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22/06/2000 - 00h33

Juiz irrita equipes na final da Libertadores

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da Folha de S. Paulo

Na disputa de pênaltis, o Palmeiras perdeu o título da Libertadores-2000 para o Boca Juniors e a chance de voltar a Tóquio para o Mundial interclubes.

Depois de um jogo sem gols, os argentinos fizeram 4 a 2 nos pênaltis. Para o Palmeiras, erraram Asprilla e Roque Júnior_ o goleiro Córdoba defendeu as duas penalidades- e marcaram Alex e Rogério. Para o Boca, fizeram Guillermo Schelotto, Riquelme, Palermo_ que no ano passado perdeu três cobranças num jogo da Argentina, pela Copa América, contra a Colômbia_ e Bermudez.

Durante o tempo regulamentar, a partida foi marcada por erros da arbitragem, que provocaram reclamações dos dois lados.

O time de Luiz Felipe Scolari, que na véspera do jogo afirmava que havia um complô para tirar o título do Palmeiras, provocando a ira da Confederação Sul-Americana de Futebol, reclamou de dois pênaltis não marcados.

Os argentinos, por sua vez, protestaram contra um gol de Palermo, no começo da partida, anulado graças a um impedimento que, na verdade, não existiu.

Fugindo da tônica da Libertadores-2000, que apresentava antes do jogo de hoje uma média de 3,47 gols por partida_ a mais alta depois de 1964, quando o Santos representou o Brasil no torneio_, o confronto no Morumbi decepcionou pela falta de gols.

Scolari tentou adotar o sistema de jogo da segunda partida contra o Corinthians, pelas semifinais da Libertadores, quando o Palmeiras, com três atacantes, apresentou um futebol mais ousado.

Mas não foi o que aconteceu no primeiro tempo. Apresentando falhas no meio-campo -Alex, em especial, demonstrava muita apatia-, o Palmeiras deixou o Boca pressionar a maior parte do tempo, ficando acuado na defesa e oferecendo pouco perigo aos rivais.

Logo aos 4min, não fosse um erro da arbitragem, o Boca teria aberto a contagem. Num lance em que o volante Galeano recuou a bola, foi anotado impedimento do ataque argentino, quando o atacante Palermo tocava para o gol.

Por duas razões não houve impedimento. A primeira, o fato de a bola ter sido recuada por um jogador do Palmeiras. A segunda, porque Rogério, que jogava na lateral, dava condições de jogo ao ataque argentino.

Com Rogério mal na lateral e Marcelo Ramos, atacante que Scolari escalou ontem entre os 11 titulares, com dificuldades para superar a marcação adversária, era o Boca que criava as principais jogadas de ataque.

O primeiro chute a gol palmeirense foi aos 28min, quando os argentinos já tinham chutado quatro vezes contra o gol de Marcos.

No final do primeiro tempo, o domínio argentino era evidente. Além de ter ficado 54% do tempo com a posse de bola_ 13min02s contra 11min16s do Palmeiras_, o Boca deu sete chutes a gol, contra três do time de Scolari.

Preocupada, a torcida do Palmeiras encerrou a etapa inicial pedindo raça a seus jogadores. Para a fase final, os paulistas voltaram mais determinados.

Com Asprilla no lugar de Marcelo Ramos, que saiu contundido aos 36min do primeiro tempo, o Palmeiras criou em apenas dez minutos quatro chances de gol.

Na melhor delas, Euller tocou para Asprilla. Empurrado pela zaga adversária, o colombiano acabou tocando para fora. Revoltados, os atletas palmeirenses cercaram Epifânio González, mas o juiz não assinalou o pênalti.

Aos 11min, o árbitro paraguaio voltou a provocar a irritação dos comandados de Scolari, quando novamente não marcou pênalti após o atacante Pena ter sido agredido pelo goleiro Córdoba.

A partir dos 20 minutos, com as duas equipes preocupadas em não tomar gol, o jogo ficou mais tenso, embora o Palmeiras continuasse um pouco melhor.

No final, a torcida voltou a reclamar da atuação do time de Scolari. Já os argentinos festejavam, esperançosos de vencer nos pênaltis.

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