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30/04/2004
-
00h43
ADALBERTO LEISTER FILHO
GUILHERME ROSEGUNI
da Folha de S.Paulo
Pela primeira vez no país, a tocha olímpica será carregada pelo vôlei. Dos 49 nomes divulgados nesta quinta pelo Comitê Olímpico Brasileiro, quase um quarto (24,5%) está ligado ao esporte que projetou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.
O símbolo olímpico passará pelo Rio em 13 de junho. Outros participantes virão dos dois parceiros do comitê no evento: a Coca-Cola (42 nomes) e a Samsung (20).
Antes de dirigir o comitê, Nuzman atuou nas quadras, nos anos 60, e nos gabinetes, posteriormente, como presidente da Confederação Brasileira de Vôlei.
A lista da entidade contempla desde a primeira vez que o vôlei integrou o programa olímpico, em Tóquio-64, representada pelo próprio Nuzman. Na ocasião, o Brasil ficou em sétimo lugar.
Os anos 70 também são lembrados, com José Roberto Guimarães, hoje técnico da seleção feminina, e Bernard, que estiveram em Montréal-76 --a seleção ficou em sétimo entre nove equipes.
A geração de prata não foi esquecida: Bernard e Marcus Vinícius Freire, que disputaram Los Angeles-84, foram chamados.
Boa parte do time que ganhou o ouro em Barcelona-92 fará parte do evento: Tande, Carlão, Maurício, Paulão, Marcelo Negrão e o técnico José Roberto Guimarães.
Outro marco homenageado pelo COB foi o bronze em Atlanta-96. Ana Moser representa esse time. O vôlei de praia não foi deixado de lado. Embora esteja presente no programa olímpico há apenas duas edições, a modalidade colocou a dupla Jacqueline e Sandra, ouro em Atlanta-96, na festa.
O COB ainda pôs cinco membros da diretoria na relação (10,2% da lista). Além de Nuzman, Bernard e Freire, Agberto Guimarães e André Gustavo Richer integram a corrida.
Outros esportes, que trouxeram mais medalhas ao país, têm representatividade bem mais baixa.
O iatismo é a modalidade que obteve mais pódios para o Brasil na história olímpica: 12. No entanto terá menos atletas --oito, ou 16,3%-- carregando a tocha. O atletismo é o segundo esporte mais glorioso, mas terá só cinco competidores na festa carioca --10,2% dos participantes.
Pior para o judô: mesmo sendo o terceiro da lista de troféus, viu só dois atletas --4% do total-- chamados pelo COB, os campeões olímpicos Aurélio Miguel e Rogério Sampaio. O comitê ignorou feitos, como a primeira medalha da modalidade, o bronze de Chiaki Ishii nos Jogos de Munique-72.
O futebol, esporte mais popular do país, terá quatro nomes: Pelé, Nilton Santos, Romário e Ronaldo. Este último não deve ir ao Rio por causa de problemas de patrocínio. Ronaldo tem contrato com a AmBev, mas os festejos no Rio terão a Coca-Cola como parceira.
Pelé, porém, já confirmou presença. "Chegou o momento de minha participação em uma Olimpíada", agradeceu ele.
As palavras do ex-jogador, contudo, não escondem a concentração do atletas de vôlei na primeira vez em que a tocha visita o país.
Segundo o COB, tal disparidade se deve à homenagem ao time campeão em Barcelona-92, até hoje a única medalha de ouro do país em esportes coletivos. A idéia era levar os 12 jogadores, mas houve limitação de número.
Nuzman dá a tocha olímpica ao esporte do coração, o vôlei
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GUILHERME ROSEGUNI
da Folha de S.Paulo
Pela primeira vez no país, a tocha olímpica será carregada pelo vôlei. Dos 49 nomes divulgados nesta quinta pelo Comitê Olímpico Brasileiro, quase um quarto (24,5%) está ligado ao esporte que projetou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.
O símbolo olímpico passará pelo Rio em 13 de junho. Outros participantes virão dos dois parceiros do comitê no evento: a Coca-Cola (42 nomes) e a Samsung (20).
Antes de dirigir o comitê, Nuzman atuou nas quadras, nos anos 60, e nos gabinetes, posteriormente, como presidente da Confederação Brasileira de Vôlei.
A lista da entidade contempla desde a primeira vez que o vôlei integrou o programa olímpico, em Tóquio-64, representada pelo próprio Nuzman. Na ocasião, o Brasil ficou em sétimo lugar.
Os anos 70 também são lembrados, com José Roberto Guimarães, hoje técnico da seleção feminina, e Bernard, que estiveram em Montréal-76 --a seleção ficou em sétimo entre nove equipes.
A geração de prata não foi esquecida: Bernard e Marcus Vinícius Freire, que disputaram Los Angeles-84, foram chamados.
Boa parte do time que ganhou o ouro em Barcelona-92 fará parte do evento: Tande, Carlão, Maurício, Paulão, Marcelo Negrão e o técnico José Roberto Guimarães.
Outro marco homenageado pelo COB foi o bronze em Atlanta-96. Ana Moser representa esse time. O vôlei de praia não foi deixado de lado. Embora esteja presente no programa olímpico há apenas duas edições, a modalidade colocou a dupla Jacqueline e Sandra, ouro em Atlanta-96, na festa.
O COB ainda pôs cinco membros da diretoria na relação (10,2% da lista). Além de Nuzman, Bernard e Freire, Agberto Guimarães e André Gustavo Richer integram a corrida.
Outros esportes, que trouxeram mais medalhas ao país, têm representatividade bem mais baixa.
O iatismo é a modalidade que obteve mais pódios para o Brasil na história olímpica: 12. No entanto terá menos atletas --oito, ou 16,3%-- carregando a tocha. O atletismo é o segundo esporte mais glorioso, mas terá só cinco competidores na festa carioca --10,2% dos participantes.
Pior para o judô: mesmo sendo o terceiro da lista de troféus, viu só dois atletas --4% do total-- chamados pelo COB, os campeões olímpicos Aurélio Miguel e Rogério Sampaio. O comitê ignorou feitos, como a primeira medalha da modalidade, o bronze de Chiaki Ishii nos Jogos de Munique-72.
O futebol, esporte mais popular do país, terá quatro nomes: Pelé, Nilton Santos, Romário e Ronaldo. Este último não deve ir ao Rio por causa de problemas de patrocínio. Ronaldo tem contrato com a AmBev, mas os festejos no Rio terão a Coca-Cola como parceira.
Pelé, porém, já confirmou presença. "Chegou o momento de minha participação em uma Olimpíada", agradeceu ele.
As palavras do ex-jogador, contudo, não escondem a concentração do atletas de vôlei na primeira vez em que a tocha visita o país.
Segundo o COB, tal disparidade se deve à homenagem ao time campeão em Barcelona-92, até hoje a única medalha de ouro do país em esportes coletivos. A idéia era levar os 12 jogadores, mas houve limitação de número.
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