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21/03/2005
-
09h12
FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo
Carro mais vencedor da história da F-1, ao lado do McLaren de 1988, o F2004 deve ter feito neste domingo sua despedida da categoria. De maneira melancólica, com uma forma que nem de longe lembrou a das 15 vitórias do ano passado.
O máximo que o modelo conseguiu na Malásia foi uma quarta colocação no primeiro treino livre. A partir de então, só fracassos. E o melhor retrato da atual condição veio no primeiro treino oficial, com os carros de pneus novos e de tanques vazios.
Com toda a F-1 andando no limite, portanto, Michael Schumacher foi 12º, Rubens Barrichello, 14º. Assim, se a Ferrari queria esperar os resultados do fim de semana para decidir sobre a estréia do novo carro, agora não há dúvidas.
E o que era uma chance, virou idéia fixa: o time fará de tudo para usar o F2005 no Bahrein. Já na terça-feira, em Mugello, na Itália, Barrichello vai andar pela primeira vez com o carro.
Na quarta, será a vez de Schumacher. A não ser que detestem o modelo, o debute será na próxima etapa. "Vamos testar e nossa intenção é estrear esse carro logo", disse Barrichello.
Ferrari e Minardi são as únicas equipes da F-1 que começaram 2005 com os modelos de 2004 adaptados às novas regras, que cortaram em 30% a pressão aerodinâmicas dos carros e criaram os pneus e motores longa-vida. No passado, como em 2002 e 2003, o improviso havia funcionado. Agora, porém, diante do radicalismo das alterações no regulamento, mostrou-se um erro.
Na última temporada, o F2004 venceu 15 corridas. Só o MP4-4, carro da McLaren em 1988, havia conseguido o mesmo feito --oito vezes com Senna, sete com Alain Prost.
Em 2005, porém, a mesma F2004, mas "remendada", obteve só um segundo e um sétimo lugares. É o pior início de campeonato da escuderia desde 1993, quando, após duas etapas, só tinha uma sexta colocação, do aposentado Gerhard Berger, no GP da África do Sul.
Acuada na pista, a Ferrari enfrenta situação parecida nos bastidores. Após a corrida, o G8 (grupo que congrega todas as equipes da F-1, menos Ferrari e Sauber) divulgou uma carta aberta a Luca di Montezemolo, presidente da escuderia.
A carta critica duramente a decisão da Ferrari de testar seu novo modelo na semana passada, em Mugello e Fiorano, contrariando um antigo acordo de cavalheiros que proíbe treinos privados em semanas de corrida.
"Acreditamos que essa atitude foi desrespeitosa com o esporte", diz o texto.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Rubens Barrichello
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Após fracasso, Ferrari prevê fim do F2004
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da Folha de S.Paulo
Carro mais vencedor da história da F-1, ao lado do McLaren de 1988, o F2004 deve ter feito neste domingo sua despedida da categoria. De maneira melancólica, com uma forma que nem de longe lembrou a das 15 vitórias do ano passado.
O máximo que o modelo conseguiu na Malásia foi uma quarta colocação no primeiro treino livre. A partir de então, só fracassos. E o melhor retrato da atual condição veio no primeiro treino oficial, com os carros de pneus novos e de tanques vazios.
Com toda a F-1 andando no limite, portanto, Michael Schumacher foi 12º, Rubens Barrichello, 14º. Assim, se a Ferrari queria esperar os resultados do fim de semana para decidir sobre a estréia do novo carro, agora não há dúvidas.
E o que era uma chance, virou idéia fixa: o time fará de tudo para usar o F2005 no Bahrein. Já na terça-feira, em Mugello, na Itália, Barrichello vai andar pela primeira vez com o carro.
Na quarta, será a vez de Schumacher. A não ser que detestem o modelo, o debute será na próxima etapa. "Vamos testar e nossa intenção é estrear esse carro logo", disse Barrichello.
Ferrari e Minardi são as únicas equipes da F-1 que começaram 2005 com os modelos de 2004 adaptados às novas regras, que cortaram em 30% a pressão aerodinâmicas dos carros e criaram os pneus e motores longa-vida. No passado, como em 2002 e 2003, o improviso havia funcionado. Agora, porém, diante do radicalismo das alterações no regulamento, mostrou-se um erro.
Na última temporada, o F2004 venceu 15 corridas. Só o MP4-4, carro da McLaren em 1988, havia conseguido o mesmo feito --oito vezes com Senna, sete com Alain Prost.
Em 2005, porém, a mesma F2004, mas "remendada", obteve só um segundo e um sétimo lugares. É o pior início de campeonato da escuderia desde 1993, quando, após duas etapas, só tinha uma sexta colocação, do aposentado Gerhard Berger, no GP da África do Sul.
Acuada na pista, a Ferrari enfrenta situação parecida nos bastidores. Após a corrida, o G8 (grupo que congrega todas as equipes da F-1, menos Ferrari e Sauber) divulgou uma carta aberta a Luca di Montezemolo, presidente da escuderia.
A carta critica duramente a decisão da Ferrari de testar seu novo modelo na semana passada, em Mugello e Fiorano, contrariando um antigo acordo de cavalheiros que proíbe treinos privados em semanas de corrida.
"Acreditamos que essa atitude foi desrespeitosa com o esporte", diz o texto.
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