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08/12/2004 - 09h21

CBF já articula para salvar o São Caetano de punição do STJD

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FERNANDO MELLO
da Folha de S.Paulo

A CBF já atua nos bastidores para derrubar no STJD a punição aplicada na madrugada de ontem ao São Caetano pela morte do zagueiro Serginho. O clube do ABC foi considerado culpado pela Comissão Disciplinar do tribunal e perdeu 24 pontos, ficando alijado da vaga na Libertadores-2005.

A Folha apurou que foi péssima a repercussão do julgamento na CBF. A entidade não fala publicamente, mas considera que o presidente do STJD, Luiz Zveiter, articulou para ganhar espaço na mídia na reta final do Brasileiro, que, como em 2003, ganhou asteriscos.

Segundo disseram membros da cúpula da CBF de forma reservada, o Nacional será manchado se os paulistas perderem pontos no tapetão. Existe o temor de que o Nacional pare mais uma vez na Justiça comum se o São Caetano não se submeter ao STJD.

Além disso, a CBF poderia ser transformada em ré se o São Caetano for absolvido na Justiça comum. Fora da Libertadores, o time poderia requerer indenização da entidade, de acordo com advogados ouvidos pela reportagem.

A estratégia da CBF para salvar o São Caetano passa pela briga que opôs a entidade e Zveiter em maio. Ricardo Teixeira articulou para tirá-lo do poder. Com a ajuda do Vasco, porém, o magistrado manteve-se no STJD.

Por conta da briga, Zveiter não deu posse aos dois auditores indicados pelos clubes, Francisco Mussnich e Nelson Tomaz Braga, amigos íntimos de Teixeira.

No fim da semana passada, com o julgamento do São Caetano já marcado, Mussnich e Braga assinaram acordo com o Vasco e Luiz Zveiter. Com o fim do litígio, a CBF pressionará para que os dois sejam empossados a tempo de julgar o São Caetano na segunda instância do tribunal.

Com os votos de Mussnich, Braga e os de Paulo Perry e José Mauro Couto, advogado particular de Teixeira, a entidade crê que a pena será revertida. São nove os auditores de segunda instância (hoje, sete estão empossados). Um deles está doente e não deve ir à sessão do dia 16. Um empate em 4 a 4 basta ao clube do ABC.

Se os dois não tomarem posse, a CBF pretende pedir a seus aliados no STJD que não compareçam à sessão. Com apenas quatro auditores, não haveria quórum suficiente para o julgamento --são necessários cinco membros.

O técnico Péricles Chamusca crê na absolvição. "Faremos o melhor nos dois últimos jogos, pois confio na possibilidade de recuperação desses pontos."

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