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20/06/2004
-
00h01
FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo
É uma espécie de catecismo. E que neste ano teve que ser reforçado por conta das mudanças no regulamento e na data da corrida. Pelo quinto ano seguido, Indianápolis recebe neste domingo uma prova de F-1. E ainda precisa explicar quem são os pilotos, as suas equipes, como funciona a categoria...
O GP dos EUA, nona das 18 etapas da temporada, acontece a partir das 14h, com TV. O brasileiro Rubens Barrichello, da Ferrari larga na pole pela primeira vez na temporada, com seu companheiro Michael Schumacher em segundo.
"Não dá para inventar uma tradição. Isso só vem com o tempo. Acho que hoje o torcedor americano já está mais habituado à F-1. Mas a popularidade ainda passa muito longe do que a gente vê na IRL ou na Nascar", afirmou à Folha Rob Green, porta-voz do circuito de Indianápolis.
"Estamos fazendo o máximo para ensinar o público como é a F-1. Não é fácil. Passamos o ano todo tentando vender a corrida para os torcedores, com campanhas na TV, em outdoors... Mas repito: isso só vem com o tempo."
Além da F-1, Indianápolis recebe o principal evento de automobilismo dos EUA, as 500 Milhas, etapa da IRL que ocorreu há três semanas. E, em agosto, promove a Brickyard 400, uma das principais provas da Nascar, o campeonato de stock car do país.
Some a essa concorrência o fato de a F-1 não ter nenhum piloto ou equipe americana e o de ter ficado nove anos longe dos EUA e pronto: no seu quinto GP em Indianápolis, a categoria é uma ilustre desconhecida do público.
Para mudar isso, além da publicidade, os promotores da corrida lançam mão de outras estratégias.
Primeiro, tentam o didatismo. Todos recebem um "guia do torcedor". Ele explica, por exemplo, o trabalho das "grid girls" e chama a atenção para a largada, "que não ocorre em movimento, como na IRL e na Nascar".
Além disso, os telões no autódromo veiculam o dia todo informações sobre o regulamento. Principalmente sobre os processo de classificação para o grid, que já mudou duas vezes neste ano e sofrerá nova alteração em julho.
Os promotores também jogaram para baixo seus preços. Por US$ 60 (cerca de R$ 180), um torcedor pode assistir aos três dias do evento. Para o GP Brasil, em outubro, o ingresso mais barato para três dias sai por R$ 280.
"A mudança da data também atrapalhou um pouco. A longo prazo será ótimo, porque a corrida vai se tornar uma atração do verão [nos EUA]. Mas neste primeiro ano acho que pegou muita gente despreparada, que já estava acostumada com a prova mais no fim do calendário", disse Green --desde que voltou ao país, o GP sempre aconteceu em setembro.
Até agora, os esforços para seduzir o público americano têm falhado. Em 2000, na volta da F-1 aos EUA, o público foi de 200 mil pessoas. Em 2001, o caiu para 175 mil. Nos últimos dois anos, só 120 mil pessoas viram as provas.
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Em 5º GP, Indianápolis ainda explica F-1 aos americanos
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da Folha de S.Paulo
É uma espécie de catecismo. E que neste ano teve que ser reforçado por conta das mudanças no regulamento e na data da corrida. Pelo quinto ano seguido, Indianápolis recebe neste domingo uma prova de F-1. E ainda precisa explicar quem são os pilotos, as suas equipes, como funciona a categoria...
O GP dos EUA, nona das 18 etapas da temporada, acontece a partir das 14h, com TV. O brasileiro Rubens Barrichello, da Ferrari larga na pole pela primeira vez na temporada, com seu companheiro Michael Schumacher em segundo.
"Não dá para inventar uma tradição. Isso só vem com o tempo. Acho que hoje o torcedor americano já está mais habituado à F-1. Mas a popularidade ainda passa muito longe do que a gente vê na IRL ou na Nascar", afirmou à Folha Rob Green, porta-voz do circuito de Indianápolis.
"Estamos fazendo o máximo para ensinar o público como é a F-1. Não é fácil. Passamos o ano todo tentando vender a corrida para os torcedores, com campanhas na TV, em outdoors... Mas repito: isso só vem com o tempo."
Além da F-1, Indianápolis recebe o principal evento de automobilismo dos EUA, as 500 Milhas, etapa da IRL que ocorreu há três semanas. E, em agosto, promove a Brickyard 400, uma das principais provas da Nascar, o campeonato de stock car do país.
Some a essa concorrência o fato de a F-1 não ter nenhum piloto ou equipe americana e o de ter ficado nove anos longe dos EUA e pronto: no seu quinto GP em Indianápolis, a categoria é uma ilustre desconhecida do público.
Para mudar isso, além da publicidade, os promotores da corrida lançam mão de outras estratégias.
Primeiro, tentam o didatismo. Todos recebem um "guia do torcedor". Ele explica, por exemplo, o trabalho das "grid girls" e chama a atenção para a largada, "que não ocorre em movimento, como na IRL e na Nascar".
Além disso, os telões no autódromo veiculam o dia todo informações sobre o regulamento. Principalmente sobre os processo de classificação para o grid, que já mudou duas vezes neste ano e sofrerá nova alteração em julho.
Os promotores também jogaram para baixo seus preços. Por US$ 60 (cerca de R$ 180), um torcedor pode assistir aos três dias do evento. Para o GP Brasil, em outubro, o ingresso mais barato para três dias sai por R$ 280.
"A mudança da data também atrapalhou um pouco. A longo prazo será ótimo, porque a corrida vai se tornar uma atração do verão [nos EUA]. Mas neste primeiro ano acho que pegou muita gente despreparada, que já estava acostumada com a prova mais no fim do calendário", disse Green --desde que voltou ao país, o GP sempre aconteceu em setembro.
Até agora, os esforços para seduzir o público americano têm falhado. Em 2000, na volta da F-1 aos EUA, o público foi de 200 mil pessoas. Em 2001, o caiu para 175 mil. Nos últimos dois anos, só 120 mil pessoas viram as provas.
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