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23/06/2004 - 15h27

Iatista gaúcha diz sofrer com falta de apoio para treinar para a Olimpíada

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ANDRÉ LUÍS NERY
da Folha Online

Classificada para a Olimpíada de Atenas para competir na classe 470 ao lado de Adriana Kostiw, a velejadora gaúcha Fernanda Ryff Moreira de Oliveira, 23, afirmou, em entrevista à Folha Online, que está insatisfeita com o tratamento dado pela FBVM (Federação Brasileira de Vela e Motor).

Hector Echebaster/ZDL

Fernanda Oliveira

Segundo Fernanda, que disputará sua segunda Olimpíada --foi 19ª nona colocada em Sydney-2000--, elas não vêm recebendo a mesma atenção recebida pelos demais integrantes da equipe de vela. "Estamos trabalhando sozinhas em Porto Alegre, sem técnico, sem referência [outro barco]", reclamou a iatista.

Além disso, apesar de a Petrobras patrocinar a equipe brasileira de vela, a dupla diz não receber nenhuma verba. "Como nos classificamos em maio [terminaram na 13ª posição o Mundial], ficamos fora do planejamento para a Olimpíada. Não estamos com nenhum apoio financeiro", disse Fernanda.

Mesmo com o bom resultado no Mundial --chegaram a estar liderando o campeonato e a ocupar o terceiro lugar até o penúltimo dia--, Fernanda e Adriana não puderam dar continuidade ao treinamento previsto, com a participação em eventos fortes.

"Nem a federação acredita em um bom resultado nosso. Se ganharmos uma medalha ou terminarmos entre as primeiras na Olimpíada, será uma grande surpresa para muita gente", contou. "No Brasil, é preciso antes provar para depois ter o apoio, mas sem ele fica difícil", acrescentou.

De acordo com Fernanda, a dupla ainda não conta com todas as velas para Olimpíada e nem mesmo tem garantia de que as receberá. "Precisamos de uma vela mestra, duas bujas [o COB fornecerá a vela balão] para conseguir fazer um treinamento adequado para os Jogos", afirmou a atleta gaúcha.

Segundo ela, para comprar todas as velas são necessários cerca de US$ 2 mil. "Isso tudo causa um grande estresse. Estamos sem técnico, sem condições de fazer um preparação ideal para os Jogos. Não é o que um atleta deseja antes de uma Olimpíada", finalizou.

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