Publicidade
Publicidade
30/12/2004
-
09h00
EDUARDO OHATA
GUILHERME ROSEGUINI
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
Por conta do ataque sofrido pelo brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima durante os Jogos de Atenas, a organização da Corrida da São Silvestre pediu mais atenção à equipe que trabalhará na segurança da prova, cuja 80ª edição será disputada na próxima sexta-feira à tarde.
Porém Júlio Deodoro, da Fundação Gazeta e coordenador da corrida, afirma que não houve alteração significativa entre o esquema de segurança adotado em 2003 para o deste ano. Diz que será suficiente para garantir a segurança dos participantes, especialmente a dos atletas estrangeiros.
"Nosso esquema sempre foi o bastante para garantir a segurança. Mas, em reunião, pedimos às pessoas que trabalharão na prova para ficar mais atentas", resumiu na quarta-feira Deodoro, ao informar que serão mobilizados 3.000 policiais, mais 1.050 pessoas, entre médicos, fiscais e cronometristas, e ainda 150 guardas-civis. O executivo diz que os detalhes finais do esquema de segurança serão anunciados nesta quinta.
Apesar de Deodoro afirmar que o número de policiais na segurança não sofreu alteração do ano passado para cá, o número anunciado em 2003 havia sido menor: 2.400 policiais --ou 600 a menos.
Durante a entrevista coletiva na manhã de quarta, os quatro principais atletas quenianos a participar da prova --Robert Cheruiyot, John Gwako, Stephen Biwot e Lydia Cheromey-- foram informados de que circula na internet e-mail conclamando a população a impedir que um estrangeiro vença a São Silvestre. Seria uma espécie de "revanche" para Lima.
Deodoro reconheceu a existência de tal corrente, interrompeu o comentário dos quenianos e pediu a palavra. "Acho que tudo não passa de uma brincadeira. Nosso povo não terá a mesma atitude do irlandês. Os quenianos e outros estrangeiros da Holanda e de Portugal podem ficar tranqüilos."
"Doze motos em formação de cunha protegerão os líderes da corrida. É o mesmo esquema adotado durante visita do papa João Paulo 2º ao país", acrescentou ao explicar o esquema de segurança.
Ao serem questionados sobre estarem preocupados com a ameaça, os fundistas quenianos afirmaram que não se preocupam com isso e que confiam na competência da organização.
Gwako, campeão da Maratona de Nova York, afirmou que há mais um motivo para não pensar em possíveis ataques de populares. "Olimpíada é Olimpíada, e São Silvestre é São Silvestre", comparou, em alusão ao fato de que os Jogos são vistos por um público internacional que é muito superior ao que acompanha a prova paulista.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a prova de São Silvestre
Organização da São Silvestre desdenha ameaça e acalma estrangeiros
Publicidade
GUILHERME ROSEGUINI
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
Por conta do ataque sofrido pelo brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima durante os Jogos de Atenas, a organização da Corrida da São Silvestre pediu mais atenção à equipe que trabalhará na segurança da prova, cuja 80ª edição será disputada na próxima sexta-feira à tarde.
Porém Júlio Deodoro, da Fundação Gazeta e coordenador da corrida, afirma que não houve alteração significativa entre o esquema de segurança adotado em 2003 para o deste ano. Diz que será suficiente para garantir a segurança dos participantes, especialmente a dos atletas estrangeiros.
"Nosso esquema sempre foi o bastante para garantir a segurança. Mas, em reunião, pedimos às pessoas que trabalharão na prova para ficar mais atentas", resumiu na quarta-feira Deodoro, ao informar que serão mobilizados 3.000 policiais, mais 1.050 pessoas, entre médicos, fiscais e cronometristas, e ainda 150 guardas-civis. O executivo diz que os detalhes finais do esquema de segurança serão anunciados nesta quinta.
Apesar de Deodoro afirmar que o número de policiais na segurança não sofreu alteração do ano passado para cá, o número anunciado em 2003 havia sido menor: 2.400 policiais --ou 600 a menos.
Durante a entrevista coletiva na manhã de quarta, os quatro principais atletas quenianos a participar da prova --Robert Cheruiyot, John Gwako, Stephen Biwot e Lydia Cheromey-- foram informados de que circula na internet e-mail conclamando a população a impedir que um estrangeiro vença a São Silvestre. Seria uma espécie de "revanche" para Lima.
Deodoro reconheceu a existência de tal corrente, interrompeu o comentário dos quenianos e pediu a palavra. "Acho que tudo não passa de uma brincadeira. Nosso povo não terá a mesma atitude do irlandês. Os quenianos e outros estrangeiros da Holanda e de Portugal podem ficar tranqüilos."
"Doze motos em formação de cunha protegerão os líderes da corrida. É o mesmo esquema adotado durante visita do papa João Paulo 2º ao país", acrescentou ao explicar o esquema de segurança.
Ao serem questionados sobre estarem preocupados com a ameaça, os fundistas quenianos afirmaram que não se preocupam com isso e que confiam na competência da organização.
Gwako, campeão da Maratona de Nova York, afirmou que há mais um motivo para não pensar em possíveis ataques de populares. "Olimpíada é Olimpíada, e São Silvestre é São Silvestre", comparou, em alusão ao fato de que os Jogos são vistos por um público internacional que é muito superior ao que acompanha a prova paulista.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas