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27/12/2004 - 10h07

Tese estuda vantagem de atletas negros em provas de fundo

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da Folha de S.Paulo

Além de favorecidos pela cultura e ambiente, os quenianos são beneficiados por serem negros.

"Parece impossível que seja por acaso que os atletas de lá tenham bons resultados", afirmou à Folha Yolande Harley, pesquisadora do Instituto Sul-Africano de Ciência Esportiva, da Cidade do Cabo.

Em sua tese de doutorado, ela estudou corredores sul-africanos e mapeou diferenças fisiológicas e biomecânicas que ajudam os negros a dominar as provas de fundo (com 5.000 m ou mais).

"Em termos antropométricos, os negros são mais baixos e magros do que os brancos. Ou seja, têm menos gordura e mais fibras musculares, o que os beneficia em corridas longas", indica Harley.

No campo fisiológico, eles são capazes de correr a mesma distância que os adversários, mas com menor consumo de oxigênio. "Em outras palavras, economizam na corrida, o que lhes concede maior resistência", aponta.

Não bastasse isso, a biomecânica negra também propicia ganhos em disputas como a maratona. Eles são capazes de cobrir uma distância maior por passada.

"Os atletas parecem voar a cada passo, considerando que sua estatura é menor. A razão para isso ainda não é conhecida. Talvez seja explicada pela diferença na força ou na elasticidade muscular."

"Ou seja, a primazia de alguns povos africanos não é resultado de algo isolado, mas de fatores antropométricos, fisiológicos e biomecânicos", resume ela.

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