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01/05/2004 - 22h00

Perueiros protestam perto do túmulo de Senna

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da Folha de S.Paulo

Exatamente dez anos depois do acidente que matou Ayrton Senna, neste sábado, às 9h13, pouco mais de 30 pessoas se aglomeravam em volta do túmulo do piloto, no Cemitério do Morumby, na zona sul de São Paulo. Nem sombra das cerca de 300 mil pessoas que participaram das atividades de seu funeral, em 1994.

Entre os poucos, na maioria brasileiros, ao lado do túmulo, estava o planejador de investimentos norte-americano Walter Golczewski, 39. Fanático pela vida de Senna em um país onde a F-1 não é muito popular, Golczewski convenceu sua esposa a vir para o Brasil só para visitar o túmulo do ídolo. "Meus amigos nem sabem quem foi Senna, mas eu não pude me mexer o dia inteiro quando ele morreu. É difícil explicar para eles o que vim fazer aqui no Brasil. Então apenas disse que era algo pessoal", diz.

O vendedor de computadores inglês Phil Reeves, por sua vez, aproveitou uma viagem de negócios para prestar uma homenagem ao piloto.

"Para mim, o maior vazio que ele deixou foi o coração dele, que era tão grande", diz Reeves, 45. Apesar de ser da cidade de Nigel Mansell, Birmingham, e morar no mesmo bairro do piloto inglês campeão mundial em 1992, Reeves diz ter torcido para Senna naquele ano.

Com o passar do dia, o movimento aumentou um pouco. Por volta de meio-dia, eram cerca de 400 pessoas. Na entrada do cemitério já havia ambulantes vendendo quadros, camisetas e réplicas do capacete do tricampeão.

Mas o que chamava mais a atenção, além das pessoas vestidas como o piloto e de grupos de violonistas, era uma manifestação da Federação Nacional de Transporte Escolar. Mais de 200 peruas escolares foram estacionadas dentro e fora do cemitério, e de cima de um trio elétrico, a presidente da entidade, Lurdinha, 50, bradava contra o ex-piloto inglês e ex-companheiro de equipe de Senna Damon Hill, que recentemente disse que o acidente de Senna foi causado por imperícia do piloto. "O Hill é inimigo da pátria. Por que ele ficou calado e só depois de dez anos vem defender os patrões? Ele suja a memória do Brasil e do maior ídolo brasileiro que existe", afirmou.

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