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23/03/2005
-
10h25
EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
O executivo iraniano Kia Joorabchian embarcou ontem à tarde para Londres com o intuito de tentar convencer os investidores da parceria MSI/Corinthians a saírem do anonimato.
A interlocutores, ele diz não estar satisfeito com a repercussão negativa provocada pelas suspeitas sobre a origem do dinheiro das operações financeiras feitas pela Media Sports Investments.
O homem forte da parceria acredita que, se os investidores do negócio forem revelados, a desconfiança sobre o acordo acabará. Ele diz que a empresa cumpre as leis brasileiras e internacionais.
No mês passado, o Ministério Público de São Paulo disse ter "indícios muito fortes de lavagem de dinheiro". O acordo envolve cifras milionárias e prevê movimentar ao menos US$ 35 milhões no período de dez anos.
"O negócio é altamente obscuro. Os advogados dizem que não perguntaram quem são os investidores para o Kia. Vamos buscar essa informação com órgãos do exterior", declarou o promotor José Reinaldo Carneiro, do Gaeco, o grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público de São Paulo.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda que funciona como agência de inteligência para questões financeiras, acionou instituições semelhantes em quatro países: Rússia, Reino Unido, Ilhas Virgens Britânicas e Geórgia.
A meta é receber informações sobre operações realizadas entre Kia e os magnatas russos Boris Berezovski e Roman Abramovich, além do georgiano Badri Patarkatsishivli. Badri e Berezovski já fizeram negócios com Kia, que até admitiu amizade com eles.
Segundo declarações dadas pelo presidente corintiano, Alberto Dualib, e negadas depois, eles teriam participação na MSI. Kia diz, contudo, que os três não fazem parte do grupo de investidores.
O Corinthians tem um acordo de intercâmbio de jogadores com o Dínamo Tblisi, da Geórgia, equipe cujo dono é Badri.
Até agora, apenas uma pessoa, Zaza Toidze, foi identificada pelas autoridades. Ele tentou enviar da Geórgia US$ 2 milhões para o Corinthians como empréstimo.
O Banco Central não aceitou a remessa porque a parceria havia informado que o envio seria feito pela Devetia, empresa com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e sócia do braço brasileiro da MSI. A operação teve de ser refeita.
Especial
Saiba o que já foi publicado sobre Kia Joorabchian
Saiba o que já foi publicado sobre o Corinthians no Estadual
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Kia Joorabchian vai a Londres e tenta tirar a MSI do anonimato
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RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
O executivo iraniano Kia Joorabchian embarcou ontem à tarde para Londres com o intuito de tentar convencer os investidores da parceria MSI/Corinthians a saírem do anonimato.
A interlocutores, ele diz não estar satisfeito com a repercussão negativa provocada pelas suspeitas sobre a origem do dinheiro das operações financeiras feitas pela Media Sports Investments.
O homem forte da parceria acredita que, se os investidores do negócio forem revelados, a desconfiança sobre o acordo acabará. Ele diz que a empresa cumpre as leis brasileiras e internacionais.
No mês passado, o Ministério Público de São Paulo disse ter "indícios muito fortes de lavagem de dinheiro". O acordo envolve cifras milionárias e prevê movimentar ao menos US$ 35 milhões no período de dez anos.
"O negócio é altamente obscuro. Os advogados dizem que não perguntaram quem são os investidores para o Kia. Vamos buscar essa informação com órgãos do exterior", declarou o promotor José Reinaldo Carneiro, do Gaeco, o grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público de São Paulo.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda que funciona como agência de inteligência para questões financeiras, acionou instituições semelhantes em quatro países: Rússia, Reino Unido, Ilhas Virgens Britânicas e Geórgia.
A meta é receber informações sobre operações realizadas entre Kia e os magnatas russos Boris Berezovski e Roman Abramovich, além do georgiano Badri Patarkatsishivli. Badri e Berezovski já fizeram negócios com Kia, que até admitiu amizade com eles.
Segundo declarações dadas pelo presidente corintiano, Alberto Dualib, e negadas depois, eles teriam participação na MSI. Kia diz, contudo, que os três não fazem parte do grupo de investidores.
O Corinthians tem um acordo de intercâmbio de jogadores com o Dínamo Tblisi, da Geórgia, equipe cujo dono é Badri.
Até agora, apenas uma pessoa, Zaza Toidze, foi identificada pelas autoridades. Ele tentou enviar da Geórgia US$ 2 milhões para o Corinthians como empréstimo.
O Banco Central não aceitou a remessa porque a parceria havia informado que o envio seria feito pela Devetia, empresa com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e sócia do braço brasileiro da MSI. A operação teve de ser refeita.
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