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05/11/2004
-
12h44
da Folha Online
Opositores ao contrato de parceria com a MSI no Corinthians apostam na suposta ligação do líder do grupo de investimento, o iraniano Kia Joorabchian, com o russo Boris Berezovski, acusado de crimes como lavagem de dinheiro e assassinato, para impedir a assinatura do acordo, na noite desta sexta-feira.
Às 19h de hoje, o Cori (Conselho de Orientação Fiscal) se reúne para analisar o contrato e dar seu parecer. Por volta das 21h deve começar a reunião do Conselho Deliberativo, que irá votar e decidir se o clube confirma ou não a parceria. A expectativa é de que a reunião termine no final da noite ou início da madrugada.
"Pelo que li nos jornais hoje, está comprovado o envolvimento do Boris Berezovski na parceria. Este é um dado que precisa ser analisado com muito cuidado", disse o vice-presidente de futebol corintiano, Antonio Roque Citadini, em entrevista à rádio Jovem Pan. A MSI nega a ligação com Berezovski, apesar da amizade entre Joorabchian e o russo.
O conselheiro Romeu Tuma Júnior disse que o presidente corintiano, Alberto Dualib, confirmou a participação de Berezovski na transação. "Ele [Dualib] esteve com Berezovski [em um encontro na inglaterra] e falou pra todo mundo no conselho que ele [Berezovski] estaria patrocinando tudo isso", revelou, em entrevista à TV Globo.
Um ponto a ser usado contra a MSI é a expectativa, com base no último balanço anual do clube, de que o Corinthians tenha receita de ao menos R$ 384 milhões em dez anos, tempo do contrato inicial previsto com o parceiro.
A MSI injetaria bem menos dinheiro durante o período. Com pagamento de dívidas, contratações, salários e dinheiro para o departamento social, a empresa deve desembolsar R$ 242,7 milhões em uma década --R$ 141,3 milhões a menos do que as receitas básicas.
De imediato, o investimento seria de US$ 35 milhões (R$ 98,7 milhões), que seriam divididos em US$ 20 milhões para o pagamento de dívidas e US$ 15 milhões para contratações.
Apesar disso, o presidente corintiano, partidário da parceria, deve conseguir aprovar o contrato, já que tem apoio da maioria dos conselheiros. A oposição, no entanto, ameaça ir à Justiça mesmo se o contrato for assinado para anular o acordo.
Com a Folha de S.Paulo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Kia Joorabchian
Leia o que já foi publicado sobre Boris Berezovski
Leia o que já foi publicado sobre o Corinthians no Brasileiro
Suposta ligação com russo é arma da oposição corintiana contra a MSI
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Opositores ao contrato de parceria com a MSI no Corinthians apostam na suposta ligação do líder do grupo de investimento, o iraniano Kia Joorabchian, com o russo Boris Berezovski, acusado de crimes como lavagem de dinheiro e assassinato, para impedir a assinatura do acordo, na noite desta sexta-feira.
Às 19h de hoje, o Cori (Conselho de Orientação Fiscal) se reúne para analisar o contrato e dar seu parecer. Por volta das 21h deve começar a reunião do Conselho Deliberativo, que irá votar e decidir se o clube confirma ou não a parceria. A expectativa é de que a reunião termine no final da noite ou início da madrugada.
"Pelo que li nos jornais hoje, está comprovado o envolvimento do Boris Berezovski na parceria. Este é um dado que precisa ser analisado com muito cuidado", disse o vice-presidente de futebol corintiano, Antonio Roque Citadini, em entrevista à rádio Jovem Pan. A MSI nega a ligação com Berezovski, apesar da amizade entre Joorabchian e o russo.
O conselheiro Romeu Tuma Júnior disse que o presidente corintiano, Alberto Dualib, confirmou a participação de Berezovski na transação. "Ele [Dualib] esteve com Berezovski [em um encontro na inglaterra] e falou pra todo mundo no conselho que ele [Berezovski] estaria patrocinando tudo isso", revelou, em entrevista à TV Globo.
Um ponto a ser usado contra a MSI é a expectativa, com base no último balanço anual do clube, de que o Corinthians tenha receita de ao menos R$ 384 milhões em dez anos, tempo do contrato inicial previsto com o parceiro.
A MSI injetaria bem menos dinheiro durante o período. Com pagamento de dívidas, contratações, salários e dinheiro para o departamento social, a empresa deve desembolsar R$ 242,7 milhões em uma década --R$ 141,3 milhões a menos do que as receitas básicas.
De imediato, o investimento seria de US$ 35 milhões (R$ 98,7 milhões), que seriam divididos em US$ 20 milhões para o pagamento de dívidas e US$ 15 milhões para contratações.
Apesar disso, o presidente corintiano, partidário da parceria, deve conseguir aprovar o contrato, já que tem apoio da maioria dos conselheiros. A oposição, no entanto, ameaça ir à Justiça mesmo se o contrato for assinado para anular o acordo.
Com a Folha de S.Paulo
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