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27/06/2004
-
07h00
ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
Mais do que uma final que irá consagrar um campeão inédito, Flamengo e Uberlândia, que iniciam a decisão do Nacional masculino, neste domingo, a partir das 12h, no Rio, põem à prova dois projetos distintos de financiamento de times de basquete.
O clube carioca chegou à disputa do título após derrotar o Ajax, por 97 a 85, sexta, em casa, fechando sua semifinal em 3 a 2.
"Agora vamos pensar no Uberlândia. Eles são favoritos, já que nos venceram duas vezes na primeira fase. Mas não chegamos até aqui à toa", afirma Emanuel Bonfim, treinador do Flamengo.
Seu adversário se classificou para sua segunda final há duas semanas, quando bateu o Mogi (83 a 72), na casa do adversário, e fechou seu mata-mata por 3 a 1.
No novo duelo, o Flamengo representa a tentativa de divulgar o basquete atraindo a torcida identificada com equipes de futebol.
Tal projeto teve o seu auge no Nacional de 2000, quando o próprio Flamengo foi derrotado na decisão, por 3 a 1, por outro clube de massa, o arqui-rival Vasco.
Na época, as duas equipes detinham quase o monopólio das estrelas do país na modalidade. O Flamengo, comandado por Cláudio Mortari no banco e por Oscar na quadra, contava também com Ratto, Caio Cazziolato, Pipoka e Josuel, além dos estrangeiros Robyn Davis e Greg Newton.
Já o Vasco, de Hélio Rubens, que agora dirige o Uberlândia, tinha em seu elenco Demétrius, Helinho, Rogério e Sandro Varejão. Também reforçavam o grupo o norte-americano Charles Byrd e o dominicano José Vargas.
"Fizemos grandes decisões contra o Flamengo. A mais empolgante foi aquela no Maracanãzinho (vitória por 110 a 103, após prorrogação). Será interessante enfrentá-lo novamente na final. É um clube de massa, que sempre chama atenção e motiva os jogadores", analisa Hélio Rubens.
O projeto em que o ex-técnico da seleção brasileira hoje está enquadrado é bastante diverso. O Uberlândia tem o patrocínio de uma universidade, a Unit.
O time mineiro é o maior investimento atual no basquete do Grupo Universo (Universidade Salgado de Oliveira). Neste ano, a instituição de ensino apoiou cinco times na disputa --Uberlândia, Ajax, Minas, Brasília e Campos. Dois foram semifinalistas.
"Não precisa nem ser campeão. Quero é dar visibilidade para a universidade", costuma dizer Wellington Salgado de Oliveira, presidente da companhia.
Se o basquete ajudou a Universo a se projetar nacionalmente, o título do Nacional consolidará um projeto que começou em 1997, com o próprio Uberlândia.
No ano passado, quando os times universitários tiveram seu auge --todos os semifinalistas eram bancados por empresas de educação--, o Uberlândia chegou perto do título. Na final, porém, perdeu para o Ribeirão Preto, mantido pelo COC, por 3 a 1.
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre o Flamengo e o Uberlândia
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Flamengo e Uberlândia iniciam disputa pelo título do Nacional de basquete
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da Folha de S.Paulo
Mais do que uma final que irá consagrar um campeão inédito, Flamengo e Uberlândia, que iniciam a decisão do Nacional masculino, neste domingo, a partir das 12h, no Rio, põem à prova dois projetos distintos de financiamento de times de basquete.
O clube carioca chegou à disputa do título após derrotar o Ajax, por 97 a 85, sexta, em casa, fechando sua semifinal em 3 a 2.
"Agora vamos pensar no Uberlândia. Eles são favoritos, já que nos venceram duas vezes na primeira fase. Mas não chegamos até aqui à toa", afirma Emanuel Bonfim, treinador do Flamengo.
Seu adversário se classificou para sua segunda final há duas semanas, quando bateu o Mogi (83 a 72), na casa do adversário, e fechou seu mata-mata por 3 a 1.
No novo duelo, o Flamengo representa a tentativa de divulgar o basquete atraindo a torcida identificada com equipes de futebol.
Tal projeto teve o seu auge no Nacional de 2000, quando o próprio Flamengo foi derrotado na decisão, por 3 a 1, por outro clube de massa, o arqui-rival Vasco.
Na época, as duas equipes detinham quase o monopólio das estrelas do país na modalidade. O Flamengo, comandado por Cláudio Mortari no banco e por Oscar na quadra, contava também com Ratto, Caio Cazziolato, Pipoka e Josuel, além dos estrangeiros Robyn Davis e Greg Newton.
Já o Vasco, de Hélio Rubens, que agora dirige o Uberlândia, tinha em seu elenco Demétrius, Helinho, Rogério e Sandro Varejão. Também reforçavam o grupo o norte-americano Charles Byrd e o dominicano José Vargas.
"Fizemos grandes decisões contra o Flamengo. A mais empolgante foi aquela no Maracanãzinho (vitória por 110 a 103, após prorrogação). Será interessante enfrentá-lo novamente na final. É um clube de massa, que sempre chama atenção e motiva os jogadores", analisa Hélio Rubens.
O projeto em que o ex-técnico da seleção brasileira hoje está enquadrado é bastante diverso. O Uberlândia tem o patrocínio de uma universidade, a Unit.
O time mineiro é o maior investimento atual no basquete do Grupo Universo (Universidade Salgado de Oliveira). Neste ano, a instituição de ensino apoiou cinco times na disputa --Uberlândia, Ajax, Minas, Brasília e Campos. Dois foram semifinalistas.
"Não precisa nem ser campeão. Quero é dar visibilidade para a universidade", costuma dizer Wellington Salgado de Oliveira, presidente da companhia.
Se o basquete ajudou a Universo a se projetar nacionalmente, o título do Nacional consolidará um projeto que começou em 1997, com o próprio Uberlândia.
No ano passado, quando os times universitários tiveram seu auge --todos os semifinalistas eram bancados por empresas de educação--, o Uberlândia chegou perto do título. Na final, porém, perdeu para o Ribeirão Preto, mantido pelo COC, por 3 a 1.
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