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23/08/2004
-
03h50
FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo, em Atenas
Contra o trauma de cair nas semifinais, doses de Geraldo Vandré, Juca Chaves e Lulu Santos. Foram esses os últimos ingredientes que Renê Simões adicionou à sua "Alquimia Olímpica", projeto iniciado há cinco meses e que chega nesta segunda-feira a um momento decisivo. De provação.
Às 15h (de Brasília), o time comandado por ele, a seleção feminina de futebol, pega a Suécia, em Patras, por uma inédita classificação à final. Ao meio-dia, EUA e Alemanha disputam a outra vaga.
Para o treinador e para as jogadoras, mais complicado do que as adversárias de hoje, que fazem uma campanha irregular, é vencer o próprio receio. Desde que o futebol feminino começou a ser disputado em Olimpíadas, o Brasil sempre caiu nas semifinais.
Foi assim em Atlanta-96, quando levou 2 a 1 da China. Foi assim em Sydney-00, no 1 a 0 dos EUA. Em ambos os casos, a seleção perdeu depois as disputas do bronze e terminou só em quarto.
Por esse histórico, segundo Renê, a necessidade de uma "alquimia". De uma transformação.
"Em março, quando começamos o trabalho, propus a elas o projeto 'Alquimia Olímpica', para transformar nossos sonhos em ouro. Mas, para isso, todos tivemos que nos transformar, aumentar a auto-estima, o amor próprio", disse Renê à Folha de S.Paulo, para engatar então um festival de citações a músicas que vem tocando para o time nos últimos dias.
"Venho pregando para elas que nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia", afirmou, citando o início de "Como uma Onda", hit de Lulu Santos nos anos 80. "Afinal, quem sabe faz a hora, não espera acontecer", completou, citando Vandré em "Para Não Dizer que Não Lembrei das Flores".
Renê tocou ontem "A Cúmplice", de Juca Chaves, que começa com os versos "eu quero uma mulher que seja diferente de todas que eu já tive, de todas tão iguais; que seja minha amiga, amante, confidente, a cúmplice de tudo, que eu fizer a mais".
As jogadoras parecem ter absorvido as mensagens. O discurso delas é sempre o mesmo.
"O objetivo foi traçado desde março. Vamos conquistar o ouro", disse a zagueira Aline.
"Estamos trabalhando em busca do ouro. Já traçamos nossos objetivos", afirmou outra zagueira, Juliana Cabral. As duas terão hoje, na defesa, a companhia de Tânia, que sente dores no tornozelo desde a primeira fase.
Caso passem à final, elas terão a chance de lutar por algo que sempre foi obsessão para o time masculino. O único título que o futebol brasileiro não tem: o ouro.
Bronze em Atlanta-96 e prata em Seul-88 e em Los Angeles-84, os homens, com Robinho & Cia, não conseguiram nem sequer a vaga para Atenas.
NA TV - ESPN Brasil, ao vivo, a partir das 15h
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre a seleção feminina de futebol
Leia mais notícias no especial dos Jogos Olímpicos-2004
Vandré e Lulu Santos embalam sonho da seleção feminina de futebol
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da Folha de S.Paulo, em Atenas
Contra o trauma de cair nas semifinais, doses de Geraldo Vandré, Juca Chaves e Lulu Santos. Foram esses os últimos ingredientes que Renê Simões adicionou à sua "Alquimia Olímpica", projeto iniciado há cinco meses e que chega nesta segunda-feira a um momento decisivo. De provação.
Às 15h (de Brasília), o time comandado por ele, a seleção feminina de futebol, pega a Suécia, em Patras, por uma inédita classificação à final. Ao meio-dia, EUA e Alemanha disputam a outra vaga.
Para o treinador e para as jogadoras, mais complicado do que as adversárias de hoje, que fazem uma campanha irregular, é vencer o próprio receio. Desde que o futebol feminino começou a ser disputado em Olimpíadas, o Brasil sempre caiu nas semifinais.
Foi assim em Atlanta-96, quando levou 2 a 1 da China. Foi assim em Sydney-00, no 1 a 0 dos EUA. Em ambos os casos, a seleção perdeu depois as disputas do bronze e terminou só em quarto.
Por esse histórico, segundo Renê, a necessidade de uma "alquimia". De uma transformação.
"Em março, quando começamos o trabalho, propus a elas o projeto 'Alquimia Olímpica', para transformar nossos sonhos em ouro. Mas, para isso, todos tivemos que nos transformar, aumentar a auto-estima, o amor próprio", disse Renê à Folha de S.Paulo, para engatar então um festival de citações a músicas que vem tocando para o time nos últimos dias.
"Venho pregando para elas que nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia", afirmou, citando o início de "Como uma Onda", hit de Lulu Santos nos anos 80. "Afinal, quem sabe faz a hora, não espera acontecer", completou, citando Vandré em "Para Não Dizer que Não Lembrei das Flores".
Renê tocou ontem "A Cúmplice", de Juca Chaves, que começa com os versos "eu quero uma mulher que seja diferente de todas que eu já tive, de todas tão iguais; que seja minha amiga, amante, confidente, a cúmplice de tudo, que eu fizer a mais".
As jogadoras parecem ter absorvido as mensagens. O discurso delas é sempre o mesmo.
"O objetivo foi traçado desde março. Vamos conquistar o ouro", disse a zagueira Aline.
"Estamos trabalhando em busca do ouro. Já traçamos nossos objetivos", afirmou outra zagueira, Juliana Cabral. As duas terão hoje, na defesa, a companhia de Tânia, que sente dores no tornozelo desde a primeira fase.
Caso passem à final, elas terão a chance de lutar por algo que sempre foi obsessão para o time masculino. O único título que o futebol brasileiro não tem: o ouro.
Bronze em Atlanta-96 e prata em Seul-88 e em Los Angeles-84, os homens, com Robinho & Cia, não conseguiram nem sequer a vaga para Atenas.
NA TV - ESPN Brasil, ao vivo, a partir das 15h
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