23/06/2004 - 00h03

Desacreditados e pratas da casa embalam o Santo André

da Folha de S.Paulo

Mais intrigante que a própria ascensão do Santo André na Copa do Brasil --eliminou Palmeiras, Atlético-MG e Guarani, entre outros, e hoje inicia a decisão contra o Flamengo-- é o fato de o time ter mantido o ritmo mesmo após sofrer uma "revolução" no elenco durante o torneio.

Sete jogadores, quase todos titulares, deixaram a equipe, muitos na segunda fase. O mesmo ocorreu com o técnico: Luiz Carlos Ferreira foi para o Sport, e o Santo André recorreu a Péricles Chamusca em maio, nas quartas-de-final.

Para o lugar de nomes como Fumagalli, Vander, Jeancarlo e Cléber Gaúcho, vieram outros como Osmar, Sandro Gaúcho e Dirceu.

A interpretação mais original para que a sobrevivência às mudanças vem de Dedimar, 28. "Comentamos muito entre nós que somos um time formado basicamente por jogadores desacreditados, que estiveram em grandes clubes, mas nunca foram valorizados. Encontramos no Santo André a oportunidade de direito de resposta."

O zagueiro se refere a si próprio (ex-Vitória, Palmeiras e Atlético-MG), e aos colegas Elvis (ex-Vitória), Sandro Gaúcho (ex-Ponte Preta e São Caetano) e Romerito (ex-Corinthians).

"Tiramos peças boas, mas colocamos outras tão boas quanto", destaca o supervisor de futebol do clube, Paulo Pereira do Nascimento.

Se é fato que jogadores experimentados formam uma metade do time, também é verdade que a outra é composta de jovens feitos no próprio Santo André.

De um elenco de 25 atletas, quase metade é de pratas da casa --entre eles os titulares Alex e Ramalho. O time campeão da Copa São Paulo de juniores de 2003 segue, em sua maioria, no elenco. Das promessas da nova safra, o destaque é o atacante Makanaki, 20, autor do gol que levou o time à final.

Especial

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