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02/01/2005 - 09h48

Calor pode alterar São Silvestre em 2005

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da Folha de S.Paulo

O boom de atendimentos médicos e as reclamações dos atletas podem remodelar a São Silvestre.

No mês que vem, os organizadores do evento sentam à mesa para iniciar a preparação de 2005. E devem pôr na pauta a mudança do horário da largada feminina.

A corrida das mulheres começa às 15h15 --após a dos deficientes. Com o horário de verão, elas largam sob o Sol das 14h. "Neste horário está muito quente", disse o organizador da prova, Júlio Deodoro, ao site oficial do evento.

A São Silvestre deu a largada à noite até 1989. No ano seguinte, os corredores passaram a competir durante a tarde. Os homens iniciam o percurso às 17h.

Para alterar a largada feminina, a organização da São Silvestre terá de entrar em acordo com a TV. A Globo e a Gazeta detém os direitos de transmissão.

Por causa do calor que bateu na casa dos 34ºC ontem, só a competição feminina registrou mais socorros médicos do que a média histórica do evento nas duas corridas --150.

"Nós não esperávamos tantos atendimentos assim. Trabalhamos bastante", declarou Maurício Braga, um dos coordenadores médicos da prova.

O problema atingiu também os atletas da elite. A vice-campeã, Lucélia Peres, desabou após cruzar a linha de chegada. Estava com hipertermina. A queniana Teresia Kipchumba caiu na subida da Brigadeiro Luis Antônio e precisou ser levada ao hospital. Ela só recebeu alta às 22h.

As brasileiras que alcançaram o pódio reclamaram da dificuldade para conseguir água.

Além de dar mais trabalho aos médicos de plantão, as altas temperaturas durante a São Silvestre também frustaram os campeões da prova. Os quenianos Robert Cheruiyot e Lydia Cheromei pretendiam quebrar o recorde. Culparam o calor pelo fracasso.

"A prova não estava tão competitiva. Eu poderia ter conseguido, mas ele foi um adversário duro", disse Lydia, que cravou 53min01s --o recorde é 50min26s.

Suas palavras foram ratificadas pelo compatriota. "Foi só porque treinei muito forte que consegui suportar [o calor], mas terminei muito cansado", disse Cheruiyot, que cumpriu os 15.000 m em 44min43s. "Se tivesse chovido esse ano, haveria a chance de bater o recorde [43min12s]", completou.

A corrida masculina deste ano teve chuva apenas em alguns trechos. No ano passado, a água caiu constantemente e refrescou os atletas. O vencedor foi o brasileiro Marílson dos Santos.

Em 2002, Cheruiyot já havia sido vítima do calor. Após correr sob temperaturas de até 36ºC, ele passou mal na linha de chegada.

Naquele ano, foram registrados cerca de 180 socorros médicos durante as duas provas.

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