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03/06/2004
-
00h35
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Belo Horizonte (MG)
Dez anos e muitos quilos a mais, mas igualmente decisivo, Ronaldo voltou nesta quarta-feira pela primeira vez ao palco que o revelou para o futebol mundial. No Mineirão, a seleção brasileira venceu a Argentina por 3 a 1, com três gols do atacante, todos de pênalti, todos sofridos por ele.
O Brasil assumiu a liderança isolada das eliminatórias sul-americanas, com 12 pontos. Os argentinos, que haviam perdido pela última vez na disputa também para o Brasil fora de casa por 3 a 1 (não tinham caído nos últimos 17 jogos), ficam com 11.
Bem mais pesado (em 1994, no amistoso contra o Botafogo que marcou a despedida do Mineirão e do Brasil, tinha 75 kg, 13 kg a menos do que o seu suposto peso ideal na atualidade), Ronaldo virou artilheiro isolado das eliminatórias, com seis gols, e goleador máximo na nova era Parreira, pouco rica em artilharia.
O atacante vestiu chuteiras douradas, que estreou no amistoso festivo com a França, parecidas com a do maior vexame da sua carreira. Não teve seu nome cantado pelos torcedores no início, mas fez a diferença desde cedo.
Aos 17min, converteu seu primeiro pênalti, o único que teve que ser repetido, porque houve invasão de área por parte de Luis Fabiano e Kaká. Mas Ronaldo estava inspirado e concluiu bem de novo.
Segundo o Datafolha, o jogador do Real Madrid fez seis finalizações na partida, três delas certas. Foi o jogador que mais driblou (oito vezes) e o que mais faltas recebeu (sete). Fez ainda uma assistência e errou apenas um passe: recebeu 27 vezes a bola.
A Argentina dominou boa parte da partida, especialmente no primeiro tempo. Luis Fabiano, o parceiro de Ronaldo após o corte de Ronaldinho, jogou mais afastado da área, mas, nas duas oportunidades que teve, não definiu bem.
Ronaldo, que não se movimentava muito, dissera anteriormente que preferia o jogo contra a Argentina no Maracanã. Ele, no entanto, seria o único jogador do país a brilhar em campo no mais esperado jogo do ano. O técnico Marcelo Bielsa, da Argentina, chegou a afirmar antes da partida que trocaria a liderança da disputa por uma vitória contra o Brasil.
No segundo tempo, a seleção brasileira voltou melhor, mas seguidamente era ameaçada pelo adversário, que levava perigo especialmente nas bolas altas.
Na sua melhor característica, Ronaldo arrancou mais duas vezes em direção à área rival e conseguiu outros dois pênaltis, aos 23min e aos 51min, quando a Argentina pressionava pelo empate.
O ex-ala-esquerdo cruzeirense Sorín, de longe o melhor jogador do rival, descontou para os visitantes aos 35min, após uma rebatida na área brasileira.
Desde a vitória por 4 a 2 em Porto Alegre, em 1999, um jogador brasileiro não fazia três gols em um clássico contra a Argentina.
"O Ronaldo continua sendo aquele jogador que faz a diferença", disse um eufórico Parreira logo após o término da partida.
Ronaldo, bem mais contido, lembrou que a seleção brasileira não atuou de forma brilhante (embora por alguns minutos tenha dado "olé" nos argentinos) e que o Mineirão lhe traz sorte.
"Foi uma vitória merecida. Claro que não foi a melhor partida da seleção, mas o mais importante foi a vitória. Não temos tempo para treinar. Acho que essa é a minha casa", disse ele no fim.
Especial
Eliminatórias
Dez anos depois, Ronaldo volta a brilhar em Minas Gerais
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da Folha de S.Paulo, em Belo Horizonte (MG)
Dez anos e muitos quilos a mais, mas igualmente decisivo, Ronaldo voltou nesta quarta-feira pela primeira vez ao palco que o revelou para o futebol mundial. No Mineirão, a seleção brasileira venceu a Argentina por 3 a 1, com três gols do atacante, todos de pênalti, todos sofridos por ele.
O Brasil assumiu a liderança isolada das eliminatórias sul-americanas, com 12 pontos. Os argentinos, que haviam perdido pela última vez na disputa também para o Brasil fora de casa por 3 a 1 (não tinham caído nos últimos 17 jogos), ficam com 11.
Bem mais pesado (em 1994, no amistoso contra o Botafogo que marcou a despedida do Mineirão e do Brasil, tinha 75 kg, 13 kg a menos do que o seu suposto peso ideal na atualidade), Ronaldo virou artilheiro isolado das eliminatórias, com seis gols, e goleador máximo na nova era Parreira, pouco rica em artilharia.
O atacante vestiu chuteiras douradas, que estreou no amistoso festivo com a França, parecidas com a do maior vexame da sua carreira. Não teve seu nome cantado pelos torcedores no início, mas fez a diferença desde cedo.
Aos 17min, converteu seu primeiro pênalti, o único que teve que ser repetido, porque houve invasão de área por parte de Luis Fabiano e Kaká. Mas Ronaldo estava inspirado e concluiu bem de novo.
Segundo o Datafolha, o jogador do Real Madrid fez seis finalizações na partida, três delas certas. Foi o jogador que mais driblou (oito vezes) e o que mais faltas recebeu (sete). Fez ainda uma assistência e errou apenas um passe: recebeu 27 vezes a bola.
A Argentina dominou boa parte da partida, especialmente no primeiro tempo. Luis Fabiano, o parceiro de Ronaldo após o corte de Ronaldinho, jogou mais afastado da área, mas, nas duas oportunidades que teve, não definiu bem.
Ronaldo, que não se movimentava muito, dissera anteriormente que preferia o jogo contra a Argentina no Maracanã. Ele, no entanto, seria o único jogador do país a brilhar em campo no mais esperado jogo do ano. O técnico Marcelo Bielsa, da Argentina, chegou a afirmar antes da partida que trocaria a liderança da disputa por uma vitória contra o Brasil.
No segundo tempo, a seleção brasileira voltou melhor, mas seguidamente era ameaçada pelo adversário, que levava perigo especialmente nas bolas altas.
Na sua melhor característica, Ronaldo arrancou mais duas vezes em direção à área rival e conseguiu outros dois pênaltis, aos 23min e aos 51min, quando a Argentina pressionava pelo empate.
O ex-ala-esquerdo cruzeirense Sorín, de longe o melhor jogador do rival, descontou para os visitantes aos 35min, após uma rebatida na área brasileira.
Desde a vitória por 4 a 2 em Porto Alegre, em 1999, um jogador brasileiro não fazia três gols em um clássico contra a Argentina.
"O Ronaldo continua sendo aquele jogador que faz a diferença", disse um eufórico Parreira logo após o término da partida.
Ronaldo, bem mais contido, lembrou que a seleção brasileira não atuou de forma brilhante (embora por alguns minutos tenha dado "olé" nos argentinos) e que o Mineirão lhe traz sorte.
"Foi uma vitória merecida. Claro que não foi a melhor partida da seleção, mas o mais importante foi a vitória. Não temos tempo para treinar. Acho que essa é a minha casa", disse ele no fim.
Especial
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