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24/08/2004
-
00h55
MARCELO DIEGO
da Folha de S.Paulo, em Atenas
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, chegará a Atenas no fim de semana para participar da cerimônia de encerramento da Olimpíada. A viagem da autoridade americana, confirmada nesta segunda-feira, dá ao governo grego uma espécie de selo de aprovação do esquema de segurança do evento. Mas especialistas acham que ainda há risco de terrorismo.
A viagem de um representante do primeiro escalão do governo norte-americano só saiu do papel após aprovação dos agentes de segurança do país que estão em Atenas. Havia a especulação de que até o presidente dos EUA, George W. Bush, poderia viajar para a Grécia, caso a seleção iraquiana de futebol passasse à final do torneio, que acontece no sábado. A Casa Branca, porém, só confirmou a ida de Powell.
O fato é que a primeira semana de Jogos aconteceu em um cenário mais cor-de-rosa do que os próprios organizadores do esquema de segurança previam. Não houve nenhum caso grave de distúrbio e nenhuma ameaça conhecida de ato terrorista.
Pode-se creditar o bom resultado ao US$ 1,5 bilhão gasto em segurança para Atenas-2004 --valor recorde. Câmeras, microfones, vigilância ostensiva (polícia e Exército), cooperação de agentes de outros países e diversas outras medidas para inibir atentados.
Não era só paranóia. Esta é a primeira edição dos Jogos Olímpicos desde o 11 de Setembro, o que contribuiu para um clima de incerteza. Atenas criou um ambiente hostil para terroristas, sejam estrangeiros ou anarquistas locais --que, para chamar atenção para sua causa, costumavam estourar bombas caseiras em frente a prédios públicos.
Está tudo calmo. Mas calmo demais, talvez. Os principais casos envolvendo segurança em Olimpíadas aconteceram na segunda semana de competição. Em Atlanta-96, uma bomba explodiu no Parque Centenário no nono dia de Jogos. Em Munique-72, terroristas palestinos tomaram por reféns atletas israelenses após dez dias de competição. Atenas-2004 entra nesta terça no seu 11º dia.
Segundo análises de jornais gregos e do diário "The New York Times', ouvindo fontes diplomáticas, o momento atual é considerado um ponto crítico. O esquema de segurança acha que a batalha já está ganha e começa a afrouxar regras e procedimentos. Convite para um atentado.
De acordo com Jay Creutz, que trabalha no sistema de computação utilizado pelo esquema de segurança em Atenas, existe de fato uma tentação de diminuir a vigilância à medida que o final da Olimpíada se aproxima.
Um centro de inteligência, com especialistas de 18 países, tenta antecipar possíveis movimentos visando um ataque à Grécia e, até o momento, não encontrou nenhum indício de que algo vá acontecer. Esse relatório chegou aos ouvidos de Powell.
Para reforçar a prevenção, o ministro grego da Ordem Pública, Giorgis Voulgarakis, almoçou com embaixadores de países árabes. Após o encontro, o libanês William Habib disse publicamente que qualquer ataque à Olimpíada seria considerada uma ofensa às nações amigas dos muçulmanos.
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre segurança em Atenas
Leia mais notícias no especial dos Jogos Olímpicos-2004
Secretário de Estado dos EUA vai participar da cerimônia de encerramento
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da Folha de S.Paulo, em Atenas
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, chegará a Atenas no fim de semana para participar da cerimônia de encerramento da Olimpíada. A viagem da autoridade americana, confirmada nesta segunda-feira, dá ao governo grego uma espécie de selo de aprovação do esquema de segurança do evento. Mas especialistas acham que ainda há risco de terrorismo.
A viagem de um representante do primeiro escalão do governo norte-americano só saiu do papel após aprovação dos agentes de segurança do país que estão em Atenas. Havia a especulação de que até o presidente dos EUA, George W. Bush, poderia viajar para a Grécia, caso a seleção iraquiana de futebol passasse à final do torneio, que acontece no sábado. A Casa Branca, porém, só confirmou a ida de Powell.
O fato é que a primeira semana de Jogos aconteceu em um cenário mais cor-de-rosa do que os próprios organizadores do esquema de segurança previam. Não houve nenhum caso grave de distúrbio e nenhuma ameaça conhecida de ato terrorista.
Pode-se creditar o bom resultado ao US$ 1,5 bilhão gasto em segurança para Atenas-2004 --valor recorde. Câmeras, microfones, vigilância ostensiva (polícia e Exército), cooperação de agentes de outros países e diversas outras medidas para inibir atentados.
Não era só paranóia. Esta é a primeira edição dos Jogos Olímpicos desde o 11 de Setembro, o que contribuiu para um clima de incerteza. Atenas criou um ambiente hostil para terroristas, sejam estrangeiros ou anarquistas locais --que, para chamar atenção para sua causa, costumavam estourar bombas caseiras em frente a prédios públicos.
Está tudo calmo. Mas calmo demais, talvez. Os principais casos envolvendo segurança em Olimpíadas aconteceram na segunda semana de competição. Em Atlanta-96, uma bomba explodiu no Parque Centenário no nono dia de Jogos. Em Munique-72, terroristas palestinos tomaram por reféns atletas israelenses após dez dias de competição. Atenas-2004 entra nesta terça no seu 11º dia.
Segundo análises de jornais gregos e do diário "The New York Times', ouvindo fontes diplomáticas, o momento atual é considerado um ponto crítico. O esquema de segurança acha que a batalha já está ganha e começa a afrouxar regras e procedimentos. Convite para um atentado.
De acordo com Jay Creutz, que trabalha no sistema de computação utilizado pelo esquema de segurança em Atenas, existe de fato uma tentação de diminuir a vigilância à medida que o final da Olimpíada se aproxima.
Um centro de inteligência, com especialistas de 18 países, tenta antecipar possíveis movimentos visando um ataque à Grécia e, até o momento, não encontrou nenhum indício de que algo vá acontecer. Esse relatório chegou aos ouvidos de Powell.
Para reforçar a prevenção, o ministro grego da Ordem Pública, Giorgis Voulgarakis, almoçou com embaixadores de países árabes. Após o encontro, o libanês William Habib disse publicamente que qualquer ataque à Olimpíada seria considerada uma ofensa às nações amigas dos muçulmanos.
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