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22/08/2004 - 05h34

Após derrota, Márcio e Benjamin devem encerrar a parceria

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LUÍS CURRO
da Folha de S.Paulo, em Atenas

Com a derrota de ontem para os irmãos suíços Paul e Martin Laciga, a dupla Márcio/Benjamin, que chegou à Grécia com a intenção de levar a medalha de ouro no vôlei de praia, será desfeita.

O sul-mato-grossense Benjamin, 32, declarou que esta foi sua primeira e última Olimpíada e que deixará seu parceiro e, em breve, também as areias.

"Abandono a competição supertriste, não esperava sair tão cedo. Foi nossa última Olimpíada. A dupla não tem mais propósito de jogar junto", declarou ele.

"Hoje, o voleibol parou de fazer parte da minha vida. Espero ser feliz em meus empreendimentos no futuro. Tenho um projeto de vida com minha mulher, que é canadense. Pensamos em deixar o Brasil. Dou adeus de um jeito que não estava no script."

Ele acrescentou que pretende seguir jogando, no máximo, por um ou dois anos. Acordos com patrocinadores o manterão ao lado do cearense Márcio, 30, até maio de 2005.

O discurso de Benjamin surpreendeu Márcio, que não tinha idéia dos planos do colega e chegou a falar sobre a pretensão de estarem juntos em Pequim-2008. A dupla, junta há cinco anos, tem oito títulos no Circuito Mundial e foi campeã brasileira em 2000.

Alertado pela Folha sobre a intenção de Benjamin, Márcio sorriu amarelo. "É difícil falar, o Benjamin é uma caixinha de surpresas. A mulher dele é canadense, ele tem filhas canadenses. Estou surpreso. Será que ele vai fazer snowboard? Vamos bater um papo. Não posso responder por ele, mas quero ir a Pequim."

Sobre a derrota de ontem, Márcio elogiou a atuação do parceiro e afirmou que errou bolas fáceis. "Não estava no meu dia. E os Laciga jogaram bem, tiveram mérito. Fica o gosto de decepção."

Para Benjamin, que devido a dores na região da virilha voltou a ser atendido por um fisioterapeuta, como na partida anterior, pesou o aspecto psicológico.

"Trabalhei duro três anos para chegar até aqui. Nos preparamos muito bem tecnicamente e fisicamente, mas só isso não é o suficiente. Também pesa o lado emocional, para mim conta 99%, e sentimos isso", declarou.

Especial
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