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05/08/2004
-
07h32
EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo
Um treinador desgastado com dirigentes, mas que em campo tem demonstrado eficiência de fazer inveja a Carlos Alberto Parreira, Muricy Ramalho e Nelsinho Baptista. No São Paulo, que nesta quinta enfrenta o Vitória, às 20h30, no Morumbi, Cuca tem aproveitamento de pontos superior até ao de Telê Santana, técnico mais vitorioso da história do clube.
Desde a saída de Telê, em 1995, o clube já experimentou dez profissionais no cargo, sem contar os interinos, mas sem a mesma regularidade do técnico atual.
Sem conquistar títulos, Cuca fez 42 jogos oficiais, venceu 26 vezes, empatou sete e perdeu nove --aproveitamento de 67,5%. Só em jogos no Morumbi, o número ultrapassa os 85%.
Telê, que conduziu o time entre 1990 e 1995 e conquistou duas vezes a Libertadores e o mundial interclubes, ganhou 58% dos pontos em 373 jogos.
Quem mais se aproxima do percentual de Cuca é justamente sua principal sombra no comando técnico são-paulino. Muricy Ramalho, que era o mais cotado a substitui-lo caso ele aceitasse a proposta do futebol árabe, deixou o clube pela primeira vez em 1996 com 65% de aproveitamento.
Paulo César Carpeggiani, comandante em 1999, também conquistou 65% dos pontos. Nelsinho Baptista, campeão do Paulista-1998, deixou o cargo em 2001 com 55,8%.
Levir Culpi também obteve sucesso no Morumbi. Levou o clube ao título estadual em 2000, mas perdeu o emprego após o fracasso na decisão da Copa do Brasil para o Cruzeiro com 61,5% dos pontos.
Já o atual técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, teve passagem modesta, em 1996. Em 19 jogos, perdeu sete e ganhou só seis vezes e deixou o clube pela porta dos fundos. O mesmo ocorreu com Mário Sérgio, pior treinador do time desde o final da era Telê, com 33,3% de eficiência.
Já Rojas levou o clube de volta à Libertadores após dez anos ganhando 62,5% dos pontos.
Mesmo assim, foi trocado por Cuca. Hoje em dia é comum nos corredores do Morumbi ouvir que o atual treinador é o melhor desde a saída de Telê.
Mas o seu desejo de ir para o Al Helal não pegou bem. Parte dos conselheiros e até o homem-forte do futebol, Juvenal Juvêncio, chegaram a cogitar a demissão do técnico. Isso só não ocorreu porque Juvêncio é admirador de Cuca, que também conta com o apoio dos torcedores.
"Eu sei que algumas pessoas ficaram bravas comigo, mas queria que elas se colocassem no meu lugar", diz Cuca.
Nesta quinta, o adversário dele, Oswaldo de Oliveira, também fica atrás no retrospecto. No São Paulo, em 2002 e 2003, ele ganhou 58,4% dos pontos. "Eu acho que é essa a hora de ser alguma coisa. Quero ser um técnico de ponta e esse momento é muito bom", afirma Cuca.
SÃO PAULO
Rogério; Fabão, Rodrigo e Lugano; Cicinho, Alê, César Sampaio e Danilo (Vélber); Jean; Luis Fabiano e Grafite
Técnico: Cuca
VITÓRIA
Juninho; Alex Silva (Vinícius), Marcelo Heleno e Nenê; Pedro, Vinícius (Magnum), Xavier, Cléber e Paulo Rodrigues; Edilson e Obina
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Horário: 20h30
Juiz: Wilson de Souza Mendonça (PE)
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre o São Paulo no Brasileiro
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Cuca testa a melhor eficiência no São Paulo pós-Telê
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da Folha de S.Paulo
Um treinador desgastado com dirigentes, mas que em campo tem demonstrado eficiência de fazer inveja a Carlos Alberto Parreira, Muricy Ramalho e Nelsinho Baptista. No São Paulo, que nesta quinta enfrenta o Vitória, às 20h30, no Morumbi, Cuca tem aproveitamento de pontos superior até ao de Telê Santana, técnico mais vitorioso da história do clube.
Desde a saída de Telê, em 1995, o clube já experimentou dez profissionais no cargo, sem contar os interinos, mas sem a mesma regularidade do técnico atual.
Sem conquistar títulos, Cuca fez 42 jogos oficiais, venceu 26 vezes, empatou sete e perdeu nove --aproveitamento de 67,5%. Só em jogos no Morumbi, o número ultrapassa os 85%.
Telê, que conduziu o time entre 1990 e 1995 e conquistou duas vezes a Libertadores e o mundial interclubes, ganhou 58% dos pontos em 373 jogos.
Quem mais se aproxima do percentual de Cuca é justamente sua principal sombra no comando técnico são-paulino. Muricy Ramalho, que era o mais cotado a substitui-lo caso ele aceitasse a proposta do futebol árabe, deixou o clube pela primeira vez em 1996 com 65% de aproveitamento.
Paulo César Carpeggiani, comandante em 1999, também conquistou 65% dos pontos. Nelsinho Baptista, campeão do Paulista-1998, deixou o cargo em 2001 com 55,8%.
Levir Culpi também obteve sucesso no Morumbi. Levou o clube ao título estadual em 2000, mas perdeu o emprego após o fracasso na decisão da Copa do Brasil para o Cruzeiro com 61,5% dos pontos.
Já o atual técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, teve passagem modesta, em 1996. Em 19 jogos, perdeu sete e ganhou só seis vezes e deixou o clube pela porta dos fundos. O mesmo ocorreu com Mário Sérgio, pior treinador do time desde o final da era Telê, com 33,3% de eficiência.
Já Rojas levou o clube de volta à Libertadores após dez anos ganhando 62,5% dos pontos.
Mesmo assim, foi trocado por Cuca. Hoje em dia é comum nos corredores do Morumbi ouvir que o atual treinador é o melhor desde a saída de Telê.
Mas o seu desejo de ir para o Al Helal não pegou bem. Parte dos conselheiros e até o homem-forte do futebol, Juvenal Juvêncio, chegaram a cogitar a demissão do técnico. Isso só não ocorreu porque Juvêncio é admirador de Cuca, que também conta com o apoio dos torcedores.
"Eu sei que algumas pessoas ficaram bravas comigo, mas queria que elas se colocassem no meu lugar", diz Cuca.
Nesta quinta, o adversário dele, Oswaldo de Oliveira, também fica atrás no retrospecto. No São Paulo, em 2002 e 2003, ele ganhou 58,4% dos pontos. "Eu acho que é essa a hora de ser alguma coisa. Quero ser um técnico de ponta e esse momento é muito bom", afirma Cuca.
SÃO PAULO
Rogério; Fabão, Rodrigo e Lugano; Cicinho, Alê, César Sampaio e Danilo (Vélber); Jean; Luis Fabiano e Grafite
Técnico: Cuca
VITÓRIA
Juninho; Alex Silva (Vinícius), Marcelo Heleno e Nenê; Pedro, Vinícius (Magnum), Xavier, Cléber e Paulo Rodrigues; Edilson e Obina
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Horário: 20h30
Juiz: Wilson de Souza Mendonça (PE)
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