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24/07/2004
-
01h28
ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
Da Escócia à Grécia, de Portugal à Rússia, os brasileiros que irão participar dos Jogos de Atenas terão um período de aclimatação em 13 países diferentes.
A ginástica artística partiu para Kiev (Ucrânia), terra do técnico Oleg Ostapenko. Na segunda, será a vez da delegação de atletismo e da dupla de vôlei de praia Ana Paula e Sandra. No dia seguinte, segue o tênis de mesa.
Para Atenas, a estratégia é oposta à seguida nos Jogos de Sydney-00, quando praticamente toda a missão brasileira ficou em Canberra. Os mais de 20 dias de treinamentos na capital australiana estão entre as razões apontadas para o esgotamento dos atletas.
O Brasil decepcionou nas piscinas, pistas, campos, arenas e quadras de Sydney: nenhum ouro entre os 12 pódios obtidos --haviam sido três ouros em Atlanta-96.
"Nesta Olimpíada demos liberdade para cada confederação fazer seu planejamento de provas e viagens", afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
O fim da balbúrdia de colocar competidores de diferentes esportes no mesmo local por muito tempo é festejado pelos técnicos.
"Acredito que, com a concentração só dos nossos atletas na Espanha, conseguiremos mantê-los mais focados na Olimpíada", aponta João Paulo Alves da Cunha, um dos técnicos do atletismo.
Os brasileiros competem no Campeonato Ibero-Americano, em Huelva, como preparação. A competição será disputada de 6 a 8 de agosto, com a participação de atletas de países de ponta, como Cuba e Espanha.
"Escolhemos o local porque possui clima semelhante ao que vamos encontrar em Atenas", afirma Cunha.
Nem todos pensam assim. O lutador Antoine Jaoude, que fez o Brasil retornar ao mapa da luta livre, preferiu enfrentar o frio da Rússia, uma das potências da modalidade. Na segunda, o lutador viaja a Sófia, na Bulgária, para seguir sua preparação. O Brasil não participa da luta na Olimpíada desde os Jogos de Barcelona-92.
O hipismo também optou pela preparação em países gelados. Os atletas do concurso completo de equitação passam por Edimburgo e Ashkirk (Escócia). Já o time de saltos se concentra em Ligny, na Bélgica, onde reside Rodrigo Pessoa, principal nome da equipe.
Mais descentralizado ainda foi o ciclismo, que pulverizou sua equipe de cinco atletas por vários países. Luciano Pagliarini e Murilo Fischer estão na Itália. O outro integrante do time de estrada, Márcio May, preferiu ficar no Brasil.
No feminino, Janildes Fernandes, também de estrada, já competiu na Suíça e agora segue para a Itália. Jaqueline Mourão, do mountain bike, que mora na Áustria, participou de provas no Canadá e na Espanha.
"Os atletas escolheram para onde queriam ir. Nossa preparação será melhor do que a que fizemos em Sydney. Mas ainda estamos longe de pensar em ganhar medalha", conta José Luiz Vasconcellos, vice-presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo.
As facilidades da língua seduziram muitas modalidades a redescobrirem Portugal. Esse é o caso do triatlo, que ficará hospedado em Rio Mar, cidade a 75 km de Lisboa. O judô e a natação seguirão mesmo caminho.
"Além da língua, em Portugal encontraremos uma temperatura bastante semelhante à que vamos ter que enfrentar na Grécia", conta Marcos Paulo Reis, treinador da equipe brasileira de triatlo.
Especial
Leia mais notícias no especial dos Jogos Olímpicos-2004
Brasil expande aclimatação para os Jogos de Atenas a 13 países
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da Folha de S.Paulo
Da Escócia à Grécia, de Portugal à Rússia, os brasileiros que irão participar dos Jogos de Atenas terão um período de aclimatação em 13 países diferentes.
A ginástica artística partiu para Kiev (Ucrânia), terra do técnico Oleg Ostapenko. Na segunda, será a vez da delegação de atletismo e da dupla de vôlei de praia Ana Paula e Sandra. No dia seguinte, segue o tênis de mesa.
Para Atenas, a estratégia é oposta à seguida nos Jogos de Sydney-00, quando praticamente toda a missão brasileira ficou em Canberra. Os mais de 20 dias de treinamentos na capital australiana estão entre as razões apontadas para o esgotamento dos atletas.
O Brasil decepcionou nas piscinas, pistas, campos, arenas e quadras de Sydney: nenhum ouro entre os 12 pódios obtidos --haviam sido três ouros em Atlanta-96.
"Nesta Olimpíada demos liberdade para cada confederação fazer seu planejamento de provas e viagens", afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
O fim da balbúrdia de colocar competidores de diferentes esportes no mesmo local por muito tempo é festejado pelos técnicos.
"Acredito que, com a concentração só dos nossos atletas na Espanha, conseguiremos mantê-los mais focados na Olimpíada", aponta João Paulo Alves da Cunha, um dos técnicos do atletismo.
Os brasileiros competem no Campeonato Ibero-Americano, em Huelva, como preparação. A competição será disputada de 6 a 8 de agosto, com a participação de atletas de países de ponta, como Cuba e Espanha.
"Escolhemos o local porque possui clima semelhante ao que vamos encontrar em Atenas", afirma Cunha.
Nem todos pensam assim. O lutador Antoine Jaoude, que fez o Brasil retornar ao mapa da luta livre, preferiu enfrentar o frio da Rússia, uma das potências da modalidade. Na segunda, o lutador viaja a Sófia, na Bulgária, para seguir sua preparação. O Brasil não participa da luta na Olimpíada desde os Jogos de Barcelona-92.
O hipismo também optou pela preparação em países gelados. Os atletas do concurso completo de equitação passam por Edimburgo e Ashkirk (Escócia). Já o time de saltos se concentra em Ligny, na Bélgica, onde reside Rodrigo Pessoa, principal nome da equipe.
Mais descentralizado ainda foi o ciclismo, que pulverizou sua equipe de cinco atletas por vários países. Luciano Pagliarini e Murilo Fischer estão na Itália. O outro integrante do time de estrada, Márcio May, preferiu ficar no Brasil.
No feminino, Janildes Fernandes, também de estrada, já competiu na Suíça e agora segue para a Itália. Jaqueline Mourão, do mountain bike, que mora na Áustria, participou de provas no Canadá e na Espanha.
"Os atletas escolheram para onde queriam ir. Nossa preparação será melhor do que a que fizemos em Sydney. Mas ainda estamos longe de pensar em ganhar medalha", conta José Luiz Vasconcellos, vice-presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo.
As facilidades da língua seduziram muitas modalidades a redescobrirem Portugal. Esse é o caso do triatlo, que ficará hospedado em Rio Mar, cidade a 75 km de Lisboa. O judô e a natação seguirão mesmo caminho.
"Além da língua, em Portugal encontraremos uma temperatura bastante semelhante à que vamos ter que enfrentar na Grécia", conta Marcos Paulo Reis, treinador da equipe brasileira de triatlo.
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