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31/08/2004 - 09h00

Na Olimpíada dos heróis, China triunfa com exército de anônimos

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PAULO COBOS
PAULO GALDIERI

da Folha de S.Paulo

Foi uma Olimpíada de heróis que colocaram medalhas no peito no ritmo de nações inteiras. Mas foi também a Olimpíada de um país que ousou peitar os EUA com um exército de anônimos.

Nos Jogos que consagraram o nadador americano Michael Phelps (com seus oito pódios) e mais de 50 atletas que ganharam pelo menos duas medalhas, a China foi destaque sem um rosto que monopolizasse as atenções.

Dos 407 atletas chineses, só três tiveram o gosto de comemorar mais de uma medalha --e para os três foram apenas duas.

Nenhum outro dos 57 pódios do mais populoso país do mundo repetiu competidores.

Situação bem diferente da maioria das potências ocidentais e da periferia do esporte. Só na natação os EUA tiveram, além de Phelps, seis atletas premiados por pelo menos três vezes. Se não fosse Kirsty Coventry, também nas piscinas, o Zimbábue não teria nenhuma das suas três medalhas.

Nas pistas de atletismo, o Marrocos ganhou seus dois únicos ouros, ambos com o meio-fundista Hicham El Guerrouj. Graças a Nicolás Massú, com seus dois ouros no tênis, o Chile quebrou um tabu de 108 anos sem títulos olímpicos.

Sem um caminhão de medalhas e com nomes de difícil assimilação para os padrões ocidentais, os atletas chineses ficaram a apenas três ouros dos americanos, na menor diferença desde 1912 entre os dois primeiros colocados no quadro de premiações.

Se não gera heróis de projeção mundial nem contratos milionários de publicidade, a China caminha a passos largos para tomar dos EUA o topo das premiações com muita variedade.

O país ganhou eventos de 14 esportes diferentes, apenas um a menos do que os americanos e com maior peso feminino.

E em Pequim, daqui a quatro anos, um novo round na disputa entre os heróis de Atenas e a eficiência chinesa irá acontecer.

Na primeira Olimpíada realizada na China, Phelps terá apenas 23 anos. A jamaicana Veronica Campbell, que ganhou três medalhas no atletismo na Grécia, terá 26. Já a China treina mais de mil atletas para, mais uma vez, tirar a qualidade da quantidade.

Especial
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