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16/03/2005
-
10h09
ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
A Federação Brasileira de Vela e Motor convocará a elite da modalidade para se explicar na Comissão Disciplinar da entidade. O esporte é, qualitativamente, o mais vitorioso do país em Olimpíadas (6 ouros, 2 pratas e 6 bronzes).
Walcles Osório, presidente da FBVM, não descarta ir à Justiça contra Torben Grael, Marcelo Ferreira, Robert Scheidt e Ricardo Winick, donos dos melhores resultados nacionais em Atenas-04.
"Dependendo do que eles disserem, podemos processá-los por calúnia, injúria ou difamação."
Torben, que reclamou de falta de transparência na federação, disse que não se retratará. "É bom chamarem a gente. Eles nunca escutam os atletas. Pelo menos agora terão que nos ouvir", rebateu.
Osório divulgou que o balanço da entidade será publicado, a partir de hoje, no site da entidade.
"As contas são passadas aos clubes e aos representantes dos atletas. Mas descobrimos que isso não chegava a todos", afirmou ele.
Outra crítica parte de Ferreira, que reclama de a federação bancar só uma viagem para os olímpicos competirem neste ano.
"A vela regrediu dez anos. Em 2003 fomos a oito provas. No ano passado disputamos dez. Neste ano fomos a só uma [Mundial de star, na Argentina, em fevereiro]. Isso é evolução?", questiona.
Para a FBVM, a falta de recursos justifica essa limitação. "Em 2004, o Comitê Olímpico Brasileiro manteve nossa base na Itália. Agora, temos que arcar com essa despesa [R$ 90 mil por ano]", diz Osório, que quer implantar outra base, em Pequim, a partir de 2006.
"Precisamos fazer caixa agora", completa ele, que quer economizar cerca de R$ 150 mil neste ano.
Winick questiona essas prioridades. "Prefiro chegar a Pequim bem treinado e pobre do que rico e despreparado. O que perdermos agora não dará para recuperar."
Osório também culpou os atletas pela perda do apoio da Petrobras. Ele lembrou que Torben foi multado pela estatal por não utilizar a camisa do patrocinador. "A Petrobras não estava satisfeita com o comportamento deles nos eventos. Além disso, eles pediram alto pela renovação."
Scheidt, bicampeão olímpico na laser, refuta o dirigente. "Estou surpreso com a declaração. Sempre procurei o melhor retorno para a Petrobras, ainda mais sabendo que todos eram beneficiados."
A Petrobras divulgou que preferiu investir no handebol e que a vela já detinha outros apoios.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Federação Brasileira de Vela e Motor
Federação de Vela ameaça processar elite do esporte
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da Folha de S.Paulo
A Federação Brasileira de Vela e Motor convocará a elite da modalidade para se explicar na Comissão Disciplinar da entidade. O esporte é, qualitativamente, o mais vitorioso do país em Olimpíadas (6 ouros, 2 pratas e 6 bronzes).
Walcles Osório, presidente da FBVM, não descarta ir à Justiça contra Torben Grael, Marcelo Ferreira, Robert Scheidt e Ricardo Winick, donos dos melhores resultados nacionais em Atenas-04.
"Dependendo do que eles disserem, podemos processá-los por calúnia, injúria ou difamação."
Torben, que reclamou de falta de transparência na federação, disse que não se retratará. "É bom chamarem a gente. Eles nunca escutam os atletas. Pelo menos agora terão que nos ouvir", rebateu.
Osório divulgou que o balanço da entidade será publicado, a partir de hoje, no site da entidade.
"As contas são passadas aos clubes e aos representantes dos atletas. Mas descobrimos que isso não chegava a todos", afirmou ele.
Outra crítica parte de Ferreira, que reclama de a federação bancar só uma viagem para os olímpicos competirem neste ano.
"A vela regrediu dez anos. Em 2003 fomos a oito provas. No ano passado disputamos dez. Neste ano fomos a só uma [Mundial de star, na Argentina, em fevereiro]. Isso é evolução?", questiona.
Para a FBVM, a falta de recursos justifica essa limitação. "Em 2004, o Comitê Olímpico Brasileiro manteve nossa base na Itália. Agora, temos que arcar com essa despesa [R$ 90 mil por ano]", diz Osório, que quer implantar outra base, em Pequim, a partir de 2006.
"Precisamos fazer caixa agora", completa ele, que quer economizar cerca de R$ 150 mil neste ano.
Winick questiona essas prioridades. "Prefiro chegar a Pequim bem treinado e pobre do que rico e despreparado. O que perdermos agora não dará para recuperar."
Osório também culpou os atletas pela perda do apoio da Petrobras. Ele lembrou que Torben foi multado pela estatal por não utilizar a camisa do patrocinador. "A Petrobras não estava satisfeita com o comportamento deles nos eventos. Além disso, eles pediram alto pela renovação."
Scheidt, bicampeão olímpico na laser, refuta o dirigente. "Estou surpreso com a declaração. Sempre procurei o melhor retorno para a Petrobras, ainda mais sabendo que todos eram beneficiados."
A Petrobras divulgou que preferiu investir no handebol e que a vela já detinha outros apoios.
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