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19/05/2004
-
08h50
RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo
Miriam Martínez, 49, presidente do Deportivo Táchira, é uma das poucas mulheres que chegaram a presidir um time. Mãe de três filhos, ela assume, à Folha, que não sabe nada de futebol. Apesar disso, controla o único invicto da Libertadores.
O Deportivo Táchira enfrenta nesta quarta-feira o São Paulo, às 19h30,. no estádio do Morumbi, pela primeira partida das quartas-de-final da competição continental.
Folha - Poucas mulheres presidem times. Como lida com isso?
Miriam Martínez - Isso é incomum em todas as partes do mundo. Na Venezuela, não há outra mulher presidindo clube.
Folha - Como começou seu contato com o futebol?
Miriam - Na Venezuela, os clubes não têm muitos sócios. Com dificuldades financeiras, vão atrás de colaboradores. Um amigo pediu que ajudasse o time em algumas coisas. Comecei a colaborar porque na Venezuela você é exonerado do imposto se investe no esporte.
Folha - Como assumiu o time?
Miriam - Eram poucos acionistas quando, há dois anos, ficaram dois. Hoje, somos [ela e o marido] o único dono.
Folha - Como explica o sucesso do Deportivo Táchira?
Miriam - Não sei nada de futebol. Quando entrevistei o técnico [César Farías, 28, o mais jovem da Libertadores], ele me pareceu uma pessoa com muito caráter. Não sabia se era bom ou mau treinador. Parecia saber o que dizia. Ele teve que armar o time, buscar atletas, fazer tudo. Fizemos pré-temporada na Argentina. Nunca um time da Venezuela tinha feito pré-temporada fora do país.
Folha - Roman Abramovich investiu no Chelsea sem entender de futebol. Você parece com ele?
Miriam - Penso que o futebol pode ser algo rentável. Vemos equipes, pequenas e grandes, com problemas econômicos. E não deve ser assim. Uma paixão tão grande não pode dar prejuízo. Minha intenção é gerir o clube como empresa.
Folha - Como vê o bom momento do futebol venezuelano?
Miriam - Só agora o mundo vê, mas trabalhamos faz tempo nas categorias de base. É um processo que agora impacta.
Folha - Palpite para hoje?
Miriam - Não é fácil. Estamos otimistas, mas o São Paulo tem muitos títulos, história...
Mulher que dirige o Táchira diz não entender de futebol
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da Folha de S.Paulo
Miriam Martínez, 49, presidente do Deportivo Táchira, é uma das poucas mulheres que chegaram a presidir um time. Mãe de três filhos, ela assume, à Folha, que não sabe nada de futebol. Apesar disso, controla o único invicto da Libertadores.
O Deportivo Táchira enfrenta nesta quarta-feira o São Paulo, às 19h30,. no estádio do Morumbi, pela primeira partida das quartas-de-final da competição continental.
Folha - Poucas mulheres presidem times. Como lida com isso?
Miriam Martínez - Isso é incomum em todas as partes do mundo. Na Venezuela, não há outra mulher presidindo clube.
Folha - Como começou seu contato com o futebol?
Miriam - Na Venezuela, os clubes não têm muitos sócios. Com dificuldades financeiras, vão atrás de colaboradores. Um amigo pediu que ajudasse o time em algumas coisas. Comecei a colaborar porque na Venezuela você é exonerado do imposto se investe no esporte.
Folha - Como assumiu o time?
Miriam - Eram poucos acionistas quando, há dois anos, ficaram dois. Hoje, somos [ela e o marido] o único dono.
Folha - Como explica o sucesso do Deportivo Táchira?
Miriam - Não sei nada de futebol. Quando entrevistei o técnico [César Farías, 28, o mais jovem da Libertadores], ele me pareceu uma pessoa com muito caráter. Não sabia se era bom ou mau treinador. Parecia saber o que dizia. Ele teve que armar o time, buscar atletas, fazer tudo. Fizemos pré-temporada na Argentina. Nunca um time da Venezuela tinha feito pré-temporada fora do país.
Folha - Roman Abramovich investiu no Chelsea sem entender de futebol. Você parece com ele?
Miriam - Penso que o futebol pode ser algo rentável. Vemos equipes, pequenas e grandes, com problemas econômicos. E não deve ser assim. Uma paixão tão grande não pode dar prejuízo. Minha intenção é gerir o clube como empresa.
Folha - Como vê o bom momento do futebol venezuelano?
Miriam - Só agora o mundo vê, mas trabalhamos faz tempo nas categorias de base. É um processo que agora impacta.
Folha - Palpite para hoje?
Miriam - Não é fácil. Estamos otimistas, mas o São Paulo tem muitos títulos, história...
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