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01/08/2004 - 00h15

Controle antidoping será mais rigoroso em Atenas

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ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo

A partir de agora e até o fim dos Jogos de Atenas, a fiscalização antidoping será mais rigorosa.

Desde sexta-feira, quando foi oficialmente aberta a Vila Olímpica, todos os atletas que irão participar do evento na Grécia, que começa no dia 13, estão sujeitos a fazer exames de surpresa com as mesmas regras dos testes realizados durante as competições.

A mudança parece tênue, mas não é. As amostras colhidas fora de competição não passam por análise para vários tipos de substâncias proibidas, como estimulantes, narcóticos com poder analgésico --como a heroína e a morfina-- e drogas sociais.

É a primeira vez que uma Olimpíada terá tal rigor antidoping.

"Em Sydney [2000] e em Salt Lake [nos Jogos de Inverno, em 2002], fizemos testes fora de competição nos meses que antecederam o evento. Neste ano iniciamos o programa em janeiro", disse Frédéric Donzé, gerente de comunicações da Wada.

"No entanto é a primeira vez que fazemos os exames fora de competição nos atletas, durante o período da Olimpíada, baseados na mesma lista de substâncias e métodos proibidos seguida durante as competições", completa.

O segredo para não ser flagrado às vésperas de um evento tão importante poderia ser treinar em algum rincão do mundo, dificultando o acesso do controle de doping. Não é bem assim. Os competidores são obrigados a fornecer os locais em que podem ser localizados durante a preparação.

"Um atleta que esteja treinando na Europa no dia 20 de agosto, por exemplo, e que não tenha viajado ainda para Atenas, está sujeito aos mesmos controles de um competidor já registrado na Vila Olímpica", explica Donzé.

A ação da Wada visa coibir novas fraudes esportivas. Desde 2003, quando foi anunciada a descoberta do THG, um esteróide anabólico especialmente desenvolvido para burlar os exames antidoping, vários atletas de ponta foram punidos, após exames positivos, ou postos sob suspeita.

As pistas de Atenas não verão o inglês Dwain Chambers, recordista europeu dos 100 m, e a norte-americana Kelli White, que teve os ouros dos 100 m e 200 m do Mundial de Paris-03 cassados por doping. Os dois estão suspensos.

Investigado por ligações com o Balco, laboratório que fornecia drogas proibidas a atletas, Tim Montgomery, recordista mundial dos 100 m, não obteve vaga olímpica na seletiva norte-americana, no mês passado. Marion Jones, sua mulher, dona de cinco medalhas em Sydney-2000, disputará só o salto em distância na Grécia.

Especial
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