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09/07/2004
-
19h37
da Folha de S.Paulo
Na Copa Davis, o Brasil precisa recorrer a jogadores juvenis para enfrentar a Venezuela pelo playoff da segunda divisão.
Já pela Fed Cup, a versão feminina da principal competição entre nações do tênis, a equipe do país contará com força máxima para o confronto com a Croácia, sábado e domingo, em São Paulo.
Por esse ângulo, a situação das tenistas brasileiras parece muito mais confortável do que a dos homens, que decidiram boicotar a Davis por causa do descontentamento com a atuação do presidente Nelson Nastás na Confederação Brasileira de Tênis.
Mas, com exceção das competições da Federação Internacional de Tênis (o Brasil luta na Davis para afastar a ameaça de cair para a terceira divisão, enquanto joga a Fed Cup para subir à elite), é justamente a pior situação que faz com que a equipe brasileira feminina, apesar de ter críticas à confederação, não cogite o boicote.
"A CBT tem grandes problemas. Mesmo com o Guga, o tênis não andou e ficou estacionado. Mas nós não temos a força do Guga para brigar com a confederação", disse Maria Fernanda Alves.
A posição dela é emblemática. Além de ser a principal jogadora do país, Nanda Alves cultiva estreita ligação com Gustavo Kuerten, principal figura do boicote.
A tenista também mora em Florianópolis, e seu pai, Carlos Alves, foi o primeiro técnico do tricampeão de Roland Garros.
"Conversei com o Guga e com o Larri na terça-feira, mas em nenhum momento a gente falou sobre boicote", disse ela.
O principal tenista do país foi o primeiro a declarar que não defenderia o Brasil na Davis enquanto o presidente Nelson Nastás estiver no comando da CBT.
Nanda Alves também é atleta do Instituto Tênis, entidade que oficialmente não tem ligação com a oposição, mas que foi fundada em junho de 2002 na sede da Federação Catarinense de Tênis.
O presidente da federação de Santa Catarina, Jorge Lacerda Rosa, é um dos principais líderes da oposição à atual direção da CBT.
"O boicote no masculino foi uma coincidência que logicamente acabou fortalecendo a oposição", declarou o dirigente. "Quanto ao feminino, a gente só fica na expectativa de que o time consiga um bom resultado."
Apesar de estar com a equipe completa e jogar em casa contra um adversário desfalcado, o Brasil é a zebra no confronto.
Em termos de ranking, a equipe de Nanda Alves (197ª do mundo), Carla Tiene (287ª), Letícia Sobral (386ª) e Bruna Colósio (424ª) é bem inferior à da Croácia, que, desfalcada de Karolina Sprem (20ª e quadrifinalista em Wimbledon), terá Jelena Kostanic (38ª), Ivana Abramovic (166ª), Darija Jurak (241ª) e Ivana Lisjak (274ª).
O confronto começa às 10h, com Nanda Alves x Abramovic e Colósio x Kostanic.
A capitã do Brasil, Andréia Vieira, justificou a escalação de Colósio, quarta do país no ranking, como número dois. "A Bruna tem um retrospecto melhor nesse tipo de competição", afirmou.
Domingo, às 10h, os jogos são Nanda Alves x Kostanic; Colósio x Abramovic e Nanda Alves/Tiene x Kostanic/Darija Jurak.
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Na Copa Davis, o Brasil precisa recorrer a jogadores juvenis para enfrentar a Venezuela pelo playoff da segunda divisão.
Já pela Fed Cup, a versão feminina da principal competição entre nações do tênis, a equipe do país contará com força máxima para o confronto com a Croácia, sábado e domingo, em São Paulo.
Por esse ângulo, a situação das tenistas brasileiras parece muito mais confortável do que a dos homens, que decidiram boicotar a Davis por causa do descontentamento com a atuação do presidente Nelson Nastás na Confederação Brasileira de Tênis.
Mas, com exceção das competições da Federação Internacional de Tênis (o Brasil luta na Davis para afastar a ameaça de cair para a terceira divisão, enquanto joga a Fed Cup para subir à elite), é justamente a pior situação que faz com que a equipe brasileira feminina, apesar de ter críticas à confederação, não cogite o boicote.
"A CBT tem grandes problemas. Mesmo com o Guga, o tênis não andou e ficou estacionado. Mas nós não temos a força do Guga para brigar com a confederação", disse Maria Fernanda Alves.
A posição dela é emblemática. Além de ser a principal jogadora do país, Nanda Alves cultiva estreita ligação com Gustavo Kuerten, principal figura do boicote.
A tenista também mora em Florianópolis, e seu pai, Carlos Alves, foi o primeiro técnico do tricampeão de Roland Garros.
"Conversei com o Guga e com o Larri na terça-feira, mas em nenhum momento a gente falou sobre boicote", disse ela.
O principal tenista do país foi o primeiro a declarar que não defenderia o Brasil na Davis enquanto o presidente Nelson Nastás estiver no comando da CBT.
Nanda Alves também é atleta do Instituto Tênis, entidade que oficialmente não tem ligação com a oposição, mas que foi fundada em junho de 2002 na sede da Federação Catarinense de Tênis.
O presidente da federação de Santa Catarina, Jorge Lacerda Rosa, é um dos principais líderes da oposição à atual direção da CBT.
"O boicote no masculino foi uma coincidência que logicamente acabou fortalecendo a oposição", declarou o dirigente. "Quanto ao feminino, a gente só fica na expectativa de que o time consiga um bom resultado."
Apesar de estar com a equipe completa e jogar em casa contra um adversário desfalcado, o Brasil é a zebra no confronto.
Em termos de ranking, a equipe de Nanda Alves (197ª do mundo), Carla Tiene (287ª), Letícia Sobral (386ª) e Bruna Colósio (424ª) é bem inferior à da Croácia, que, desfalcada de Karolina Sprem (20ª e quadrifinalista em Wimbledon), terá Jelena Kostanic (38ª), Ivana Abramovic (166ª), Darija Jurak (241ª) e Ivana Lisjak (274ª).
O confronto começa às 10h, com Nanda Alves x Abramovic e Colósio x Kostanic.
A capitã do Brasil, Andréia Vieira, justificou a escalação de Colósio, quarta do país no ranking, como número dois. "A Bruna tem um retrospecto melhor nesse tipo de competição", afirmou.
Domingo, às 10h, os jogos são Nanda Alves x Kostanic; Colósio x Abramovic e Nanda Alves/Tiene x Kostanic/Darija Jurak.
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