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04/11/2000 - 16h34

Mais de 30 mil atletas participam da Maratona de Nova York

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da Folha de S.Paulo

Mais do que vencer a prova amanhã, Josiah Tugwane quer vencer a maré de azar que ronda sua vida. O sul-africano participa da 31ª Maratona de Nova York, que acontece a partir das 10h50 (13h50 de Brasília). Os organizadores esperam a participação de 30 mil competidores de cem países.

Em 1996, logo depois de chegar em primeiro na maratona olímpica, ele foi espancado por três homens em seu país. No ano seguinte, foi roubado, apanhou de novo e ficou cinco dias hospitalizado.

Há dois anos, o ex-mineiro correu em Nova York, pisou num buraco e machucou-se. Ficou 1999 inteiro sem correr. "Agora, se terminar inteiro, estou feliz."

Só ganha o cheque de US$ 65 mil, o carro Pontiac Aztek e a motocicleta Vespa o primeiro a completar os 42,195 km da prova, que começa na ponte Verrazano-Narrows, em Staten Island, passa pelos cinco grandes bairros de Nova York e termina no restaurante Tavern on The Green, no Central Park, em Manhattan.

A maratona, uma das mais tradicionais do mundo, é pródiga em tempos fracos. O campeão do ano passado foi o queniano Joseph Chebet, com 2h09min14s; o recorde do percurso nova-iorquino é de 2h08min01s, de Juma Ikangaa, da Tanzânia. Ambos são fracos se comparados ao recorde mundial, 2h05min42s, do marroquino Khalid Khannouchi.

Um dos motivos dos tempos altos é o trajeto, com muitas subidas íngremes. A diferença entre o ponto mais alto e o mais baixo da corrida é de 84 metros, contra 21 metros na prova similar de Berlim e 30 metros na de Roterdã.

Além do sul-africano, os favoritos são os quenianos Japhet Kosgey (vencedor de Tóquio neste ano e de Roterdã em 1999) e John Kagwe (vencedor de Nova York em 1997 e 1998), o mexicano German Silva (vencedor em 1994 e 1995) e o marroquino Abdelkader El Mouaziz (vencedor de Londres em 1999). Chabet, o campeão de 1999, machucou-se.

Na disputa feminina, a mexicana Adriana Fernandez, campeã da prova no ano passado, terá como principal concorrente a queniana Tegla Loroupe.

Bicampeã nos anos de 94 e 95, Tegla não disputou a prova na edição do ano passado. Aos 27 anos, a atleta do Quênia surge como grande favorita a encerrar a maratona em primeiro lugar.

Sem grande destaque, a italiana Franca Fiacconi é outra que pode ficar com o prêmio. Campeã em 98, Franca ficou com a quarta colocação na prova de 99.

Mais uma vez os Estados Unidos não deverão ter um atleta vencedor da prova. A última vez foi em 82, com Alberto Salazar.

A corrida de amanhã tem um feito inédito: será a primeira vez, em 31 anos, que a divisão de atletas de cadeira de rodas será aceita na corrida. São 66 participantes dos EUA (52 homens, 14 mulheres) e 101 de outros países (90 homens, 11 mulheres), que largam com uma hora de antecedência.

Nenhum brasileiro venceu a prova até hoje. No ano passado, Márcia Narloch chegou em oitavo lugar entre as mulheres, com 2h37min13s. O prefeito de São Paulo, Celso Pitta, que já participou da prova em 1998, será um dos seiscentos atletas do país que irão correr amanhã.

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