Publicidade
Publicidade
18/02/2005
-
10h02
da Folha de S.Paulo
Depois de quase cinco horas de depoimento dos advogados da MSI, os promotores do Gaeco, grupo de combate ao crime organizado, classificaram a parceria da empresa de Kia Joorabchian com o Corinthians como obscura.
Isso porque eles não souberam dizer quem são os investidores, nem qual a origem do dinheiro, e por causa de outros detalhes revelados nas investigações.
Uma novidade que intriga as autoridades é a MSI brasileira ter recebido uma nova empresa em paraíso fiscal como sócia, o que aumenta as suspeitas do órgão ligado ao Ministério Público de São Paulo de lavagem de dinheiro.
O homem forte da MSI brasileira passa a ser Paulo Angioni, ex-diretor de futebol corintiano, que teoricamente tem mais poder que o presidente do clube, Alberto Dualib. A empresa tem o voto de minerva nos casos de impasse.
Alexandre Verri, Carlos Fernando Sampaio Marques e Maurício Fleury Pereira Leitão não deram entrevistas após seus depoimentos. Mas sua assessoria de imprensa divulgou uma nota revelando que a MSI Licenciamentos e Administração Ltda passou a ter como sócias a Just Sports Inc., das Ilhas Virgens Britânicas, e a MSI britânica, presidida por Kia.
A nota confirma também que a Devetia, outra "offshore", empresa criada em paraíso fiscal, também é sócia do braço brasileiro da MSI, como revelou a Folha de S.Paulo.
As três empresas substituem Leitão e Marques, que eram os sócios da firma criada no Brasil. Verri também aparecia como dono, mas se retirou em seguida.
Na nova constituição, Kia aparece como presidente, porém com a ressalva de que só tomará posse após obter visto de residência permanente no país.
"Descobrimos que a Just, uma das sócias, também é de propriedade de uma empresa registrada em paraíso fiscal. Parece que estão fazendo tudo para esconder a origem do dinheiro", declarou o promotor Roberto Porto, que cuida do caso ao lado de José Reinaldo Guimarães Carneiro.
"O negócio é altamente obscuro. Os advogados dizem que não perguntaram quem são os investidores para o Kia. Vamos buscar essa informação com órgãos do exterior", completou Carneiro.
Segundo ele, as investigações já apontaram que um homem tentou enviar da Geórgia US$ 2 milhões para o Corinthians como empréstimo. O Banco Central não aceitou a remessa porque a parceria havia informado que o envio seria feito pela Devetia. A operação teve de ser refeita.
A revelação de que Angioni é o poderoso da MSI até Kia poder assinar deve aumentar a briga política no clube. O fato de ele agora ser funcionário da empresa já havia desagradado à cúpula.
Leia mais
Possível reforço do Corinthians, Mascherano recebeu elogios de Maradona
Entusiasmado, Mascherano diz que projeto do Corinthians é "ambicioso"
Especial
Saiba o que já foi publicado sobre o Corinthians no Estadual
Leia mais notícias no especial do Campeonato Paulista-2005
Investigadores classificam parceria entre Corinthians e MSI como obscura
Publicidade
Depois de quase cinco horas de depoimento dos advogados da MSI, os promotores do Gaeco, grupo de combate ao crime organizado, classificaram a parceria da empresa de Kia Joorabchian com o Corinthians como obscura.
Isso porque eles não souberam dizer quem são os investidores, nem qual a origem do dinheiro, e por causa de outros detalhes revelados nas investigações.
Uma novidade que intriga as autoridades é a MSI brasileira ter recebido uma nova empresa em paraíso fiscal como sócia, o que aumenta as suspeitas do órgão ligado ao Ministério Público de São Paulo de lavagem de dinheiro.
O homem forte da MSI brasileira passa a ser Paulo Angioni, ex-diretor de futebol corintiano, que teoricamente tem mais poder que o presidente do clube, Alberto Dualib. A empresa tem o voto de minerva nos casos de impasse.
Alexandre Verri, Carlos Fernando Sampaio Marques e Maurício Fleury Pereira Leitão não deram entrevistas após seus depoimentos. Mas sua assessoria de imprensa divulgou uma nota revelando que a MSI Licenciamentos e Administração Ltda passou a ter como sócias a Just Sports Inc., das Ilhas Virgens Britânicas, e a MSI britânica, presidida por Kia.
A nota confirma também que a Devetia, outra "offshore", empresa criada em paraíso fiscal, também é sócia do braço brasileiro da MSI, como revelou a Folha de S.Paulo.
As três empresas substituem Leitão e Marques, que eram os sócios da firma criada no Brasil. Verri também aparecia como dono, mas se retirou em seguida.
Na nova constituição, Kia aparece como presidente, porém com a ressalva de que só tomará posse após obter visto de residência permanente no país.
"Descobrimos que a Just, uma das sócias, também é de propriedade de uma empresa registrada em paraíso fiscal. Parece que estão fazendo tudo para esconder a origem do dinheiro", declarou o promotor Roberto Porto, que cuida do caso ao lado de José Reinaldo Guimarães Carneiro.
"O negócio é altamente obscuro. Os advogados dizem que não perguntaram quem são os investidores para o Kia. Vamos buscar essa informação com órgãos do exterior", completou Carneiro.
Segundo ele, as investigações já apontaram que um homem tentou enviar da Geórgia US$ 2 milhões para o Corinthians como empréstimo. O Banco Central não aceitou a remessa porque a parceria havia informado que o envio seria feito pela Devetia. A operação teve de ser refeita.
A revelação de que Angioni é o poderoso da MSI até Kia poder assinar deve aumentar a briga política no clube. O fato de ele agora ser funcionário da empresa já havia desagradado à cúpula.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas