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30/07/2004 - 11h00

Veterana, Janeth busca recordes em Atenas e pensa em jogar até Pequim-08

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KLEBER TOMAZ
da Folha Online

Nem Paula, nem Hortência. Janeth Arcain divide com Adriana Santos o posto de maior vencedora do basquete feminino brasileiro. E Janeth, 35, leva vantagem, já que nesta quinta embarcou para Atenas, onde terá a chance de isolar-se como a mais vitoriosa da história da seleção, caso consiga mais um pódio olímpico --Adriana ainda está na ativa, mas não figura na seleção.

Sérgio Perez/Reuters
Janteh exibe medalha de bronze de Sydney
Janteh exibe medalha de bronze de Sydney
Veterana das últimas três Olimpíadas, Janeth se tornará na Grécia a única jogadora do país presente nas quatro últimas edições dos Jogos. Ainda assim, não pensa em parar.

"Não sei se esta será minha última Olimpíada. Apesar de estar com 35 anos, me cuido bastante e ainda é cedo para falar disso [aposentadoria]", disse a ala, atleta mais velha do time, que tem média de idade de 26,8 anos.

"Pretendo jogar o Mundial de 2006 e os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Brasil. Depois disso, verei se valerá a pena jogar a Olimpíada de Pequim", continuou Janeth, que em 2008 completará 39 anos.

Ambas alas, Janeth e Adriana foram as únicas a terem participado de todas as principais conquistas da geração mais vitoriosa do país no cenário internacional. Com as duas no grupo, o Brasil foi medalha de ouro no Pan-Americano de Havana-1991, campeão mundial na Austrália-1994, prata na Olimpíada de Atlanta-1996 e bronze na de Sydney-2000. A dupla Paula e Hortência possui currículo parecido, mas ficou de fora da última Olimpíada, na Austrália.

Wander Roberto/COB
Janeth posa durante o Pré-Olímpico
Janeth posa durante o Pré-Olímpico
Excluindo-se os títulos sul-americanos da equipe feminina, Janeth e Adriana só não estiveram presentes nas conquistas dos Pan-Americanos de Winnipeg-1967 e Cali-1971, além do terceiro lugar no Mundial do Brasil-1971.

Em Sydney-2000, já sem a sombra de Paula e Hortência, Janeth assumiu o posto de líder da seleção e levou o Brasil a uma surpreendente medalha de bronze, superando tropeços na primeira fase e batendo as sul-coreanas na decisão do terceiro lugar.

Para a ala, o grupo atual é o melhor dos últimos tempos. "Esse é um time mais consciente. Está tendo mais experiência do que teve aquele com Paula, Hortência e eu, porque essas meninas de agora já pegaram um Brasil vencedor. Aquela geração de 1996 foi a que abriu as portas do basquete brasileiro para o cenário internacional", afirmou Janeth.

Coadjuvantes

Do grupo de 12 jogadoras que irá a Atenas, sete já participaram de alguma edição dos Jogos Olímpicos. Além de Janeth, a ala-armadora Helen (esteve em 92 e 2000) e as pivôs Alessandra e Cíntia Tuiú (ambas em 96 e 2000) são as mais experientes, com duas participações cada. A armadora Adrianinha (2000) e as pivôs Kelly (2000) e Leila Sobral (1996) também já estiveram numa Olimpíada.

Érika (pivô), Sílvia (ala-pivô), Iziane, Karla e Vivian (ala-armadoras) são as estreantes e completam o time, que tem média de altura de 1, 84 m. "Apesar de ser nova, conheço a maioria das atletas. As mais experientes sempre estão dispostas a ajudar as novatas, aconselhando, conversando, dando dicas dentro e fora da quadra", disse Sílvia, 22, que tinha dez anos quando Janeth disputou sua primeira Olimpíada.

Para o treinador, o grupo atual é fruto da mescla da experiência com a renovação. "Apesar das novatas, temos um grupo bastante maduro no geral e isso será imprescindível para brigarmos contra as outras seleções", disse Antônio Carlos Barbosa, que será o primeiro técnico a dirigir o basquete feminino do Brasil em mais de uma Olimpíada.

Barbosa esteve com a seleção na Austrália há quatro anos. Antes dele, Maria Helena Cardoso (92) e Miguel Ângelo da Luz (96) comandaram as mulheres.

A equipe feminina brasileira está no Grupo A e terá como adversárias na primeira fase Japão (14 de agosto), Grécia (16), Rússia, vice-campeã mundial e campeã européia (18), Nigéria (20) e Austrália, vice-campeã olímpica (22). No Grupo B estão as seleções dos EUA, atual campeã olímpica e mundial, Espanha, China, República Tcheca, Coréia do Sul e Nova Zelândia.

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