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06/02/2005
-
09h35
da Folha de S.Paulo
O Chelsea está oito pontos à frente do Manchester United e pode se sagrar campeão inglês depois de amargar uma fila de 50 anos.
De todo dinheiro gasto pelos clubes ingleses nas duas últimas temporadas com contratações, 40% vieram do Chelsea. Em meio a tantos feitos, de um o time se envergonha: é o protagonista do maior prejuízo já registrado na história do futebol inglês.
Os "azuis", como são conhecidos os adeptos do clube por causa do uniforme, têm lembrado os rivais Manchester United e Arsenal: estão no vermelho.
Na temporada 2003/2004, o Chelsea perdeu 88 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 435 milhões).
Antes, o maior prejuízo já registrado no país havia sido do Leeds United: 49,5 milhões de libras (R$ 245 milhões), na temporada 2002/2003.
"Há dois anos, éramos vistos como uma estrada pavimentada com ouro. Isso acabou. O Chelsea, a partir de agora, vai andar direito, como um negócio", afirmou Peter Kenyon, diretor-executivo do clube, em entrevista à BBC.
A "estrada" a que Kenyon se refere é a quantia paga pelo russo Roman Abramovich para adquirir o clube em julho de 2003.
Além das 60 milhões de libras (R$ 296 milhões) pagas ao antigo dono, Ken Bates (que hoje é dono do Leeds), Abramovich já gastou 175 milhões de libras (R$ 865 milhões) em novos jogadores.
No último ano, a folha de pagamento do clube mais que dobrou e chegou aos 115 milhões de libras (cerca de R$ 568,5 milhões).
Para conter a sangria, além do bolso fundo de Abramovich, o clube está tomando uma série de medidas. No campo, vem vendendo tudo o que pode, o que lhe garantiu em 2004 um aumento de 40% em suas receitas, abocanhado em grande parte pelo merchandising por ter chegado às semifinais da Copa dos Campeões.
O clube também trocou o seu fornecedor de material esportivo. Saiu a compatriota Umbro e entrou a alemã Adidas, que pagará 100 milhões de libras (R$ 494 milhões) por um contrato de oito anos, a partir de 2006.
Vender jogadores para fazer caixa já é uma possibilidade aceita até pelo atual treinador da equipe, o português José Mourinho, que comandou o Porto na conquista da Copa dos Campeões de 2004.
Apesar das medidas, Peter Kenyon diz que o clube só atingirá o equilíbrio financeiro na temporada 2009/2010, dentro do plano do bilionário russo para que o clube aja como uma empresa lucrativa.
Mesmo assim, concorda com os prognósticos feitos quando o Chelsea iniciou o processo de contratações de forma desenfreada. "Nosso time era grande e caro demais", afirma o dirigente.
Líderes do Inglês, "azuis" do Chelsea estão no vermelho
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O Chelsea está oito pontos à frente do Manchester United e pode se sagrar campeão inglês depois de amargar uma fila de 50 anos.
De todo dinheiro gasto pelos clubes ingleses nas duas últimas temporadas com contratações, 40% vieram do Chelsea. Em meio a tantos feitos, de um o time se envergonha: é o protagonista do maior prejuízo já registrado na história do futebol inglês.
Os "azuis", como são conhecidos os adeptos do clube por causa do uniforme, têm lembrado os rivais Manchester United e Arsenal: estão no vermelho.
Na temporada 2003/2004, o Chelsea perdeu 88 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 435 milhões).
Antes, o maior prejuízo já registrado no país havia sido do Leeds United: 49,5 milhões de libras (R$ 245 milhões), na temporada 2002/2003.
"Há dois anos, éramos vistos como uma estrada pavimentada com ouro. Isso acabou. O Chelsea, a partir de agora, vai andar direito, como um negócio", afirmou Peter Kenyon, diretor-executivo do clube, em entrevista à BBC.
A "estrada" a que Kenyon se refere é a quantia paga pelo russo Roman Abramovich para adquirir o clube em julho de 2003.
Além das 60 milhões de libras (R$ 296 milhões) pagas ao antigo dono, Ken Bates (que hoje é dono do Leeds), Abramovich já gastou 175 milhões de libras (R$ 865 milhões) em novos jogadores.
No último ano, a folha de pagamento do clube mais que dobrou e chegou aos 115 milhões de libras (cerca de R$ 568,5 milhões).
Para conter a sangria, além do bolso fundo de Abramovich, o clube está tomando uma série de medidas. No campo, vem vendendo tudo o que pode, o que lhe garantiu em 2004 um aumento de 40% em suas receitas, abocanhado em grande parte pelo merchandising por ter chegado às semifinais da Copa dos Campeões.
O clube também trocou o seu fornecedor de material esportivo. Saiu a compatriota Umbro e entrou a alemã Adidas, que pagará 100 milhões de libras (R$ 494 milhões) por um contrato de oito anos, a partir de 2006.
Vender jogadores para fazer caixa já é uma possibilidade aceita até pelo atual treinador da equipe, o português José Mourinho, que comandou o Porto na conquista da Copa dos Campeões de 2004.
Apesar das medidas, Peter Kenyon diz que o clube só atingirá o equilíbrio financeiro na temporada 2009/2010, dentro do plano do bilionário russo para que o clube aja como uma empresa lucrativa.
Mesmo assim, concorda com os prognósticos feitos quando o Chelsea iniciou o processo de contratações de forma desenfreada. "Nosso time era grande e caro demais", afirma o dirigente.
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