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21/08/2004
-
08h03
LUÍS CURRO
da Folha de S.Paulo, enviado especial a Atenas
A seleção feminina de vôlei venceu mais uma nos Jogos Olímpicos de Atenas. Continua invicta, porém não consegue convencer o treinador José Roberto Guimarães, que agora lança mão de substituições como tentativa de "chacoalhar" suas jogadoras.
Na sexta-feira, no Estádio da Paz e Amizade, o Brasil bateu a anfitriã Grécia e seus animados torcedores --do público de 8.500, apenas uma minoria era brasileira-- por 3 a 0 e assegurou uma vaga nas quartas-de-final do torneio. As parciais foram 25/22, 25/22 e 25/11.
Zé Roberto, após a partida, mostrou descontentamento com a fraca atuação da equipe nos dois primeiros sets diante das gregas, que ostentam a modesta 21ª colocação no ranking mundial --o Brasil é o vice-líder.
Ao elogiar o desempenho de duas reservas que entraram (a ponta Sassá e a meio Fabiana), deu indiretas a algumas jogadoras, que estariam mostrando falta de interesse diante de adversários tidos como fracos. "Os Jogos [Olímpicos], por si só, são uma motivação. Tem que jogar sempre 100%. Mas aí vai da cabeça de cada um", disse Zé Roberto, que tirou da quadra Walewska e Virna para dar vez às substitutas. "Se saíram, é porque não estavam bem", criticou.
A principal irritação do treinador foi com a falta de concentração das atletas, principalmente na defesa e no bloqueio. "Caem bolas que não poderiam cair. Sei que elas podem estar mais atentas, render mais. E a gente acaba brigando, não dá para gostar de um jogo desses", esbravejou.
Cientes da queda de rendimento do time nos dois primeiros sets de sexta, as jogadoras buscaram uma explicação. "Contra times mais fracos não tem aquela adrenalina. Quando vier um time forte, mais alto, vai ser diferente. Se chegarmos à semifinal, à final, vai ser isso", disse a oposto Mari.
Só que Zé Roberto não aceita que a equipe tenha de esperar o duelo com um rival "de peso".
"Qualquer que seja o adversário, você tem que passar por cima como um rolo compressor. Ouço dos outros times o discurso: 'Estou feliz, jogamos bem contra o Brasil'. A gente não pode deixar que fiquem felizes. Temos que passar por cima, como passamos no terceiro set. Não estou feliz."
No domingo, a seleção pega a Coréia do Sul. Se vencer, termina como líder do Grupo A e cruza com o quarto do Grupo B, atualmente, os EUA. China, Rússia e Cuba aparecem, nesta ordem, com sete pontos cada uma.
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Seleção brasileira feminina de vôlei vence a quarta partida e segue invicta
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Apesar de invicto em Atenas, Zé Roberto "chacoalha" vôlei feminino do Brasil
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da Folha de S.Paulo, enviado especial a Atenas
A seleção feminina de vôlei venceu mais uma nos Jogos Olímpicos de Atenas. Continua invicta, porém não consegue convencer o treinador José Roberto Guimarães, que agora lança mão de substituições como tentativa de "chacoalhar" suas jogadoras.
Na sexta-feira, no Estádio da Paz e Amizade, o Brasil bateu a anfitriã Grécia e seus animados torcedores --do público de 8.500, apenas uma minoria era brasileira-- por 3 a 0 e assegurou uma vaga nas quartas-de-final do torneio. As parciais foram 25/22, 25/22 e 25/11.
Zé Roberto, após a partida, mostrou descontentamento com a fraca atuação da equipe nos dois primeiros sets diante das gregas, que ostentam a modesta 21ª colocação no ranking mundial --o Brasil é o vice-líder.
Ao elogiar o desempenho de duas reservas que entraram (a ponta Sassá e a meio Fabiana), deu indiretas a algumas jogadoras, que estariam mostrando falta de interesse diante de adversários tidos como fracos. "Os Jogos [Olímpicos], por si só, são uma motivação. Tem que jogar sempre 100%. Mas aí vai da cabeça de cada um", disse Zé Roberto, que tirou da quadra Walewska e Virna para dar vez às substitutas. "Se saíram, é porque não estavam bem", criticou.
A principal irritação do treinador foi com a falta de concentração das atletas, principalmente na defesa e no bloqueio. "Caem bolas que não poderiam cair. Sei que elas podem estar mais atentas, render mais. E a gente acaba brigando, não dá para gostar de um jogo desses", esbravejou.
Cientes da queda de rendimento do time nos dois primeiros sets de sexta, as jogadoras buscaram uma explicação. "Contra times mais fracos não tem aquela adrenalina. Quando vier um time forte, mais alto, vai ser diferente. Se chegarmos à semifinal, à final, vai ser isso", disse a oposto Mari.
Só que Zé Roberto não aceita que a equipe tenha de esperar o duelo com um rival "de peso".
"Qualquer que seja o adversário, você tem que passar por cima como um rolo compressor. Ouço dos outros times o discurso: 'Estou feliz, jogamos bem contra o Brasil'. A gente não pode deixar que fiquem felizes. Temos que passar por cima, como passamos no terceiro set. Não estou feliz."
No domingo, a seleção pega a Coréia do Sul. Se vencer, termina como líder do Grupo A e cruza com o quarto do Grupo B, atualmente, os EUA. China, Rússia e Cuba aparecem, nesta ordem, com sete pontos cada uma.
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