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06/12/2004 - 21h25

Médico do São Caetano diz que não foi alertado sobre risco de morte

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

Em depoimento ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que julga nesta segunda-feira o "caso Serginho", o médico do São Caetano, Paulo Forte, negou que tenha tido acesso ao prontuário do jogador no Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas e sustentou que não foi informado de que o jogador corria risco de morte.

"Jamais tive acesso ao prontuário. Não houve nenhuma recomendação para que ele parasse de jogar. O cateterismo foi um excesso de zelo", disse Forte.

Segundo sua versão, os exames realizado pelo jogador em fevereiro teriam apontado uma arritmia leve, e por isso ele teria sido submetido ao cateterismo.

Forte disse ainda que o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza, que também está sendo julgado nesta noite, jamais soube dos problemas do atleta. Porém Nairo entrou em contradição com o médico no início de seu depoimento ao dizer que tinha conhecimento da arritmia.

No prontuário de Serginho, ao qual Forte disse não ter tido acesso, o médico do Incor Edimar Bocchi foi enfático ao escrever "tenha sorte, pois a chance de óbito é grande" caso o jogador continuasse atuando.

No último dia 19 de novembro, Bocchi declarou à polícia que alertara o médico do São Caetano quatro vezes sobre o risco de morte a que o atleta estava sujeito se jogasse.

Porém no dia 30 de novembro ele divulgou nota pública conjunta com Forte sustentando que os exames a que o jogador se submeteu no início do ano não deram indícios de que Serginho sofria da doença hipertrófica do coração --a causa de sua morte, ao lado do edema pulmonar, segundo o laudo do Serviço de Verificação de Óbitos.

Ainda nesta noite, serão ouvidos pelo STJD os médicos Joaquim Grava e Benny Schmidt, o presidente do sindicato dos jogadores de São Paulo, Rinaldo Martorelli, e o jogado do São Caetano Lúcio Flávio.

Caso seja condenado, o São Caetano pode perder 24 pontos no Campeonato Brasileiro, caindo da quarta para a 15ª posição. Nairo e Forte podem ser suspensos por 720 dias.
 

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