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19/01/2005
-
15h48
GUIO BASTOS
da Folha Online
O ex-lateral-direito Jorginho e o técnico Sebastião Lazaroni, que participaram da derrota da seleção brasileira para a Argentina na Copa de 1990, na Itália, 1 a 0, defenderam uma dura punição para os argentinos caso seja comprovado que o técnico da equipe na ocasião, Carlos Bilardo, teria pedido para dopar os jogadores brasileiros durante a partida.
Em entrevista à revista argentina "Veintitrés", Bilardo foi irônico quando questionado sobre ter ordenado distribuir tranqüilizantes em uma garrafa de água aos brasileiros na partida em que o Brasil foi eliminado pelos argentinos. Na época, o lateral Branco chegou a reclamar que havia ficado tonto depois de beber a água.
"Não sei, não sei. Não digo que não tenha acontecido", declarou o ex-treinador da Argentina, sem negar que teria pedido para o massagista Miguel di Lorenzo misturar tranqüilizantes em uma garrafa de água e distribuir aos brasileiros, à revista "Veintitrés".
A afirmação de Bilardo irritou o ex-lateral Jorginho, que defendeu o Brasil na Itália-1990. "No vestiário [depois da partida], foi um tristeza muito grande. O Branco falou que estava tonto e que não se sentiu bem durante a partida", lembrou Jorginho, em entrevista à Folha Online.
"É mais um fato lamentável do futebol. Bilardo, Maradona e o massagista já confirmaram. A Fifa deveria tomar uma medida exemplar contra esse fato", disse Lazaroni à Rádio Brasil.
O lateral-direito Jorginho concordou. "Se comprovado, tem que punir o treinador, o massagista ou mesmo a AFA (Associação do Futebol Argentino). Para o técnico é mais difícil, mas a Argentina poderia ser, por exemplo, excluída de alguma competição. É uma atitude que não pode passar em branco", disse o jogador.
Jorginho lembrou que a "brincadeira" dos argentinos, se aconteceu realmente, poderia ter custado caro para a carreira de Branco. "A carreira dele poderia ter acabado ali, caso ele fosse sorteado para o exame antidoping [o que não aconteceu]. Durante o jogo, ele ficou meio tonto, meio lento. Já imaginou se o gol deles tivesse saído em uma jogada em cima dele?", analisou.
Apesar do pedido de punição, Jorginho acredita que a provável atitude dos argentinos não influenciou no resultado da partida --a derrota tirou o Brasil da Copa.
"Perdemos o jogo por outras questões. Mas, se há alguma coisa de positivo para ser lembrado, foi que nos tornamos mais fortes para as Copas seguintes, quando não deixamos que nada nos atrapalhasse. Fomos campeões em 1994, vice em 1998 e campeões novamente em 2002", finalizou.
Publicação
Especializada em política e atualidades, a revista semanal "Veintitrés" vende pouco mais de 30 mil exemplares por edição e é a segunda maior publicação do gênero do país. Fundada em 1998, circula em todo território argentino e em parte do Uruguai.
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Jorginho e Lazaroni defendem punição para os argentinos
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da Folha Online
O ex-lateral-direito Jorginho e o técnico Sebastião Lazaroni, que participaram da derrota da seleção brasileira para a Argentina na Copa de 1990, na Itália, 1 a 0, defenderam uma dura punição para os argentinos caso seja comprovado que o técnico da equipe na ocasião, Carlos Bilardo, teria pedido para dopar os jogadores brasileiros durante a partida.
Divulgação |
Carlos Bilardo, ex-técnico da Argentina |
Em entrevista à revista argentina "Veintitrés", Bilardo foi irônico quando questionado sobre ter ordenado distribuir tranqüilizantes em uma garrafa de água aos brasileiros na partida em que o Brasil foi eliminado pelos argentinos. Na época, o lateral Branco chegou a reclamar que havia ficado tonto depois de beber a água.
"Não sei, não sei. Não digo que não tenha acontecido", declarou o ex-treinador da Argentina, sem negar que teria pedido para o massagista Miguel di Lorenzo misturar tranqüilizantes em uma garrafa de água e distribuir aos brasileiros, à revista "Veintitrés".
A afirmação de Bilardo irritou o ex-lateral Jorginho, que defendeu o Brasil na Itália-1990. "No vestiário [depois da partida], foi um tristeza muito grande. O Branco falou que estava tonto e que não se sentiu bem durante a partida", lembrou Jorginho, em entrevista à Folha Online.
"É mais um fato lamentável do futebol. Bilardo, Maradona e o massagista já confirmaram. A Fifa deveria tomar uma medida exemplar contra esse fato", disse Lazaroni à Rádio Brasil.
O lateral-direito Jorginho concordou. "Se comprovado, tem que punir o treinador, o massagista ou mesmo a AFA (Associação do Futebol Argentino). Para o técnico é mais difícil, mas a Argentina poderia ser, por exemplo, excluída de alguma competição. É uma atitude que não pode passar em branco", disse o jogador.
Divulgação |
O técnico Sebastião Lazaroni |
Jorginho lembrou que a "brincadeira" dos argentinos, se aconteceu realmente, poderia ter custado caro para a carreira de Branco. "A carreira dele poderia ter acabado ali, caso ele fosse sorteado para o exame antidoping [o que não aconteceu]. Durante o jogo, ele ficou meio tonto, meio lento. Já imaginou se o gol deles tivesse saído em uma jogada em cima dele?", analisou.
Apesar do pedido de punição, Jorginho acredita que a provável atitude dos argentinos não influenciou no resultado da partida --a derrota tirou o Brasil da Copa.
"Perdemos o jogo por outras questões. Mas, se há alguma coisa de positivo para ser lembrado, foi que nos tornamos mais fortes para as Copas seguintes, quando não deixamos que nada nos atrapalhasse. Fomos campeões em 1994, vice em 1998 e campeões novamente em 2002", finalizou.
Publicação
Especializada em política e atualidades, a revista semanal "Veintitrés" vende pouco mais de 30 mil exemplares por edição e é a segunda maior publicação do gênero do país. Fundada em 1998, circula em todo território argentino e em parte do Uruguai.
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