-se aos seis títulos do piloto alemão.
Ecclestone, que chefiou a Brabham antes de comandar a holding que controla comercialmente a F-1, revelou ainda que esteve perto de assinar um contrato com Senna no início dos anos 80.
O empecilho, segundo ele, foi Nelson Piquet, então seu piloto, que teria vetado a contratação.
"O Nelson desmerecia Senna, dizendo que ele era lento, chamando-o de taxista. Para mim, essa bronca era só mais um sinal de que Ayrton era realmente rápido. De qualquer forma, Nelson convenceu a Parmalat [patrocinadora do time na época] de que não seria bom ter dois pilotos brasileiros em uma mesma equipe, e não pude mais fazer nada."
Ecclestone aproveitou ainda para atacar novamente o regulamento da F-1 --desde o início da temporada, ele se opõe ao atual sistema de definição do grid, com voltas lançadas.
"Ayrton teria odiado essa regra", declarou o dirigente, em um exercício de adivinhação.
Ecclestone diz que apostaria em Senna em disputa contra Schumacher
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da Folha de S.Paulo, em Imola
Nas últimas semanas, ex-pilotos, chefes de equipes, mecânicos desconhecidos e até o ex-chefe do motorhome da Benetton falaram à imprensa européia sobre os dez anos da morte de Ayrton Senna.
Faltava Bernie Ecclestone, homem-forte da F-1. E ele resolveu falar. Incisivo, como de costume.
Em entrevista ao diário "The Independent", da Inglaterra, o empresário afirmou que apostaria no brasileiro em uma hipotética disputa com Michael Schumacher a bordo de carros idênticos.
"Cada um teve a sua era, e eles pilotaram carros diferentes, então é difícil fazer comparações. Schumacher é um superpiloto, sem dúvida. Mas se os dois disputassem uma corrida usando modelos iguais, eu colocaria o meu dinheiro no Ayrton", declarou.
"Se ele ainda estivesse por aqui, certamente Schumacher não teria colecionado tantas vitórias e títulos. Teríamos assistido a belos campeonatos", disse, referindo-se aos seis títulos do piloto alemão.
Ecclestone, que chefiou a Brabham antes de comandar a holding que controla comercialmente a F-1, revelou ainda que esteve perto de assinar um contrato com Senna no início dos anos 80.
O empecilho, segundo ele, foi Nelson Piquet, então seu piloto, que teria vetado a contratação.
"O Nelson desmerecia Senna, dizendo que ele era lento, chamando-o de taxista. Para mim, essa bronca era só mais um sinal de que Ayrton era realmente rápido. De qualquer forma, Nelson convenceu a Parmalat [patrocinadora do time na época] de que não seria bom ter dois pilotos brasileiros em uma mesma equipe, e não pude mais fazer nada."
Ecclestone aproveitou ainda para atacar novamente o regulamento da F-1 --desde o início da temporada, ele se opõe ao atual sistema de definição do grid, com voltas lançadas.
"Ayrton teria odiado essa regra", declarou o dirigente, em um exercício de adivinhação.
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